segunda-feira, 30 de julho de 2012

Açúcar em excesso

Consumo de açúcar triplicou nos últimos 50 anos, e é o mais novo desafio da saúde pública no Brasil e no mundo. Um estudo realizado nos Estados Unidos alerta que, além do álcool e do cigarro, o alimento tornou-se um “vilão”, e tem causado grande impacto na saúde pública mundial. Muitos produtos industrializados escondem o açúcar em seus alimentos.
A pesquisa foi realizada por três cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e coincide com o que aponta as Nações Unidas: pela primeira vez na história, as doenças infecciosas foram ultrapassadas por doenças não infecciosas. Isso quer dizer que o câncer, o diabetes e problemas no coração são hoje os mais incidentes, e responsáveis por cerca de 35 milhões de mortes por ano.

Apesar dos Estados Unidos liderarem o ranking mundial do consumo do produto, pesquisadores explicam que todo país que possui uma dieta ocidental, baseada em alimentos de baixo custo e altamente processados, teve um aumento no índice de pessoas com obesidade e doenças relacionadas ao consumo de açúcar.
O problema do excesso de peso e da obesidade tem alcançado proporções epidêmicas no mundo todo. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada em parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde, analisando dados de 188 mil pessoas brasileiras em todas as idades, mostrou que a obesidade e o excesso de peso têm aumentado rapidamente nos últimos anos, em todas as faixas etárias. Neste levantamento, 50% dos homens e 48% das mulheres se encontram com excesso de peso, sendo que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam obesidade

Para se ter uma ideia, hoje o número de pessoas obesas é muito maior que o de pessoas desnutridas, e os efeitos danosos do açúcar no organismo humano são semelhantes aos promovidos pelo álcool.

Mas a obesidade não é o único problema neste caso, já que cerca de 40% das pessoas com peso considerado normal podem, certamente, desenvolver doenças no coração e no fígado, diabetes e hipertensão. 
A solução para o problema, apontada pelos estudiosos, ou pelo menos para o controle adequado, seria que os países começassem a controlar o consumo do alimento. Algumas ações poderiam ajudar, como, por exemplo, a taxação de produtos industrializados açucarados, a limitação da venda de tais produtos em escolas e a definição de uma idade mínima para a compra de refrigerantes.

Apesar das sugestões não serem complicadas, haveria dificuldade porque, ao contrário do cigarro e do álcool, o açúcar é um produto essencial, e está em alimentos até mesmo salgados, o que dificultaria a sua regulação. Alguns fatos assustam e nos dão ideia do tamanho do desafio que todos temos pela frente, pois em países mais carentes os refrigerantes são, geralmente, mais baratos que o leite, ou até mesmo que a água.


Preocupados com a questão do excesso de açúcar, os ministérios da Saúde e da Educação decidiram priorizar o cuidado com as crianças, já que elas são o futuro do nosso País. Por isso realizaram, no mês de março, a primeira edição da “Semana de Mobilização da Saúde na Escola”, com mais de cinco milhões de alunos de escolas públicas. A mobilização acontecerá todos os anos daqui em diante, e foi instituída por portaria publicada no Diário Oficial da União. Em 2012, o tema escolhido para o trabalho foi “Prevenção da Obesidade na Infância e na Adolescência”. Diversos profissionais da saúde tiveram como objetivo orientar as crianças a respeito da alimentação adequada.

O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar. Não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida.

Campanha da Prefeitura de Nova York  contra o excesso de açúcar nos refrigerantes





Tratamento Dietético para a abesidade


• O tratamento dietético é bem melhor sucedido quando aliado a uma atividade física regular

• O sucesso de qualquer dieta depende de um balanço energético negativo. (Ingerir menos e gastar mais)

• Para o sucesso do tratamento dietético, as mudanças na alimentação devem ser mantidas por toda a vida. Dietas muito restritivas, artificiais e rígidas não são sustentáveis. Um planejamento alimentar mais flexível, que objetive uma reeducação, geralmente tem mais sucesso. Procure um profissional nutricionista para

• O método, a velocidade de perda de peso, o ajuste fisiológico e a habilidade de manter as mudanças comportamentais de dieta e atividade física é que determinarão o sucesso, em longo prazo, de qualquer programa de emagrecimento.

• Qualquer dieta prescrita para redução de peso tem que levar em consideração, além da quantidade de calorias, as preferências alimentares do paciente, o aspecto financeiro, o estilo de vida e o requerimento energético para a manutenção da saúde.

2 comentários:

  1. Vale lembrar os três pós: açúcar, sal e cocaína.
    todos mortais!

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    1. É Lorenzo exatamente os três causam um estrago imenso no organismo. Usar o açúcar e o sal sempre com moderação. E a cacaína não usar nunca é o pó fabricado diretamente pelo Diabo para destruir as pessoas. Obrigada por me sguir

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