quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Fibras alimentares

Fibras alimentares são compostos de origem vegetal, correspondentes às partes comestíveis  de plantas ou carboidratos análogos que, quando ingeridos, são resistentes à hidrólise (quebra), digestão e absorção no  intestino delgado sofrem fermentação completa ou parcial no intestino grosso de humanos.

As fibras atuam, principalmente, no trato gastrintestinal, servindo como substrato para a microflora naturalmente presente no intestino grosso, cuja manutenção é benéfica para a saúde. Além disso, as fibras modulam a velocidade de digestão e absorção dos nutrientes, promovendo um trânsito intestinal normal, e ajudam na prevenção de algumas doenças, como câncer, diabetes, doenças diverticular do cólon, dentre outras. 

Os tipos de fibras alimentares
   

As fibras alimentares (ou dietéticas) podem ser separadas em dois tipos, baseadas em suas propriedades e efeitos no organismo humano: fibras solúveis ou insolúveis.

As fibras solúveis


dissolvem-se na água e apresentam efeitos metabólicos no trato gastrintestinal: Elas servem de substrato para a microflora naturalmente presente no intestino, formam ácidos graxos de cadeia curta e regularizam o trânsito intestinal, tanto na constipação quanto na diarréia. Além disso, diminuem a absorção de glicose e colesterol.
Exemplos dessas fibras são as pectinas, gomas, mucilagens, inulina e algumas hemiceluloses. Fibras solúveis podem ser encontradas em frutas, vegetais, feijões, aveia, cevada, dentre outros.

As fibras insolúveis

não se dissolvem em água e apresentam efeito mecânico no trato gastrintestinal. Aumentam o bolo fecal e atuam como agente laxativo. Devido a esses efeitos, previnem a constipação e hemorróidas e podem reduzir o risco de câncer de cólon.
Exemplos desses tipos de fibras são as celuloses, ligninas e hemiceluloses. São encontradas no farelo de trigo, leguminosas e vegetais.

                                                                                               
O efeito protetor das fibras dietéticas sobre a menor incidência de câncer de cólon e reto, dislipidemias, diabetes e doenças coronarianas independe da característica solúvel ou insolúvel das fibras. Além disso, os benefícios da fibra podem ser somados à presença de compostos ativos como minerais, vitaminas, fenóis e fitoestrógenos, ao contribuir com as características saudáveis dos alimentos de origem vegetal.


A dieta habitual do brasileiro é pobre em fibras e rica em gordura, segundo pesquisas. Estimular o consumo habitual de vegetais, frutas, cereais e grãos integrais pode representar uma alternativa para aumentar o consumo de fibras e promover melhora para a saúde humana. Se esses alimentos não estiverem presentes diariamente na alimentação, o que ocorre com frequência, pode-se optar pela adição de suplementos de fibras como parte da dieta.

O menor consumo de fibras é sempre substituído com aumento na ingestão de açúcares simples, gorduras saturadas e diminuição no consumo de vitaminas antioxidantes (por exemplo, a vitamina C) e minerais (cálcio). 
Esses fatores podem promover obesidade, ocorrência de constipação, desconforto intestinal, hemorróidas, hérnia hiatal, doença diverticular, certos tipos de câncer, desequilíbrio no metabolismo dos carboidratos, alterações metabólicas nos níveis de lipoproteínas plasmáticas, diminuição de HDL e aumento de LDL, e maior suscetibilidade a doenças coronarianas. Não existem dúvidas de que a baixa ingestão de fibras traz, ao longo do tempo, consequências indesejáveis à saúde. 

Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo

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