sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cuidados nutricionais na gastrite

A gastrite é uma inflamação do estômago causada por, entre outros fatores, alterações microbianas, químicas ou neurais, modificando a integridade da mucosa.

O estômago é um órgão muscular oco, grande e em forma de feijão. Ele se enche com o alimento que entra pela boca e atravessa o esôfago.  Secreta ácido clorídrico e enzimas que fracionam (digerem) o alimento em partículas menores.
Uma camada de muco recobre as células de revestimento do estômago para protegê-las contra lesões causadas pelo ácido clorídrico e pelas enzimas produzidas pelo próprio estômago.
Qualquer rompimento dessa camada de muco (causada, por exemplo, por uma infecção pela bactéria Helicobacter pylori ou pela aspirina) pode acarretar um dano que leva a uma úlcera gástrica.

O ácido clorídrico produzido pelo estômago é fundamental para a digestão e facilita as condições necessárias para as enzimas quebrarem as proteínas que serão absorvidas pelo organismo.

A gastrite pode ser aguda, que é aquela que surge de maneira súbita, caracterizada por sintomas que
melhoram com medicamentos. Dependendo dos cuidados recebidos ou não poderá evoluir para a gastrite crônica
Entre suas causas, destaca-se a infecção por Helicobacter pylori. Esse microorganismo rompe a proteção da camada de muco do estômago e libera citocinas, causando um processo inflamatório que pode levar à formação de gastrite, úlceras, carcinomas, dentre outros. Esse patógeno pode ser detectado por meio de endoscopia. 

 Outros fatores causadores de gastrites são: 


  • Gastrite por estresse: ocorre durante uma doença grave, principalmente em pacientes naUTI, sendo relacionada com doença clínica ou cirúrgica (insuficiência renal, respiratória, hipotensão,politraumatismo, queimaduras extensas).  
  •  Gastrite por antiinflamatórios não esteroidais: apresenta-se como lesões do estômago relaciona das geralmente ao uso crônico de antiinflamatórios não hormonais e também ao uso da aspirina (principalmente nas pessoas idosas).
  • Gastrite não erosiva: encontrada freqüentemente em indivíduos sem sintomas. Consiste em alterações antiinflamatórias em que a mucosa se apresenta ma croscopicamente normal
  • Gastrite crônica: pode evoluir para a forma de gastrite erosiva ou gastrite hemorrágica e pode causar perdas de sangue pela boca (também chamado hematêmese) ou pelo ânus (melena), obrigando o paciente a procurar o hospital mais próximo. 
  • Gastrite bacteriana: geralmente é decorrente de uma infecção causada pelo Helicobacter pylori (bactéria que cresce nas células secretoras de muco do revestimento do estômago). 
  • Gastrite erosiva crônica: pode ser decorrente de irritantes, como, por exemplo, medicamentos (especialmente a aspirina e outros antiinflamatórios) e infecções bacterianas e virais, podendo evoluir para uma úlcera. 


Os sintomas da gastrite são:
  •  náuseas, vômitos, mal-estar, anorexia, hemorragia e epigastralgia. Porém, muitas vezes os indivíduos acometidos por essa doença podem ser assintomáticos.

O tratamento da gastrite inclui:
  •  a erradicação dos patógenos, por meio de medicamentos, que reduzirão o processo inflamatório e os sintomas. Além disso, podem-se utilizar medicamentos que neutralizem ou bloqueiem a secreção gástrica.

Os cuidados nutricionais para portadores de gastrite envolvem: 

  • evitar alguns condimentos (pimenta-do-reino e a vermelha), álcool, café (tanto o cafeinado quanto o descafeinado), refrigerantes, consumo de grande refeição antes de dormir, e alimentos que sabidamente causam desconforto ou aumento do quadro inflamatório.
  •  Todos estes alimentos são proibidos para não aumentarem a secreção gástrica, que é ácida. Se necessário, faz-se uma suplementação nutricional para evitar deficiências de micronutrientes e não prejudicar a cicatrização tecidual.
Os esforços relacionados com a tentativa de redução do estresse parecem surtir efeitos positivos na
prevenção das úlceras gastroduodenais e nas gastrites.

 Fonte: Nutritotal
  Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
   

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