segunda-feira, 25 de abril de 2016

Jejum é saudável ou não?

Cada vez mais o hábito de jejuar por alguns dias tem sido encarado como uma forma de desintoxicar o corpo, promover o emagrecimento e prevenir doenças. Pesquisas científicas recentes vêm apontando os benefícios do jejum para a saúde, mas os resultados ainda não podem ser encarados como um atestado de que privar-se de comida melhora o nosso bem-estar e não representa nenhum risco para o corpo. 

Benefícios do jejum
 
O hábito de jejuar é utilizado há milênios por diferentes religiões. Os católicos não comem carne durante a Quaresma. Muçulmanos jejuam do amanhecer ao pôr do sol durante o mês do Ramadã e judeus reservam seis dias por ano ao jejum. Além de questões religiosas, muitas pessoas estão adotando a privação de alimentos por razões médicas.

Doenças cardiovasculares
 
Uma pesquisa com 200 pessoas nos Estados Unidos apontou que o jejum, quando realizado uma vez por mês, tem efeito protetor contra as doenças cardiovasculares. A diminuição do risco de males cardíacos foi de 58%.

Expectativa de vida
 
Outro estudo norte americano aponta que a prática de jejuns periódicos, nos quais a pessoa ingere apenas água durante o dia, pode prolongar a vida em até 40%. A explicação para essa relação estaria no DNA do ser humano, historicamente adaptado a sobreviver por semanas sem comida durante a pré-História.

Aumento da imunidade
 
Um levantamento publicado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos também concluiu que pessoas que fazem jejum têm maior capacidade de se recuperar de doenças e correm menos risco de infecções. Isso aconteceria pois as células do corpo, durante o jejum, entram em estado de alerta, ficando mais preparadas para reagir a invasores.

Melhora espiritual
 
Além dos efeitos médicos, quem jejua com frequência garante que a prática é capaz de desintoxicar o corpo e promover o bem-estar mental e o autoconhecimento.

Riscos do jejum
 
Apesar dos estudos recentes, muitos médicos e nutricionistas são contra o jejum pelos riscos contidos em sua prática. Além disso, boa parte das pesquisas realizadas até agora ainda precisam passar por experimentos com grupos maiores de voluntários para serem conclusivas.

*Vale lembrar também que nenhuma sociedade médica brasileira recomenda o jejum como dieta ou para o tratamento de doenças.

Hipoglicemia
 
A hipoglicemia, distúrbio provocado pela baixa taxa de glicose no sangue, é um dos efeitos colaterais do jejum e pode ocorrer em duas ocasiões.

Durante o jejum, especialmente quando ele dura mais que uma semana, a queda no nível de açúcar pode ser também pronunciada que a pessoa sofrerá com tonturas, desmaios e até convulsões.
Após o término do período, o risco se mantém. Quando percebe a injeção de açúcar no corpo muito acima dos dias anteriores, o organismo tende a produzir insulina em excesso, o que pode levar à hipoglicemia e os mesmos sintomas possivelmente experimentados ao jejuar.

Menos cálcio e fósforo
 
A realimentação leva à redução dos níveis de cálcio e fósforo no sangue. Os dois elementos combinados têm papel importante na produção de energia e a queda pronunciada na concentração de ambos pode causar a morte do paciente.

Funcionamento do coração
 
Jejuns mais longos, que ultrapassam os 15 dias, causam queda de pressão (hipotensão) e são capazes de alterar o ritmo cardíaco do paciente.

Bom ou ruim
 
A discussão sobre os benefícios e malefícios do jejum está longe de ter um fim. Ao menos por enquanto, o mais correto é manter uma dieta equilibrada para promover a perda de peso. Se você pretende fazer um jejum como forma de melhorar o bem-estar, procure aconselhamento profissional e não prolongue a privação por muitos dias em sequência.

Jejum e Exercícios


 O   treinamento   aeróbio   em   jejum   ainda   é   uma   prática  considerada   muito  polêmica, mas  que  vem  sendo  utilizada  por alguns  treinadores  do mundo  todo  com  o  objetivo  de  reduzir  a  composição  corporal  em atletas  e  no  público  em geral.


O jejum tem sido utilizado como estratégia para aumentar a oxidação de lipídios  durante  o  exercício  e  promover  alterações  da  composição  corporal  em  indivíduos   praticantes   de   atividade   física.   Porém,  a   literatura   apresenta  resultados   inconsistentes   em   relação   aos   seus   efeitos.   Enquanto   alguns  autores  observam  aumento  da  oxidação  de  lipídios  e
diminuição  da  oxidação  de  CHO  após  diferentes  períodos  de  jejum,  outros  verificam  que  a  diminuição  da  disponibilidade  de  CHO  limita  a  oxidação  de  ácidos  graxos  (AG),  além  da
alteração  da  composição  corporal  obtida  estar  relacionada  à  diminuição  de  massa magra, em sua maior parte, e as variações de  peso observadas a perda  de  água  principalmente,  assim  como  sensível  diminuição  do  desempenho.

* A  prática  dessa  atividade  física  em  iniciantes pode  trazer  sérios  malefícios,  como  a  hipoglicemia. De  modo  que  a  atividade  física em jejum deva começar gradativamente até chegar ao recomendado, que  seria de 30 minutos. A prática do treinamento aeróbio em jejum ainda  é  um  campo  de  muita  discussão  e  que  está  aberto  a  novas pesquisas           

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