terça-feira, 4 de março de 2014

Intoxicação Alimentar

Consumir alimentos mal lavados e mal conservados pode causar intoxicação alimentar conhecida também como gastroenterocolite aguda, devido à presença de microrganismos (bactérias ou vírus, por exemplo), substâncias químicas ou tóxicas na comida.


As principais causas da transmissão dessas substâncias para os alimentos são:
  • falta de higiene e manuseio e armazenamento incorretos dos alimentos, além do tempo de exposição. 

Os principais sintomas de intoxicação alimentar e os mais comuns são:

  • vômito, diarreia, náusea, febre, alergia, perda de reflexos, dificuldade de falar e engolir, mal-estar, dor abdominal e cólica. 
  • Esses sinais aparecem em até 72 horas após a ingestão do alimento e podem durar cerca de quatro dias, dependendo do tipo de contaminação a que o alimento foi exposto. 

"Se for apenas toxina, como a dos estafilococos, que provoca vômito, a duração é curta, de apenas um dia. Porém, se os causadores forem vírus e bactérias, além de os sintomas serem mais fortes, o período será prolongado por dias, em alguns casos por uma semana", explica o dr. Jaime Zaladek Gil, gastroenterologista.

Dieta leve e descanso

Manter-se sempre bem hidratado, beber mais de 2 litros de água por dia e repousar são as grandes dicas. Os cuidados durante e após a intoxicação influenciam nas sequelas que o quadro vai apresentar futuramente. "Normalmente o paciente não apresenta problemas, mas ele deve ter cuidados básicos nesse período. Se os sintomas se agravarem, como diarreia com sangue, vá para um hospital", avisa o médico.

Dicas de como melhorar os sintomas:

  •  O leite, por exemplo, tende a piorar a diarréia. "O paciente deve adotar uma dieta leve, preparada com alimentos cozidos, feitos na hora, sem conservantes e gorduras. 
  • Deve comer pequenas quantidades, de cinco a seis vezes por dia, mas evitar forçar quando sentir dificuldade em engolir.
  • Os alimentos oferecidos no período de recuperação podem ser: bolachas água e sal, torradas simples, canja de galinha, sopas, purê de batata.  
  •  Outros alimentos permitidos: Batata , arroz branco, pão branco, sucos de frutas coado, carnes, frangos e peixes;
  • Apenas fibras solúveis deve ser utilizadas em casos de diarréia, pois provocam o retardo do funcionamento intestinal. Os alimentos fontes são: maçã sem casca, pêra, banana maçã, goiaba, e sucos de limão.
  • Todo indivíduo deve hidratar-se durante o período que estiver com diarréia. Essa hidratação pode ser feita através do soro caseiro, fórmulas comerciais de soro, isotônicos, água de coco, sucos sem açúcar e coados.
  • Os probióticos recuperam a microflora que foi perdida

    O que deve ser evitado:   
  •  
  • Leite e derivados, pois a lactase (enzima) encontra-se abaixo podendo haver intolerância ao organismo, uma vez que esta enzima digere a lactose (açúcar do leite e derivados);
  • Molhos, creme de leite  
  •  Fibras insolúveis, presente nas cascas e cereais integrais, pois estas aceleram ainda mais o trânsito intestinal.
  • Refrigerantes, café, bebidas alcoolicas, pois esses desidratam o organismo
  • Evitar frutas laxativas como mamão, 
  • Evitar alimentos industrializados (doces qualquer tipo, salgadinhos, bolos, derivados de leite...)
  • Evitar açúcar (doces), pois esse alimento fermenta no intestino e pode atrapalhar a recuperação


Um dos principais vilões para esse quadro são os alimentos contaminados dentro da própria casa. Isso ocorre quando alguns cuidados não são tomados. Confira as dicas para previnir a intoxicação alimentar:

  •     Lave bem as mãos antes de mexer nos alimentos, para prevenir contaminações.
  •    Cozinhe bem os alimentos, em particular aves, carnes e leite não pasteurizado.
  • Consuma imediatamente os alimentos cozidos. A  sobra, guarde-os em recipiente tampado na geladeira.
  •    Reaqueça bem o alimento cozido se for consumi-lo em outro horário.
  • Selecione e lave em água corrente: frutas, verduras e leguminosas.Depois, coloque-as imersas em uma solução de água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água) ou produtos especiais para esse fim.
  • Observe a data de validade dos alimentos.
  • Evite o contato do alimento cru com o cozido, para que o primeiro não contamine o segundo 
Respeite as características dos alimentos:

  •    Pescados devem ser mantidos refrigerados (até 4 ºC) e por período não superior a 24 horas.
  •   Carnes cruas (bovina, suína, de aves e outras) devem ser guardados em refrigeradores (até 4 ºC) por até 72 horas.
  • Ovos crus devem ser conservados nas prateleiras da geladeira e não na porta, por até 14 dias.
  •  Alimentos que sofreram cozimento também devem ser conservados em refrigerador (4 ºC), por até 72 horas.
  • Os produtos considerados "estoque seco" (bolachas, arroz, macarrão, feijão, enlatados etc.) devem ser armazenados em temperatura ambiente, seguindo especificações do fabricante, no próprio produto.

Cuidados fora de casa

Além desses cuidados dentro de casa, deve-se saber escolher o melhor local para comer quando se está fora de casa. "Devemos redobrar a atenção quando não estamos em casa. O segredo, além da escolha, é não exagerar nas porções".
  •     Evitar carne malpassada.
  •     Evitar porções feitas com excessiva antecipação.
  •     Observar a conduta dos funcionários durante o preparo.
  •     Evitar alimentos em conserva, como palmito.
  •     Visitar a cozinha do estabelecimento, ainda mais se for um restaurante por quilo.

Optar por alimentos cozidos é sempre a melhor escolha. Além disso, deve-se evitar molhos caseiros e maionese. O modo de preparo e armazenamento em restaurantes e lanchonetes deve ser extremamente rigoroso.

Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo

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