segunda-feira, 21 de julho de 2014

Adoçantes

Os edulcorantes, conhecidos como adoçantes, são indicados para quem não pode ingerir açúcar e/ou para portadores de doenças como diabetes e obesidade que necessitam de uma restrição calórica. Os adoçantes têm poder de adoçamento extremamente maior que o do açúcar.

Alguns podem ser utilizados para cozinhar por terem estabilidade suficiente para não perder o sabor doce quando expostos a alta temperatura, como o acesulfame K e a sucralose. "Por ter poder adoçante alto, de 400 a 800 vezes mais que o açúcar, a sucralose – embora seja mais cara – é a substância mais utilizada para substituir o açúcar na culinária".

A legislação brasileira divide os adoçantes em:
  •  naturais, sendo a mais conhecida a estévia, além da frutose e do sorbitol; 
  • e os artificiais, como aspartame, ciclamato e sacarina. 
  • O que difere as duas modalidades é a origem deste adoçante e também seu poder de doçura em relação ao açúcar. Os edulcorantes apresentam um poder adoçante maior.

Os adoçantes chamados naturais são originados de plantas ou moléculas de compostos naturais, como na lactose do leite, o lactitol; e a própria estévia, da planta Stevia rebaudiana, único edulcorante natural produzido em larga escala, cultivado nos países orientais, como China e Japão, e na fronteira do Paraguai. Já os artificiais são feitos a partir de moléculas sintéticas.


A estévia adoça 300 vezes mais que o açúcar. Já bastante consumido em países como o Japão, no Brasil chegou mais recentemente. Possui sabor residual amargo, mas tem o benefício de ser um adoçante natural.

O adoçante passou a fazer parte da dieta com a evolução e a vida sedentária dos homens. Com o aumento do consumo de calorias e a pouca movimentação,  coisa que não acontecia nos primórdios da civilização –, foi preciso pensar em alternativas para controlar o consumo de calorias. "Esse cenário criou o grande dilema de como conduzir a obesidade e a síndrome metabólica, que hoje já são problemas de saúde pública mundial", enfatiza o dr. Cukier. Os adoçantes vieram para tentar reduzir esse teor de ingestão calórica.


Pesquisa polêmica

Estudo divulgado em fevereiro de 2008, nos Estados Unidos, apontou que a ingestão de sacarina – um dos tipos de adoçante mais utilizados nos refrigerantes – pode provocar ganho de peso superior ao do açúcar. A notícia causou reação da indústria alimentícia e muitas dúvidas na sociedade, que passou a olhar os adoçantes com desconfiança.

Outro estudo, conduzido na Fundação Europeia Ramazzini em 2005, relacionou o consumo de aspartame por ratos de laboratório ao aumento de linfomas, leucemia e outros tipos de câncer. Entretanto, há várias críticas em relação a esse trabalho e existe a necessidade de estudos mais detalhados. "A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atesta que, de acordo com diversos comitês internacionais, o aspartame é seguro", afirma Rosana Raele, nutricionista do Centro de Medicina Preventiva do HIAE.

Doses recomendadas


Recomendação máxima diária de adoçantes (OMS)

Para obter o valor diário (máximo) recomendado basta multiplicar o valor abaixo pelo seu peso





  • Edulcorante Limite  (mg/kg)
  • Acessulfame-K            15
  • Aspartame                   40
  • Ciclamato                   11
  • Sucralose                    15
  • Sacarina                       5
  • Stévia                          5,5
  • Xylitol, Manitol, Sorbitol 15

"Para o consumo superior a essas doses não se encontra, na literatura científica, nada que possa sugerir alguma anomalia metabólica ou orgânica, mas nas indicações do FDA o excesso não deve ser estimulado", salienta o dr. Cukier.

E além de considerar o adoçante utilizado no suco ou cafezinho, vale lembrar que ainda se consome a substância em alimentos diet industrializados. Portanto, é preciso ficar atento ao exagero. "É sempre bom verificar os produtos para avaliar a quantidade de adoçante e manter o equilíbrio".

As contra-indicações são para grávidas e mulheres que estão amamentando, para evitar que o bebê sofra algum tipo de alergia devido aos compostos sintéticos. Também não é recomendado em crianças, exceto para as que possuem diabetes ou obesidade, sempre devidamente orientadas por nutricionista ou médico.

O ciclamato e a sacarina são contra-indicados em casos específicos, como os hipertensos, devido à grande quantidade de sódio contido em sua formulação.

“É importante que a população fique bem atenta ao consumo de edulcorantes, que devem ser usados em casos indicados, na quantidade permitida por lei, para que não prejudiquem sua saúde”.

                                               Veja a tabela das marcas comercializadas

Dicas para consumir adoçantes corretamente

  • - Evite ingerir um excesso de produtos diets (gelatina, pudins, refrigerantes, etc).
  • - Utilize os adoçantes para substituir o açúcar com moderação.
  • - Não use aspartame em alimentos quentes, pois além de haver uma perda da doçura, é possível que haja a formação de substâncias tóxicas.
  • - O uso de qualquer adoçante dietético deve ser proibido para mulheres grávidas e lactantes. Para crianças obesas, use com muita moderação.
  • - Lembre-se que todo excesso traz prejuízos à saúde. Assim, adoçantes dietéticos não fogem à regra e portanto devem ser consumidos com moderação.
  • -O adoçante é indicado para pessoas diabéticas, com pré-diabetes ou que precisam emagrecer,
  • -Os naturais são os mais indicados como Stévia e Sucralose.

Abaixo o link da Cartilha sobre adoçantes
http://www.abras.com.br/cartilhaadocantes.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário