quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Comida japonesa ganhou o paladar dos brasileiros

Imaginem a dificuldade dos primeiros imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil no navio Kasatu Maru, em 1908. Idioma, hábitos alimentares, modo de vida e diferenças climáticas … Na mesa, a comida brasileira era rica em gordura de porco e farinhas de milho e mandioca, verdadeiros mistérios para os japoneses. Mais próximo do cardápio japonês, encontraram somente o arroz, que para surpresa dos imigrantes era combinado com feijão, que em sua terra natal, era usado como ingrediente para doces. Tão comum na culinária cotidiana do Japão, o peixe era exceção na mesa brasileira.  

No interior de São Paulo, só era possível consumir peixes pescados em rios e córregos. Podemos imaginar, então, o que representava para esses primeiros imigrantes trocar o chá verde, um hábito milenar, pelo cafezinho. E o choque que era se deparar com uma manta de carne seca.

Mais de um século depois, mudanças ocorreram dos dois lados, brasileiros e japoneses influenciaram e foram influenciados pelo convívio mútuo. E, hoje, quando um brasileiro diz que gosta de comida japonesa, pode apostar: ele provavelmente está se referindo ao sushi e ao sashimi. Por aqui, o peixe cru virou sinônimo dessa culinária, que guarda um repertório muito mais rico e diversificado…

“Não existe uma recomendação para o consumo específico de comida japonesa. Costumamos recomendar o consumo de um peixe fonte de ômega-3, pelo menos uma vez por semana. 

Na mesa do brasileiro


 A comida japonesa pode ser bem completa em termos nutricionais. “O arroz que é o alimento mais presente na alimentação japonesa supre nossas necessidades de carboidrato, um nutriente essencial para qualquer dieta.

As carnes de peixes ou frutos do mar, além de serem proteínas de excelente valor nutricional, são fontes importantes de cálcio, sódio, potássio, fósforo, vitaminas do complexo B, e, em menor quantidade, de ferro e de zinco.

Alguns peixes, como salmão, sardinha, arenque ainda contém a chamada gordura do bem ou o ômega-3, uma gordura que exerce um efeito protetor cardiovascular. Legumes também são alimentos bastantes presentes na culinária japonesa, completando as necessidades nutricionais em termos de vitaminas e minerais”.

Apesar de saudável e completa, a culinária japonesa também oferece preparações que devem ser evitadas, como as frituras tão tradicionais. Outra dica importante para evitar excessos em restaurantes japoneses é escolher pratos combinados, ao invés das opções de rodízio.

Quase todos os pratos da culinária oriental são acompanhados de molhos. Dentre eles, o mais conhecido e possivelmente o mais utilizado, é o shoyu. Feito através da fermentação da soja e/ou trigo, esse molho apresenta alta concentração de glutamato, e, portanto, intensifica o sabor dos pratos e os deixa muito mais agradáveis.


Obs.: É importante salientar que os japoneses utilizam o molho shoyu apenas para temperar os pratos, pois ele também contém alto teor de sódio.

“Quase ninguém é capaz de trocar o ‘coma-o-quanto-quiser’ pelas porções de seis rolinhos, mesmo sabendo que, no rodízio, os sushis são preparados de forma tão mecânica que desapontariam qualquer sushiman que se preze… E quando a refeição termina, você devorou algo perto de 350 gramas de carboidratos, 80 gramas de proteína, 50 gramas de gordura e mais de 2.000 calorias. Um total energético muitas vezes superior à recomendação de um dia inteiro”.



Consumo de comida japonesa aumenta entre os brasileiros
http://pr.ricmais.com.br/parana-no-ar/videos/consumo-de-comida-japonesa-aumenta-entre-os-brasileiros/

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