Geralmente essas toxinas não possuem odor nem sabor e a intoxicação pode ocorrer mesmo que as bactérias produtoras não estejam mais presentes no alimento.
A intoxicação alimentar é uma doença comum normalmente pouco grave mas que, por vezes, pode ser fatal. A intoxicação alimentar acontece quando alguém ingere alimentos ou bebidas contaminadas com bactérias ou toxinas. Muito raramente, a intoxicação alimentar também pode ser causada por toxinas de substâncias químicas ou pesticidas.
É difícil detectar se os alimentos ou as bebidas estão contaminados pois o aspecto, o sabor e o cheiro poderão não ser afetados. A intoxicação alimentar pode afetar uma pessoa ou um grupo de pessoas, se todos tiverem ingerido o mesmo alimento contaminado.
Sintomas mais comuns são:
- vômitos, dores abdominais e diarreia devido à inflamação do trato gastrointestinal (estômago e intestinos).
- Dependendo da causa, os sintomas podem ainda incluir: calafrios, fezes com sangue, desidratação, dores musculares, fraqueza e exaustão
- Em casos muito raros, a intoxicação alimentar pode ser séria e causar danos no
sistema nervoso. Em casos extremos, pode até causar paralisia ou morte.
O tratamento vária da gravidade da intoxicação alimentar. A maioria das pessoas até podem resolver o problema em casa, tomando muito líquido, soro e alimentação leve. Mas ao passar dos dias se continuar os sintomas, é necessário ir ao um hospital para ser medicamentado.
Alguns exemplos de bactérias que causam intoxicações:
Algumas das toxinas bacterianas são termolábeis, ou seja, são destruídas pela ação do calor, como a toxina botulínica.
Porém, existem toxinas como a toxina estafilocócica, que resistem ao processo de cozimento e não têm suas propriedades tóxicas alteradas.
De forma geral, a maior parte das intoxicações alimentares bacterianas não é grave e os sintomas desaparecem em cerca de três dias (uma exceção é a intoxicação por Clostridium botulinum, que pode levar a morte).
Diferentemente das infecções bacterianas, as intoxicações não possuem tempo de incubação, ou seja, os sintomas se manifestam assim que a toxina chega ao aparelho intestinal.
A seguir, exemplos de bactérias mais comuns associadas às intoxicações alimentares.
1. Clostridium botulinum
É um bacilo gram- positivo e está amplamente distribuído no meio ambiente. Diferentemente das outras bactérias já comentadas, o Clostridium botulinum causa intoxicação e não infecção, ou seja, o botulismo é causado pela ingestão de alimentos que contém neurotoxinas produzidas durante o crescimento da bactéria.
*A toxina botulínica é a exotoxina bacteriana mais potente que se conhece, podendo ser letal a uma dose de apenas 0,12 μg. Os principais alimentos que podem conter essa toxina são aqueles que passam pelo processo de defumação, como presuntos e salsichas (embutidos).
A toxina botulínica não sofre efeitos dos ácidos estomacais, sendo absorvida no intestino delgado. Quando atinge os vasos sanguíneos, a toxina é rapidamente transportada para os transmissores nervosos, resultando na paralisia dos músculos controlados por estes nervos. Os danos causados são, na maioria das vezes, irreversíveis.
Os primeiros sintomas são:
- náuseas e vômitos e, com a progressão da doença, os músculos cardíacos e respiratórios podem ser afetados, levando ao óbito.
O tratamento tem como objetivo impedir que o intestino absorva a toxina e neutralizar parte da toxina que já se encontra na corrente sanguínea.
- Lavagens gástricas, além de hidratação e nutrição enteral precoce são alguns dos procedimentos indicados em caso de intoxicação.
*Antibióticos não são utilizados, pois podem ocasionar a lise de possíveis C. botulinum ingeridos e liberar mais toxina botulínica no trato gastro intestinal.
*A prevenção pode ser feita através da adoção de medidas de conservação adequadas para alimentos embutidos, defumados e em conserva e não consumir estes alimentos se apresentarem alterações de cor e consistência.
*Não é indicado que crianças menores de dois anos consumam mel de abelha pelo risco de contaminação por C. botulinum
2. Staphylococcus aureus
São bactérias Gram-positivas que se apresentam de várias formas: cocos, diplococos e principalmente estafilococos (parecido com um cacho de uvas). Podem se multiplicar numa ampla faixa de temperatura ( de 7,8ºC até 48,5ºC) e as células, ao crescerem no alimento, produzem a toxina estafilocócica, uma enterotoxina que resiste às altas temperaturas de cozimento dos alimentos.
As fontes de contaminação por Staphylococcus aureus são:
- produtos lácteos, carnes (principalmente de aves), ovos, atum, macarrão, etc.
- Na maioria das vezes, são produtos que requerem muita manipulação no preparo, já que Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente na pele.
Os sintomas da gastroenterite estafilocócica incluem:
- náuseas, vômito, dores abdominais, diarreia, sudorese e cefaleia
- Esses sintomas podem aparecer de 30 minutos a seis horas após a ingestão do alimento contaminado e o quadro sintomático dura em média dois dias.
- Não há complicações severas causadas pela intoxicação por Staphylococcus aureus, porém, intoxicações severas podem levar indivíduos imunodeficientes ao óbito.
Como não é considerada grave, a intoxicação por S. aureus é tratada com reposição de líquidos e sais. Para prevenir, é necessário que as pessoas que manipulam alimentos tenham cuidados com as condições higieno-sanitárias para evitar contaminações.
Também é necessário que alimentos com maior risco de contaminações, como carnes, produtos lácteos, ovos e molhos sejam sempre mantidos em temperaturas baixas e respeitar seu período de consumo.
Como prevenir a intoxicação alimentar?
Mantenha os alimentos em temperaturas seguras
A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro.
Não se alimente em qualquer lugar em dias de férias e viagens, tenha certeza da higiene e procedência do alimento consumido, e evite maiores complicações.
Mantenha os alimentos em temperaturas seguras
A grande dificuldade da prevenção é o fato de os alimentos contaminados não apresentarem sinais da presença do micro-organismo. A prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro.
Não se alimente em qualquer lugar em dias de férias e viagens, tenha certeza da higiene e procedência do alimento consumido, e evite maiores complicações.
Link sobre o assunto:
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
Linda e competente
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