segunda-feira, 13 de março de 2017

Rinite alérgica

Rinite alérgica é um quadro de inflamação das mucosas da cavidade nasal causada por uma reação exagerada do sistema imune a partículas alérgenas do ar.



Alérgeno é qualquer partícula que tenha capacidade de desencadear uma reação alérgica, que nada mais é do que uma reação do sistema imune a agentes estranhos. Os alérgenos podem entrar em contato com nosso corpo por:


1. inalação, como pólen, fumaça, produtos químicos, poeira, etc.
2. ingestão, como comidas, remédios e suplementos.
3. contato com a pele, como substâncias químicas, perfumes, cremes, látex, plantas, etc.
4. inoculação na pele, como picadas de insetos.

O que causa a reação alérgica não é a ação direta e ativa do alérgeno, mas sim a resposta exagerada do organismo ao contato com o mesmo. Isto explica por que algumas pessoas têm alergia a determinadas partículas e outras não. O pólen, por exemplo, pode ser alérgeno para alguns e inócuo para outros.

Como ocorre a alergia

A pessoa sensível produz uma quantidade exagerada de anticorpos do tipo Imunoglobulina E – IgE na superfície das células inflamatórias (mastócitos e basófilos) existentes no sangue e tecidos. Quando os produtos que provocam a alergia  ligam-se à IgE, causam a liberação de mediadores químicos, tipo histamina, pelos mastócitos e basófilos, produtores dos sintomas da alergia. 

A rinite alérgica não costuma ocorrer na primeira vez que a pessoa tem contato com a agente produtor de alergia, mas depois que o organismo reconhece o micro-organismo ou produto como estranho a pessoa e as células de defesa (linfócitos e plasmócitos), produzem os anticorpos contra o agente estranho..

Fatores de risco

Como a rinite alérgica é nada mais do que uma reação alérgica da cavidade nasal, pessoas com outras doenças de origem alérgica, como asma, eczema, conjuntivite alérgica, urticária, etc. apresentam um maior risco de também terem rinite de origem alérgica.


Outros fatores de risco para rinite alérgica incluem:
 
– Ser do sexo masculino.
– História familiar de alergias.
– Nascimento durante a época do pólen.
– Bebês que pararam o aleitamento materno precocemente .
– Exposição frequente à fumaça de cigarro no primeiro ano
– Exposição precoce a antibióticos.
– Viver ou trabalhar em ambientes ricos em potenciais alérgenos.

 Os sintomas da rinite alérgica incluem:

  •  espirros, coriza nasal, entupimento nasal, lacrimejamento e coceira nos olhos, nariz e palato (céu da boca).
  •  A ocorrência de sinusite também é frequente, caracterizando um quadro de rinossinusite (rinite + sinusite).
  •  Outros sintomas comuns são: dor de garganta, rouquidão, tosse e diminuição do paladar e olfato.

A mucosa nasal apresenta uma riqueza vascular e uma considerável inervação autonômica (nervos simpáticos e parassimpáticos), que torna as fossas nasais  e as cavidades paranasais predispostas à reação alérgica.

 A inervação simpática contrai os vasos, reduzindo as secreções, enquanto o sistema parassimpático produz vasodilatação, aumentando as secreções nasais. Estes fenômenos pode bem ser sentido quando estamos exposto ao clima frio, onde ocorre uma maior produção de muco no sentido de aquecer o ar que entra em nossas narinas e ao mesmo tempo lubrificando-a.

Assim, é fácil entender que o excesso de utilização de ar condicionado pode provocar cronicamente lesões na mucosa nasal expondo a pessoa a apresentar rinites alérgicas. Sem considerar o enorme potencial dos sistemas de ar condicionado com manutenção vencida, foco de ácaros e outros produtos animais de alta antigenicidade.


Como é feito o diagnóstico
 

Citologia da mucosa  nasal

Diante da suspeita clínica de rinite alérgica um bom exame para confirmar o diagnóstico é a citologia do material colhido da mucosa nasal, pelo médico otorrinolaringologista. A presença de eosinófilos em grande quantidade na lâmina obtida de esfregaço de material nasal permite o diagnóstico de rinite alérgica. Por outro lado, a presença de células inflamatórias, principalmente neutrófilos, fala a favor de infecção bacteriana que pode estar agravando o quadro.

Avaliação sérica

A pesquisa de imunoglobulina E – IgE no plasma, contagem de eosinófilos no sangue periférico, dosagens hormonais da tireóide, dosagem dos níveis de estrogenios servem para indicar a causa da rinite alérgica.

Rinoscopia

A visão direta da mucosa nasal realizada por médico otorrinolaringologista, denominada rinoscopia, permite a visualização do estado da mucosa nasal e dos cornetos nasais, confirmando o diagnóstico e avaliando o grau de lesão causado pela alergia.

Teste cutâneos

Os testes cutâneos com os diversos alergenos permite selecionar  e esclarecer qual é o agente causador da alergia, permitindo a confecção de vacinas que protegem e desensibilizam o paciente.

Compreendendo o fenômeno

A rinite alérgica é um hiper funcionamento das glândulas nasais e inflamação tecidual consequente a exposição a um agente que cause alergia ao paciente.

                                             As características da rinite são:


  • congestão nasal, rinorréia (produção de grande quantidade de muco nasal), obstrução nasal, prurido nasal, e crises de espirro.
  • Este conjunto de sintomas recebe o nome de coriza, ou seja Coriza é a inflamação da mucosa nasal, acompanhada eventualmente de espirros, secreção e obstrução nasal.
  • A rinite alérgica em algumas pessoas pode ser sazonal, ocorrendo apenas em determinadas épocas do ano. Entretanto, muitos pacientes apresentam um quadro quase constante de rinite alérgica, como numerosos episódios ao longo de todo o ano. Estes geralmente são aqueles que ficam expostos a alérgenos constantemente, seja em casa ou no trabalho.

Do ponto de vista médico a rinite alérgica é entendida como uma enfermidade nasal sintomática induzida por inflamação mediada por imunoglobulina E (IgE) após exposição da mucosa a alérgenos aos quais o paciente é sensível. A rinite alérgica afeta indistintamente ambos os sexos.

Embora a rinite não apresente risco de vida, leva a uma perturbação geral e redução da qualidade de vida, motivando a consulta médica.

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