Trata-se de uma sinuosidade – curvatura – da coluna vertebral que foge aos parâmetros normais. Constitui uma condição clínica de natureza multifatorial.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual da população mundial que é afetada pela escoliose varia de 2% a 4%. Estimativas apontam que a população mundial está em torno de 7,6 bilhões de pessoas, ou seja, de 152 milhões a 304 milhões de habitantes sofrem desse mal
A coluna vertebral, ou espinha dorsal como também é conhecida, é uma estrutura rígida, mas flexível, que mede entre 72 cm e 75 cm nos adultos.
↱Constituída por 33 ossos superpostos, que recebem o nome especial de vértebras, ela se estende da base do crânio até a pelve, na altura do osso ilíaco, área de transição entre o tronco e os membros inferiores.
↦Desse conjunto, 24 vértebras são móveis (sete cervicais, 12 torácicas e cinco lombares).
⇒Outras não se movimentam.
As cinco sacrais soldadas formam o osso sacro, que se articula com o cóccix, osso formado pela fusão das quatro vértebras coccígeas situadas na extremidade inferior da espinha dorsal. Esse segmento rígido serve de apoio para toda a coluna vertebral.
A escoliose em si compreende uma série de alterações na coluna vertebral, como:
Podem ser evidenciadas isolada ou conjuntamente. Atinge em média 4-5% dos escolares, sobretudo os de 12-14 anos; a maioria apresenta distúrbios leves. A detecção e o tratamento precoces, de modo a se evitar sua progressão.
- desvios laterais;
- rotações vertebrais;
- hiperextensão/cifose lombar
- e diminuição da hiperextensão/cifose dorsal ou da lordose lombar.
Podem ser evidenciadas isolada ou conjuntamente. Atinge em média 4-5% dos escolares, sobretudo os de 12-14 anos; a maioria apresenta distúrbios leves. A detecção e o tratamento precoces, de modo a se evitar sua progressão.
A escoliose, condição cujo se faz basicamente através de critérios clínico-radiológicos, pode ser classificada segundo alguns aspectos:
- altura de localização na coluna vertebral (leva em conta a vértebra-ápice),
- lateralidade do desvio,
- etiologia
- e quantidade de curvas (na curvatura principal).
Existem diferentes causas para esse problema. Basicamente, a escoliose pode ser caracterizada das seguintes formas:
- Idiopática: sem causa aparente;
- Neuromuscular: causada por doenças como distrofia muscular e paralisia cerebral;
- Congênita: má formação desde o nascimento;
- Pós-traumática: motivada por doenças no tecido conjuntivo;
- Degenerativa do adulto: progressão de doenças antigas ou resultado dos avanços da idade.
De longe, a escoliose idiopática é a mais comum pois não é causada por nenhuma doença ou condição hereditária. Justamente aí que nós chegamos a um assunto muito importante: a postura.
A escoliose idiopática
Subtipo mais frequente, pode advir de uma predisposição hereditária, mas se reconhece sua patogenia principalmente como multifatorial.
Hipóteses explicativas associam a participação de fatores como:
⇰ o hormônio do crescimento (GH),
⇰ a melatonina (funcionamento da glândula pineal),
⇰a propriocepção, dentre outros.
A detecção precoce se faz através da inspeção clínica, sendo úteis também alternativas como o escoliômetro e o método topográfico de Moiré.
Observam-se os seguintes sinais:
- desnível dos ombros,
- assimetria das escápulas,
- cristas ilíacas,
- extremidades inferiores,
- Teste de Adams ( + )
- e gibosidade dorsal ou lombar.
O tratamento da escoliose idiopática
Pode ser conservador ou cirúrgico
O primeiro tipo destina-se à desaceleração da progressão da escoliose, compreende a abordagem funcional e a utilização de órtese.
A funcional trata-se de correção da postura, tração, cinesioterapia (natação, etc); geralmente é feito como coadjuvante ao uso do colete (órtese).
O emprego de órtese corresponde ao tratamento conservador de maior eficácia, é indicado para curvas maiores que 20º acompanhadas de risco de progressão (indica-se o uso da órtese por 23h/dia); a duração dessa intervenção é bastante variável, dependendo da evolução de cada caso.
Conclusão
Atualmente todos estão conectados às novas tecnologias: desde as crianças até os idosos. Porém os jovens fazem uso mais excessivo de celulares, tablets e notebooks.
Este não é o problema mas, sim, a postura do corpo enquanto eles são utilizados. Geralmente, as costas e o pescoço ficam muito curvados, o que influencia o comportamento de toda a coluna.
Isso pode não ser sentido imediatamente ou até mesmo dentro de algumas semanas ou meses. Porém com o passar dos anos, o risco de obter alguma doença séria na coluna aumenta, o que pode gerar dores e prejudicar permanentemente a postura, como no caso da escoliose.
É essencial que os jovens se atentem à postura e evitem ao máximo ficar em posições prejudiciais, já que o que hoje é uma simples dor nas costas amanhã pode se tornar algo muito mais sério.
Deve-se ressaltar também que isso nem sempre é feito intencionalmente: muitas vezes, o local de trabalho não conta com a infraestrutura necessária, como cadeiras anatômicas e confortáveis e mesas na altura correta, o que também prejudica muito a postura.
Tudo isso precisa ser observado com cuidado e atenção, e qualquer problema na postura deve ser comunicado imediatamente, para garantir as condições ideais de trabalho e evitar problemas irreversíveis na coluna vertebral.
Para evitar esse tipo de problema, também é possível recorrer :
- à prática de exercícios físicos constantes,
- aulas de ioga e meditação
- e tratamentos de fisioterapia, como a Reeducação Postural Global (RPG), que ajudam na flexibilidade da coluna.
Exceto pela cirurgia de caráter corretivo, a escoliose em jovens é uma condição que não pode ser curada, mas sim tratada, o que já aumenta muito a qualidade de vida do paciente e permite que ele viva normalmente.
A incidência de escoliose em jovens tem aumentado drasticamente nos últimos. Grande culpa desse crescimento deve-se a má postura que os adolescentes e jovens adultos tem durante o dia: utilizar aparelhos eletrônicos sem se atentar com a curvatura da coluna pode ser prejudicial.
Antes do início do tratamento é recomendado que sejam realizados
- exames de imagem, como o raio X.
É a partir dele que se pode diagnosticar melhor e entender qual o melhor tipo de tratamento o seu paciente precisa ter. A escoliose em jovens deve ser tratada o quanto antes para que as consequências da má postura não sejam tão prejudiciais na terceira idade.
vídeo sobre o assunto
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