quarta-feira, 10 de abril de 2019

ESCOLIOSE

Trata-se  de  uma  sinuosidade  –  curvatura  –  da  coluna  vertebral  que  foge  aos parâmetros normais. Constitui uma condição clínica de natureza multifatorial. 


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual da população mundial que é afetada pela escoliose varia de 2% a 4%. Estimativas apontam que a população mundial está em torno de 7,6 bilhões de pessoas, ou seja, de 152 milhões a 304 milhões de habitantes sofrem desse mal

A coluna vertebral, ou espinha dorsal como também é conhecida, é uma estrutura rígida, mas flexível, que mede entre 72 cm e 75 cm nos adultos.

↱Constituída por 33 ossos superpostos, que recebem o nome especial de vértebras, ela se estende da base do crânio até a pelve, na altura do osso ilíaco, área de transição entre o tronco e os membros inferiores.
↦Desse conjunto, 24 vértebras são móveis (sete cervicais, 12 torácicas e cinco lombares).
⇒Outras não se movimentam.

As cinco sacrais soldadas formam o osso sacro, que se articula com o cóccix, osso formado pela fusão das quatro vértebras coccígeas situadas na extremidade inferior da espinha dorsal. Esse segmento rígido serve de apoio para toda a coluna vertebral.




  A  escoliose  em  si  compreende  uma  série  de  alterações  na  coluna  vertebral,  como:
  •  desvios  laterais;  
  • rotações  vertebrais;  
  • hiperextensão/cifose  lombar  
  • e  diminuição  da hiperextensão/cifose  dorsal  ou  da  lordose  lombar.

Podem  ser  evidenciadas  isolada  ou conjuntamente. Atinge em média 4-5% dos escolares, sobretudo os de 12-14 anos; a maioria apresenta  distúrbios  leves.  A  detecção  e  o  tratamento  precoces,  de  modo  a  se  evitar  sua progressão.  

A escoliose, condição cujo se faz basicamente através de critérios clínico-radiológicos, pode ser classificada segundo alguns aspectos: 
  • altura de localização na coluna vertebral (leva em  conta  a  vértebra-ápice), 
  •  lateralidade  do  desvio, 
  •  etiologia  
  • e  quantidade  de  curvas  (na curvatura principal). 
Existem diferentes causas para esse problema. Basicamente, a escoliose pode ser caracterizada das seguintes formas:
  •     Idiopática: sem causa aparente;
  •     Neuromuscular: causada por doenças como distrofia muscular e paralisia cerebral;
  •     Congênita: má formação desde o nascimento;
  •     Pós-traumática: motivada por doenças no tecido conjuntivo;
  •     Degenerativa do adulto: progressão de doenças antigas ou resultado dos avanços da idade.

De longe, a escoliose idiopática é a mais comum pois não é causada por nenhuma doença ou condição hereditária. Justamente aí que nós chegamos a um assunto muito importante: a postura.


A escoliose idiopática  

Subtipo mais frequente,  pode advir de uma predisposição hereditária,  mas  se  reconhece  sua  patogenia  principalmente  como  multifatorial.  

Hipóteses explicativas  associam  a  participação  de  fatores  como:

⇰ o  hormônio  do  crescimento  (GH), 
⇰ a melatonina (funcionamento da glândula pineal), 
⇰a propriocepção, dentre outros. 

A detecção precoce se faz através da inspeção clínica, sendo úteis também alternativas como  o  escoliômetro  e  o  método  topográfico  de  Moiré.  

Observam-se  os  seguintes  sinais: 
  • desnível dos ombros,
  •  assimetria das escápulas, 
  • cristas ilíacas, 
  • extremidades inferiores, 
  • Teste de Adams ( + ) 
  • e gibosidade dorsal ou lombar. 


O tratamento da escoliose idiopática

 Pode ser conservador ou cirúrgico

O primeiro tipo  destina-se  à  desaceleração  da  progressão  da  escoliose,  compreende  a  abordagem funcional  e  a utilização  de  órtese.  

A  funcional  trata-se  de  correção  da  postura,  tração, cinesioterapia (natação, etc); geralmente é feito como coadjuvante ao uso do colete (órtese). 

O emprego de órtese corresponde ao tratamento conservador de maior eficácia, é indicado para curvas maiores que 20º acompanhadas de risco de progressão (indica-se o uso da órtese por 23h/dia); a duração dessa intervenção é bastante variável, dependendo da evolução de cada  caso.  

O  tratamento  cirúrgico  é  sugerido  para  curvas  maiores  que  45-50º, preferencialmente ao final do período de maturação óssea.

Conclusão 

Atualmente todos estão conectados às novas tecnologias: desde as crianças até os idosos. Porém os jovens fazem uso mais excessivo de celulares, tablets e notebooks.



Este não é o problema mas, sim, a postura do corpo enquanto eles são utilizados. Geralmente, as costas e o pescoço ficam muito curvados, o que influencia o comportamento de toda a coluna.

Isso pode não ser sentido imediatamente ou até mesmo dentro de algumas semanas ou meses. Porém com o passar dos anos, o risco de obter alguma doença séria na coluna aumenta, o que pode gerar dores e prejudicar permanentemente a postura, como no caso da escoliose.

É essencial que os jovens se atentem à postura e evitem ao máximo ficar em posições prejudiciais, já que o que hoje é uma simples dor nas costas amanhã pode se tornar algo muito mais sério.

Deve-se ressaltar também que isso nem sempre é feito intencionalmente: muitas vezes, o local de trabalho não conta com a infraestrutura necessária, como cadeiras anatômicas e confortáveis e mesas na altura correta, o que também prejudica muito a postura.

Tudo isso precisa ser observado com cuidado e atenção, e qualquer problema na postura deve ser comunicado imediatamente, para garantir as condições ideais de trabalho e evitar problemas irreversíveis na coluna vertebral.

Para evitar esse tipo de problema, também é possível recorrer :
  • à prática de exercícios físicos constantes,
  •  aulas de ioga e meditação 
  • e tratamentos de fisioterapia, como a Reeducação Postural Global (RPG), que ajudam na flexibilidade da coluna.

Exceto pela cirurgia de caráter corretivo, a escoliose em jovens é uma condição que não pode ser curada, mas sim tratada, o que já aumenta muito a qualidade de vida do paciente e permite que ele viva normalmente.

A incidência de escoliose em jovens tem aumentado drasticamente nos últimos. Grande culpa desse crescimento deve-se a má postura que os adolescentes e jovens adultos tem durante o dia: utilizar aparelhos eletrônicos sem se atentar com a curvatura da coluna pode ser prejudicial.

Antes do início do tratamento é recomendado que sejam realizados
  • exames de imagem, como o raio X. 

 É a partir dele que se pode diagnosticar melhor e entender qual o melhor tipo de tratamento o seu paciente precisa ter. A escoliose em jovens deve ser tratada o quanto antes para que as consequências da má postura não sejam tão prejudiciais na terceira idade.
vídeo sobre o assunto


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