quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Saiba tudo sobre protetores solares

Muita gente dispensa o protetor solar no dia a dia sem saber a importância que tem e deixa apenas para usá-lo quando está na praia ou na piscina sob o calor escaldante. A verdade é que o produto atua como uma verdadeira barreira de proteção. Abaixo especialistas da área de dermatologia respondem algumas dúvidas sobre o assunto.


 Um bom protetor solar é capaz de prevenir a queimadura causada pelo sol quando há exposição em excesso. Seus outros benefícios são colhidos pelo uso diário, mesmo em dias nublados. Ele é capaz de prevenir o aparecimento de manchas, o escurecimento das sardas, o envelhecimento da pele (rugas e flacidez) e, o mais importante de tudo, é único na prevenção do câncer de pele. "Esses efeitos só ocorrem, porém, quando a pessoa sabe usar o produto corretamente", diz o dermatologista Anderson Bertolini, de São Paulo.
Uma pessoa que não protegeu a pele quando era criança precisa passar protetor solar mesmo assim? 
 
Nunca é tarde para se cuidar. O dermatologista Anderson Bertolini, da Clínica Bertolini, Independente da idade, o sol favorece uma mudança na cadeia de DNA da pele, provocando uma lesão que pode virar um câncer de pele no futuro. "Quanto mais uma pessoa se proteger do sol, independente da idade, menos lesões no DNA ela terá", afirma o médico.


A diferença entre um FPS 60 e um FPS 30:  


 O Fator de proteção solar (FPS) é um número que indica um fator de multiplicação de tempo necessário para a pele começar a se queimar. "Quando exposta ao sol sem proteção, a pele leva um determinado tempo para ficar vermelha", explica o dermatologista Fernando Passos de Freitas. "Quando se usa um filtro com FPS 30, a pele leva 30 vezes mais tempo para atingir essa vermelhidão e, no FPS 60, esse tempo dobra." Para ter esse efeito, é preciso acertar na quantidade de protetor. "Recomendo dois gramas por centímetro quadrado, ou seja, aproximadamente duas colheres de sopa em cada aplicação do produto", diz o dermatologista Anderson.



É preciso passar protetor no inverno? 
 
Segundo o dermatologista Anderson, as nuvens não bloqueiam a passagem dos raios ultravioleta, que são responsáveis pelas alterações do DNA da pele e o aumento do risco de câncer. Por isso, mesmo que pareça estar um dia frio, chuvoso e sem sol, é preciso passar o protetor solar.

Uma pessoa que está bronzeada. Precisa passar protetor solar na mesma quantidade de antes?

O bronzeado não garante proteção à pele. Todos os dermatologistas recomendam que pessoas que já estão bronzeadas ou que são naturalmente morenas ou negras se protejam com protetor solar mesmo assim. É possível conseguir um bronzeado de sol mesmo passando protetor solar da forma adequada.

Se a exposição ao sol pode causar câncer, o melhor é não tomar sol?  

Não, a exposição solar adequada traz benefícios à saúde.

Se você passar protetor solar e ficar exposto em horários em que a intensidade do sol é menor, como antes das 10 horas ou depois das 16 horas, terá grandes benefícios. "Mesmo com protetor solar, parte dos raios solares atinge a pele, estimulando o metabolismo da vitamina D no corpo", explica o dermatologista Erasmo Tokarski, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Bastam 15 ou 20 minutos para ter esse benefício! Diversas pesquisas apontam que o baixo consumo de vitamina D está relacionado a obesidade, depressão e quedas do sistema imunológico.

Se eu estiver embaixo do guarda-sol há risco de me queimar?

Sim, o protetor solar é necessário mesmo nesses casos.

  "Raios solares são refletidos no chão, na areia ou em outras superfícies, atingindo quem está embaixo de um guarda-sol", conta o dermatologista Erasmo. Isso também é capaz de causar queimaduras. A proteção só é maior quando você está de roupa, mas não é total. Por isso, o uso de protetor solar é sempre necessário. "Até mesmo o uso de óculos de sol é necessário embaixo do guarda-sol, para proteger a retina do reflexo", lembra a dermatologista Miriam Sabino de Oliveira, de São Paulo.


 O protetor solar precisa ser repassado?

 Erasmo Tokarski conta que é preciso repor o produto quando mergulhamos na água ou transpiramos muito, é preciso repor o produto. "Mesmo protetores intitulados à prova d?água saem aos poucos", conta. A frequência de aplicação deve ser seguida conforme a indicação no rótulo de cada produto. "Se você estiver exposto ao sol no horário mais crítico, das 10 às 16 horas, deverá ter um cuidado ainda maior para repassar", recomenda o dermatologista Fernando Freitas.

Um protetor com FPS garante proteção segura?
Os raios ultravioletas (UVA) envelhecem a pele e os raios ultravioleta B (UVB) são aqueles que causam queimaduras e, com o tempo, podem provocar um câncer. É preciso se proteger dessas duas radiações com um protetor que seja tanto FP UVA quanto FPS. "Os raios UVA são emitidos no período antes da 10 horas e depois das 16 horas, enquanto os raios UVB têm mais incidência no intervalo entre esses dois horários", explica o dermatologista Erasmo.  

O protetor solar ideal para cada tipo de pele
Pele normal:
A pele considerada normal apresenta um nível de oleosidade controlada, sem ressecamento. Em relação ao filtro solar, recomenda-se sérum, loção ou spray, que é mais resistente ao contato com a água e o suor.

Pele oleosa: Deve-se optar, preferencialmente, por protetores à base de gel, sem gordura e sem álcool, pois são absorvidos mais rapidamente pela pele sem obstruir os poros ou deixar a pele brilhosa. As versões em gel-creme, sérum e mousse também são recomendadas, pois são leves e fluidas.

Pele seca: Apresenta aspecto desbotado e opaco, toque áspero, e exige cuidados extras, devido à maior tendência para o envelhecimento. Neste caso, o protetor ideal é o na versão creme, para que hidrata a pele. Opte por protetores em loção que contenham em sua composição água e óleo.

Pele sensível: São as que respondem a qualquer agressão de uma forma exagerada. Esse tipo de pele costuma apresentar vermelhidão, coceira, manchas e tem tendência a descamar. Sendo assim, loções e gel-creme são os tipos mais indicados.

E quanto ao FPS ideal em um dia de praia? 

Essa necessidade varia de acordo com o seu tom de pele:
Pele claríssima: por ser muito sensível ao sol, dificilmente se bronzeia e a tendência é ficar vermelha. Sua exposição ao sol pode ocasionar irritação e apresenta um alto risco de câncer, por isso é recomendado usar fator de proteção solar 60 ou 70.

Pele clara: também bronzeia pouco e queima com grande facilidade, também é suscetível a risco de câncer de pele e propensa a manchas. Para esse tipo de pele o indicado é usar protetores com, no mínimo, FPS 50.

Pele morena clara: Nos primeiros dias de praia, deve-se usar filtro com fator elevado, de FPS 45 a 60. À medida que a pele vai se acostumando, pode-se diminuir o fator de proteção, mas nunca usar um menor que 30.

Pele morena: Não é tão sensível ao sol quanto as outras, queima moderadamente e se bronzeia com mais facilidade. Porém, a longo prazo, pode adquirir manchas escuras provocadas pelo sol. Por isso, é importante usar sempre fator de proteção 35 ou 40.

Pele morena jambo: Apesar de ser uma pele mais resistente, por precaução contra o envelhecimento e cuidado com a saúde, recomenda-se que o FPS usado seja o 30.

Peles mulatas e negras:
Pode-se manter o filtro entre o fator de proteção solar 30 e 15 em todos os dias de exposição ao sol. A pele negra não sofre queimaduras, mas necessita de proteção contra o envelhecimento precoce e o risco de câncer. 


Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo

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