quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Nova pesquisa do Ministério da Saúde e do IBGE sobre alimentação e estilo de vida

A PNS- Pesquisa Nacional de Saúde contabiliza 63 mil entrevistados a partir de 18 anos. É o maior e mais detalhados estudo já realizado sobre a situação de saúde do brasileiro e o estilo de vida. Pela primeira vez, foi coletado sangue, aferida a pressão e as pessoas pesadas. Os dados divulgados nesta quarta-feira (10/12) são resultados dos questionários aplicados nos domicílios visitados. A análise dos exames será anunciada em 2015.  



 Além da redução do consumo de cigarro, a Pesquisa Nacional de Saúde apontou outros hábitos que revelam que o brasileiro busca por um estilo de vida mais saudável. Do total de entrevistados, 22,5% praticam o nível recomentado de atividade física semanal (150 minutos de intensidade leve e moderada ou 75 minutos de atividade intensa).




Os homens (27,1%) se exercitam mais que as mulheres (18,4%). Quanto maior a idade, menor a frequência das atividades físicas. O índice de jovens de 18 a 24 anos que praticam exercícios, 35,3%, é mais que o dobro do percentual entre pessoas com 60 anos ou mais, 13,6%.

Quando o assunto é alimentação

  • o estudo mostra que 37,3% da população consomem cinco porções diárias de frutas e hortaliças. O que ainda é muito baixo para uma população.
  • As mulheres saem na frente nessa avaliação, com 39,4%, enquanto entre os homens o índice cai para 34,8%. 
  • Nas pessoas com 60 anos ou mais, o consumo é maior, de 40,1%, chamando atenção para o baixo índice entre os jovens de 18 a 24 anos, 33,7%. 
  • O percentual é maior também entre as pessoas com maior escolaridade.

A pesquisa mostrou que o consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 71,9%. Neste item, o percentual foi menor entre as pessoas com nível superior completo (54,9%) e maior com ensino fundamental incompleto (77,3%).

Apesar de esses dados apontarem para um estilo de vida mais saudável, preocupam os percentuais de consumo de gorduras, doces e álcool
 

 O consumo de leite integral, mais gorduroso, faz parte da rotina de 60,6% dos brasileiros. Já a proporção de pessoas que consomem carne ou frango com excesso de gordura foi de 37,2%, subindo para 47,2% entre os homens e caindo para 28,3% no público feminino. Quanto maior o nível de escolaridade, menor o consumo desses alimentos.

Mais de 23% da população faz uso de refrigerantes ou sucos artificiais cinco vezes ou mais na semana e 21,7% relatam o consumo regular de alimentos doces, como bolos, chocolates, balas e biscoitos. 

  • No Brasil, o consumo desses produtos diminuiu com o avanço da idade. Pessoas com 60 anos ou mais comem em menor quantidade os doces, 17,2%.
  •  Já entre jovens de 18 a 24 anos o índice chega a 32%. E quanto maior o nível de escolaridade maior é o consumo. 
  • Pessoas com superior completo atingem 27,4%, enquanto pessoas com fundamental incompleto comem menos, 16,7%.

Para incentivar a prática de hábitos saudáveis na população, o Ministério da Saúde lançou, no segundo semestre desse ano, o Guia Alimentar para População Brasileira, que traz os cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável. A edição do guia indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).

O consumo de álcool também registrou um índice preocupante 


  •  24% da população consome bebida alcóolica uma vez ou mais na semana, subindo para 36,3% entre os homens, quase o triplo do índice entre as mulheres, de 13%. 
  • Conforme cresce a escolaridade, o índice aumenta. As pessoas com nível superior completo consomem bem mais (30,5%) se comparado com quem tem fundamental incompleto, 19%.

Do total de entrevistados, 4,4% da população dirigiram após consumir bebida alcoólica, aumentando o risco de acidente de trânsito. Se considerarmos somente a parcela que dirige, o índice chega a 24,3% dos entrevistados. 

Apesar do percentual alto, esse é um hábito que vem caindo desde o início da Lei Seca, cujo endurecimento reduziu a zero o consumo de álcool para quem vai dirigir. Levantamento do Ministério da Saúde, Vigitel, indica redução de 47,5% no número de homens que bebem abusivamente e dirigem, passando de 4% para 2,1% entre 2007 e 2013.

Estes novas pesquisas contribuem muito para a área da saúde são elas o indicador para mudanças e incentivos através de programas do governo para melhorar o estilo de vida da população.

Novo Guia Alimentar

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