quinta-feira, 11 de maio de 2017

Cientistas desaconselham dieta sem glúten a pessoas não celíacas

Estudo recente indica que cortar glúten implica abrir mão de alimentos benéficos para a saúde, como grãos integrais. Em celíacos, glúten representa risco cardíaco, mas, em não celíacos,  não existe esse risco.
Um estudo científico divulgado na semana passada no Reino Unido desaconselha pessoas não celíacas a fazerem uma dieta sem glúten, por se privarem sem necessidade de alimentos benéficos para a saúde.

A equipe dirigida por Andrew T. Chan, da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, aponta que o consumo de glúten não aumenta o risco de doenças cardiovasculares em pessoas não celíacas. Por esse motivo, os especialistas afirmam que "não se deve promover uma dieta sem glúten entre pessoas sem doença celíaca", no artigo publicado na revista médica "British Medical Journal".

A dieta sem glúten tem se tornado cada vez mais popular entre pessoas que querem emagrecer. No ano passado, foi a terceira dieta mais buscada no Google. Apesar de os defensores dessa dieta considerarem o glúten um vilão, especialistas dizem que só quem deve eliminá-lo do cardápio é quem tem a doença celíaca.


Nessas pessoas, alimentos com glúten  tudo que é feito com farinha de trigo, aveia, centeio e cevada,   provocam uma inflamação no intestino delgado que leva a dores abdominais e diarreia, entre outras consequências nocivas.

Especialistas dizem que não há evidências científicas de que eliminar o glúten possa trazer qualquer benefício a quem não tem intolerância ou sensibilidade ao glúten. E o fato de que muitas pessoas emagrecem ao adotar esse regime deve-se ao fato de que a maioria dos alimentos cotidianos tem glúten. Por isso, a pessoa acaba fazendo uma dieta com menos calorias.

Glúten x doenças cardiovasculares

A equipe de Harvard decidiu analisar a conexão entre o consumo de glúten e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em pessoas não celíacas, com o objetivo de comprovar a teoria de que este vínculo existe, o que levou muita gente saudável a fazer dietas sem glúten.

Os especialistas analisaram os dados de 64.714 mulheres e 45.303 homens não celíacos que são profissionais do setor de saúde dos Estados Unidos e completaram um questionário sobre dieta e saúde a cada quatro anos, entre 1986 e 2010.

A análise desta informação levou a equipe a concluir que "não há nenhuma relação significativa entre o consumo de alimentos com glúten e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares".
Outra análise é que a restrição do glúten na dieta pode levar à redução do consumo de "grãos integrais", que são associados a um menor risco de doenças coronarianas.

Os autores advertem em seu artigo que se trata de um estudo de observação, então não podem tirar conclusões "de causa e efeito". No entanto, afirmam que as descobertas "não apoiam a recomendação de uma dieta com restrições de glúten com o objetivo de reduzir o risco de doenças coronarianas".

Os cientistas concluem que "dietas sem glúten para a prevenção de doenças coronarianas entre pessoas sem sintomas e não celíacas não é recomendável".

Dieta Cetogênica 

 A Dieta cetônica defende a eliminação do consumo de carboidratos. Ela segue a mesma linha da Dieta das proteínas, atacando diretamente as gorduras acumuladas em excesso. Quando os carboidratos estão escassos, o organismo busca outra forma de energia iniciando assim a quebra da gordura (ácidos graxos).

 Em outras palavras, da quebra dos ácidos graxos são produzidos os corpos cetônicos. E essas fontes alternativas de energia para o organismo, seriam as gorduras acumuladas.

O que são os Corpos Cetônicos?

Os corpos cetônicos são três substâncias que são produtos derivados da quebra dos ácidos graxos para fornecer energia. Ao contrário do que o nome "corpos" pode sugerir, eles são componentes solúveis, não partículas.

As dietas low carb, isto é, aquelas caracterizadas pela ingestão reduzida de carboidratos, são conhecidas por prometerem o emagrecimento rápido. As mais populares até o momento são a do Dr. Atkins e a sua releitura, a Dukan: ambas se baseiam no consumo de proteína animal, sendo que a segunda é mais restritiva em relação às gorduras e prevê a inclusão de legumes na alimentação. Mas essas não são as únicas opções para quem está disposto a cortar pães, massas, bolos e arroz do seu dia a dia.

Quando o organismo passa a queimar a gordura que utiliza como fonte de energia no lugar do açúcar tem duração de seis semanas, além de apresentar um teor maior de lipídios de boa qualidade que promovem a saciedade e cortar ainda mais os carboidratos. Como consequência, há a perda de peso, a queima de gordura e o aumento da massa muscular. "É mais fácil queimar carboidrato do que proteínas e gorduras, então o metabolismo acaba gastando mais energia para haver essa queima de gordura e consegue aumentar a sua taxa metabólica basal".

Composta majoritariamente - 75% - por fontes de gorduras consideradas boas, como óleo de coco, abacate e oleaginosas, esse formato da dieta cetogênica permite de 15 a 20% de proteína e entre 5 e 10% de carboidratos, priorizando aqueles de baixo índice glicêmico, tal qual a batata-doce. 

Alimentos como carnes de boi, porco, frango e peixes, ovo, azeite, óleo, maionese, gelatina e chás sem açúcar estão liberados. No entanto, a dieta deve ser prescrita por um profissional, pois a pessoa pode apresentar intolerância ou alergia a algum alimento indicado no plano alimentar. 

Entrevista sobre assunto

http://g1.globo.com/al/alagoas/videos/t/bom-dia-alagoas/v/nutricionista-fala-sobre-dieta-low-carb/5431141/ 

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