terça-feira, 13 de maio de 2014

Rinite Alérgica

O inverno está chegando. E junto com os dias ensolarados e frios vêm também as doenças respiratórias. Nas ruas, escolas, shoppings,  em todos os lugares , é frequente encontrar pessoas com tosse, coriza e até abatidas pela febre.


A rinite alérgica é definida como uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição a alérgenos, que pode resultar em sintomas crônicos ou recorrentes como:

  • rinorréia aquosa (corrimento nasal), prurido nasal (coceira), espirros e sintomas oculares.


Rinite Alérgica


A rinite alérgica constitui-se numa reação alérgica da mucosa nasal a determinados antígenos, principalmente inalatórios. Frequentemente, estas manifestações alérgicas se estendem aos seios paranasais, sendo comum a coexistência de rinite e sinusite alérgicas, em graus variados, numa mesma pessoa. Afetam indistintamente ambos os sexos, e geralmente existe história de alergia (atopia) na família. É uma doença muito comum em adolescentes e adultos jovens, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária.



Apesar de assemelhar-se a um estado gripal, a rinite tem mecanismos e causas diferentes. O resfriado e a gripe são causados por vírus já a rinite alérgica é uma inflamação do revestimento interno do nariz e os sintomas têm início minutos após o contato com o alérgeno (substância que provoca a alergia), na maior parte das vezes poeira doméstica e ácaros.

A poeira doméstica é uma mistura de substâncias que engloba desde descamação de pele humana e de animais, pelos, até restos de alimentos, estofamentos, fibras de tecidos, bactérias, mofos e bolores (fungos).

Os fatores desencadeantes da rinite alérgica
  •   são os mesmos da asma brônquica; podem ser alimentos, animais, ácaros, poeiras, drogas ou substâncias químicas, embora os inalantes sejam os principais responsáveis pela rinite alérgica.

Deve-se tomar cuidados especiais com os seguintes fatores:

  •     pó encontrado na residência, especialmente em carpetes e cortinas, rico em ácaros;
  •     inalação de pólen presente no ar, grama ou árvores poluentes atmosféricos (principalmente o ozônio e o dióxido de enxôfre);
  •     infecções do trato respiratório por vírus (especialmente o adenovírus) e bactérias;
  •     pêlos de animais domésticos (gatos, cachorros);
  •     esporos de fungos presentes na terra (poeira) e em suspensão no ar atmosférico;
  •     inspiração de ar frio;
  •     estado emocional;
  •     fumaça do cigarro;
  •     inalação de sprays de cabelo e desodorantes;
  •     aspirina;
  •     exercícios físicos;
  •     fatores ocupacionais: farinha (para padeiros), pêlos de animais ou suas fezes (para pessoas  que trabalham em zoológico, etc.), vapores, etc.
  •     alimentos como leite, chocolate, tomate, crustáceos, etc.
A higiene do ambiente, assim como evitar a exposição a esses fatores, é fundamental para melhorar a qualidade de vida de quem tem alergia. 



O principal fator da poeira que causa alergia é o ácaro. Existem vários ácaros, e o que mais frequentemente está relacionada à alergia é o Dermatophagoides ssp, que significa aquele que se alimenta de pele.

 Na rinite, assim como em todo tipo de alergia, encontra-se presente o envolvimento do fator emocional como potencializador das manifestações alérgicas. Outro importante estímulo alérgico é a inspiração de ar frio, pois, a inspiração rápida e intensa de ar frio, pode levar à paralisação momentânea dos cílios da mucosa nasal, favorecendo, assim, o aparecimento de rinites infecciosas, sinusites e infecções respiratórias.

O quadro clínico das rinites alérgicas é caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas:


  •     Espirros - muitas vezes, constituem-se no único sintoma da rinite. Ocorrem logo após o contato com o alérgeno e podem chegar a durar vários minutos.
  •     Prurido (Coceira) - os espirros geralmente são acompanhados de coceira nasal, que pode estender-se à conjuntiva ocular, ao canal auditivo externo e, até mesmo, ao lábio superior. A presença de coceira na sintomatologia nasal constitui, praticamente, o selo para um diagnóstico positivo de alergia nasal. Tanto os espirros quanto o prurido ou coceira ocorrem por irritação das terminações nervosas da mucosa local, pela presença de edema e da inflamação presente na região.
  •     Coriza - a coriza é a saída abundante de secreção nasal, de aspecto aquoso. Pode, até mesmo, haver gotejamento espontâneo da secreção. Ocorre devido ao aumento da secreção das glândulas da mucosa nasal. Quando a alergia se prolonga, esta secreção torna-se mais densa, apresentando-se esverdeada ou, quando ocorrerem infecções associadas, amarelada.
  •     Obstrução Nasal - é um sintoma também muito freqüente. Mais raramente, pode ser o único sintoma que o paciente apresenta. Pode acometer uma ou ambas as fossas nasais e é o sintoma que mais incomoda o paciente, pois o obriga à respiração bucal, além de perturbar muito o seu sono (ocorre piora da obstrução nasal quando o paciente deita a cabeça devido ao acúmulo de secreção no local).
O tratamento da rinite alérgica se faz por meio de medicamentos como descongestionantes, anti-histamínicos, anti-inflamatórios e antibióticos. Sempre com supervisão e orientação de um médico.

Medidas de Prevenção

 Não há cura para as alergias, mas existem formas de tratamento que podem amenizar os seus sintomas. Quem tem alergia respiratória, por exemplo, pode procurar o apoio de especialistas nessa área (podem ser pediatras, pneumologistas, otorrinolaringologistas ou alergistas). Eles podem receitar medicamentos para o controle da alergia. O alergista pode ainda, em casos selecionados e mais intensos, indicar um tratamento com vacinas especialmente formuladas - a chamada imunoterapia -, cuja função é melhorar a tolerância e reduzir a sensibilidade aos causadores da alergia. Esse tipo de tratamento é mais demorado e os resultados são obtidos em longo prazo.

  • Evitar pó, poeira, cheiros fortes, cobertores de lã, praticar exercícios, etc.
  • Outra medida preventiva útil é o uso de aparelhos especializados na esterilização do ar, principalmente para os ácaros.
  • Tomar bastante líquidos (água, sucos, chás)
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo

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