A marca de calçados Grendene e a rede de fast food McDonald’s questionaram judicialmente as multas milionárias aplicadas pelo Procon, devido a publicidades abusivas realizadas pelas empresas. Os casos foram denunciados pelo Instituto Alana entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010.
Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que trabalha em várias frentes para encontrar caminhos transformadores que honrem as crianças, garantindo seu desenvolvimento pleno em um ambiente de bem-estar. Com projetos inovadores, que vão desde a ação direta na educação infantil e o investimento na formação de educadores até a promoção de debates para a conscientização da sociedade, o Instituto Alana tem o futuro das crianças como prioridade absoluta. Informações: www.alana.org.br
A Grendene não teve seu pedido liminar aceito, e terá, portanto, que pagar a multa aplicada em janeiro de 2013 de mais de R$ 3 milhões por conta de campanhas abusivas de sapatos infantis. Os filmes publicitários denunciados pelo Alana foram criticados por estimular a adultização precoce de meninas, além de hipervalorizar a importância da imagem como valor.
A empresa contestou judicialmente a multa, pedindo sua anulação, o que foi negado pela Juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública da Cidade de São Paulo. A Juíza Casoretti considerou o porte da empresa e sua possibilidade de pagar a multa, assim como constatou a abusividade na campanha realizada pela Grendene. Em junho, a empresa recorreu dessa decisão, mas o Desembargador Leonel Costa da Tribunal, da 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, manteve a obrigação do pagamento da multa aplicada pelo Procon. Embora essa não seja a decisão final do processo, até o momento a empresa deve pagar a multa.
Ao promover o McLanche Feliz atrelado a brinquedos colecionáveis, exclusivos e de alta rotatividade, a rede incentiva as crianças, que vão ao restaurante só para conseguir os brinquedos, a consumir lanches hipercalóricos e com alto teor de sódio, gorduras e açúcares.
A multa do Procon, anunciada em 2011, foi uma punição exemplar e sem precedentes no país, mostrando o empenho do órgão em defender os direitos dos consumidores e das crianças – público hipervulnerável e que precisa ser protegido por estar em fase de desenvolvimento.
Ela também vai ao encontro das diretrizes colocadas pela Organização Mundial da Saúde, que em 2010 já colocou a relação direta entre a publicidade de alimentos não saudáveis dirigidas a crianças e a epidemia de obesidade infantil pela qual o mundo está passado, recomendando que governos locais regulem a questão. Só no Brasil, por exemplo, uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos está com sobrepeso, segundo o IBGE.
Fonte: http://dragiselasavioli.blogspot.com.br
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
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