Para obter carne bovina de qualidade é necessário observar cuidados que vão desde o nascimento do animal até o preparo do produto final. O consumidor final busca carne com boa palatabilidade e aparência. A produção de carne deve ter como princípio produzir com a máxima qualidade, a fim de preservar os benefícios que o alimento pode proporcionar ao consumidor.
A carne bovina tem como fonte protéica de ótima qualidade, é rica em ácidos graxos essenciais, aminoácidos essenciais, vitaminas do complexo B e minerais, destacando o zinco e o ferro. Este último é fundamental para diversas funções no organismo, dando suporte ao sistema imunológico. Na carne bovina o Ferro é encontrado na forma biodisponível para o organismo absorver. O zinco é importante para o crescimento e a falta dele afeta mais de 60 enzimas, prejudicando os processos metabólicos do corpo.
A carne bovina magra apresenta, praticamente, o mesmo valor nutricional de carne de frango sem pele. A carne bovina é um alimento de excelente qualidade nutricional, devendo ser consumido em quantidade adequada, sem exageros.
Tipos de corte de carne bovina: A carne bovina permite 21 tipos de cortes. Conheça-os:
1. Pescoço: considerada uma carne de terceira, devido ao excesso de gordura e tecido conjuntivo. Para ser consumido, o pescoço bovino deve ser bem cozido;
2. Acém: trata-se de uma carne magra e de segunda, que pode ser preparada cozida, assada ou refogada;
3. Peito: uma carne de segunda, caracterizada pela grande quantidade de músculos e fibras. Este corte costuma ser usado para o preparo de um prato argentino chamado puchero;
4. Paleta: é uma parte retirada das patas dianteiras do boi. Possui um miolo macio e saboroso;
5. Fraldinha: retirada da parede do abdômen. Possui nervos, fibras e gorduras;
6. Ponta de agulha: é uma carne de terceira, retirada da última costela do boi. Normalmente é consumida moída;
7. Filé Mignon: este corte é classificado como carne de primeira, devido a sua maciez e sabor suculento;
8. Filé de costela: um corte de segunda e com tempo de cozimento mediano;
9. Contra filé: é uma carne magra e macia, só que com uma espessa camada de gordura;
10. Capa de filé: como tem muitos nervos, precisa ser bem cozida;
11. Alcatra: um corte de carne de primeira, retirada do traseiro do boi;
12. Patinho: possui fibras macias e normalmente é preparada em bifes;
13. Coxão duro: também chamado de ponta de alcatra, possui fibras grossas;
14. Coxão mole: mais macio do que o coxão duro, com fibras curtas, gorduras e nervos;
15. Lagarto: carne dura e com forma arredondada;
16. Músculo dianteiro: carne de segunda, retirada da pata dianteira do boi;
17. Músculo traseiro: carne de segunda, famosa na culinária italiana;
18. Aba do filé: como tem muitos nervos, é mais consumida como carne moída;
19. Maminha: carne de primeira, retirada da alcatra;
20. Picanha: carne de primeira, macia e suculenta. Retirada do traseiro do boi;
21. Cupim: muito saboroso, pode ser preparado cozido ou no churrasco.
Na carne bovina temos cortes mais magros e outros que contém bastante gordura, o ideal de consumo por dia é um consumo moderado de duas vezes por semana de 200-250g, cerca de 100g-125g por refeição fica dentro de um padrão de alimentação saudável e o tamanho da porção é facilmente medido pelo tamanho da palma da mão.
Mas uma dica é consumir cortes mais magros: patinho, maminha, músculo, lagarto, coxão duro e mole! Porque não adianta retirar a gordura que vemos na picanha, porque existe gordura entremeada na fibra. A mesma coisa é comer frango com pele.
Paulistano come o dobro da quantidade de carne recomendada pelo Ministério da Saúde, o alerta vem de uma pesquisa da faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Brasileiros consomem quase oito milhões de toneladas de carne por ano.
O consumo excessivo de carne vermelha deve ser deixado de lado, pelo seu alto conteúdo de gordura saturada e colesterol comprometendo a saúde cardiovascular e circulatória. O ideal é intercalar entre outras fontes proteica na semana.
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
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