A obesidade, antes considerada sinal de fartura, saúde e padrão de beleza, deixou de ser vista como
uma condição desejável, diante das evidências de morbimortalidade elevada em indivíduos obesos.
uma condição desejável, diante das evidências de morbimortalidade elevada em indivíduos obesos.
Suas complicações incluem:
- Diabetes mellitus tipo 2, a hipercolesterolemia, a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, apneia do sono, problemas psicossociais, doenças ortopédicas e diversos tipos de câncer.
Estima-se que os fatores genéticos possam responder por 24% a 40% da variância no IMC,
por determinarem diferenças em fatores como taxa de metabolismo basal, resposta à superalimentação e outros. Acredita-se que as mudanças de comportamento alimentar e os hábitos de vida sedentários atuando sobre genes de susceptibilidade sejam o determinante principal do crescimento da obesidade no mundo.
Como diz George Bray, “a genética carrega a arma e o ambiente aperta o gatilho”.
O meio ambiente predominante em todos os países ocidentais ou com hábitos de vida ocidental caracteriza-se por oferta ilimitada de alimentos baratos, palatáveis, práticos e de alta concentração energética. Alia-se a isso um sedentarismo crescente, com a prática de atividades físicas cada vez mais dificultadas, principalmente nas grandes cidades.
O diagnóstico da obesidade é realizado a partir do parâmetro estipulado pela Organização Mundial de Saúde pelo Índice de Massa Corporal (IMC), obtido a partir da relação entre peso corpóreo (kg) e estatura (m)² dos indivíduos. Através deste parâmetro, são considerados obesos os indivíduos cujo IMC encontra-se num valor igual ou superior a 30 kg/m²
Trabalhos enfatizam que o objetivo primordial de qualquer tratamento para obesidade deve estar centrado em melhoras do estilo de vida, e não simplesmente na perda de peso. As crianças, ao contrário dos adultos, raramente fazem exercícios para a manutenção da saúde. Conforme o autor, elas precisam sentir-se gratificadas durante a realização das atividades.
Os programas para controle de peso devem combinar com a restrição moderada do consumo energético em conjunto com a realização de exercícios específicos para a perda de gordura.
A recomendação atual para a saúde é que tanto adultos quanto crianças realizem no mínimo 30 minutos diários de atividade contínua ou acumulada, de intensidade leve a moderada, gerando então um déficit de 500 a 1000 Kcal diárias chegando a perda de 1Kg de gordura por semana
No Brasil, pesquisa da Associação Brasileira para Estudos de Obesidade (ABESO), mostra que a obesidade infantil triplicou nos últimos vinte anos. Atualmente, quase 15% das crianças estão acima do peso e 5% são obesas.
Ao desenvolver um programa de atividade física para crianças e adolescentes, é necessário também trabalhar a motivação da criança para que a mesma se mantenha ativa tornando esta atividade um hábito de vida. O ideal seria que o incentivo à prática da atividade física fosse um projeto familiar no qual todos participassem, auxiliando assim na conscientização e no estímulo à prática da atividade física desde a infância do indivíduo.
É importante também saber o motivo que faz com que a criança e adolescentes optem por serem sedentárias, para então escolher um melhor método para ajudá-los. Sendo assim, profissionais da saúde e educadores deveriam incluir uma análise das atividades habituais da criança e as barreiras que devem ser superadas para que ela adote um estilo de vida mais ativo e mais saudável.
Estudando padrões de consumo da população brasileira, relataram uma redução do consumo de arroz com feijão de 30%, enquanto o consumo de refrigerantes aumentou em 268% no Rio de Janeiro.
Apesar de existirem experiências bem sucedidas de intervenções comunitárias visando promover hábitos alimentares mais saudáveis, principalmente na infância sua implementação esbarra na forte influência que a propaganda de alimentos exerce sobre as preferências alimentares das crianças
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
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