Uma campanha de saúde criada por uma agência de propaganda gaúcha, encomendada pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), causou polêmica esta semana. As imagens, feitas para estampar cartazes a serem afixados em paredes de hospitais locais, mostram uma mulher amamentando um bebê de colo, sendo que o peito da mulher está pintado como se fosse feito de alimentos da pior qualidade, dando a ideia de que o bebê está sugando tudo que esses alimentos têm de ruim. O texto que acompanha as imagens diz “Seu filho é o que você come”.
Assista ao video abaixo.
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A SPRS explica que o objetivo da campanha é alertar as mães sobre a importância de uma alimentação saudável e seu reflexo na formação do bebê e chamar atenção para a importância dos primeiros 1000 dias da criança. Tudo com o propósito de melhorar os índices de aleitamento materno e diminuir a obesidade infantil.
No entanto, na visão da IBFAN, a Rede Internacional de Defesa do Direito de Amamentar, que há anos faz campanha em prol do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê, essa campanha é um erro. A organização publicou um artigo (em inglês) dizendo que as imagens levam o público a acreditar, erroneamente, que se a mãe não fizer uma alimentação perfeita, o bebê será prejudicado pela amamentação. Na verdade, diz a IBFAN, por mais imperfeita que a alimentação da mãe seja, o leite materno será sempre o melhor alimento para o bebê nos primeiros seis meses de vida.
No artigo, a IBFAN levanta a suspeita de que a Nestlé poderia estar por trás da campanha. Isso porque a Nestlé é patrocinadora da SPRS e publica anúncios de sua fórmula infantil no jornal da entidade. Além disso, a empresa é vista pela IBFAN como uma antiga “inimiga” da causa do aleitamento materno exclusivo, devido a seus interesses comerciais na promoção de fórmulas infantis, que prometem substituir o leite materno.
Entretanto, não apareceram fatos confirmando a suspeita. A SPRS confirma o patrocínio da Nestlé a algumas de suas atividades, mas nega a participação ou mesmo qualquer influência indireta da empresa na criação da campanha. A Paim, agência de propaganda que criou a campanha, afirma que esse foi um trabalho pro bono, feito de graça. Os publicitários da agência também afirmam desconhecer qualquer atuação da Nestlé em campanhas contra o aleitamento exclusivo.
Enfim...Refutada a hipótese de patrocínio à campanha, resta a seguinte questão: será que a mensagem transmitida pelas imagens causará em maior medida o efeito positivo desejado pela SPRS ou o estrago temido pela IBFAN?
Nota oficial da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul em virtude da polêmica
Em virtude da grande repercussão da campanha da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, em parceria com a agência de publicidade Paim, vimos a público para esclarecer que:
1. A campanha faz parte de um trabalho de conscientização da população, que temos realizado, em relação à importância dos primeiros 1000 dias da criança, que começou em 2012, no início de nossa gestão na Sociedade. O objetivo é melhorar os índices de aleitamento materno e diminuir a obesidade infantil, através da educação da população, principalmente em relação à nutrição materna e infantil.
2. A agência Paim criou a campanha a partir de reuniões com nossa coordenadoria de mídia, sem nenhum custo para a SPRS, como parte de sua função social.
3. A SPRS tem uma relação absolutamente ética e dentro das leis brasileiras com a indústria de alimentos e farmacêutica.
4. Por óbvio, a campanha não tem nenhuma participação da indústria farmacêutica ou de alimentos, como tem sido veiculado por algumas mídias maldosas e tendenciosas.
5. O objetivo da campanha é alertar as mães sobre a importância de uma alimentação saudável e seu reflexo na formação do bebê. Quanto às insinuações infundadas de que a campanha procura desestimular a amamentação, afirmamos que todo o histórico de ações da SPRS para valorizar e estimular o aleitamento materno e divulgar a sua importância vital no desenvolvimento saudável, atestam nossa posição.
6. A campanha será lançada oficialmente na próxima segunda-feira, dia 21/09, após uma coletiva para a Imprensa.
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, na certeza de sua posição em defesa da saúde das crianças e adolescentes e na construção de uma sociedade mais saudável, fica à disposição para esclarecer eventuais dúvidas sobre a campanha.
Porto Alegre, RS, 18 de setembro de 2015.
Patricia Lago, presidente da SPRS
Cristina Targa Ferreira, vice-presidente da SPRS e coordenadora da campanha
Lucia Diehl, diretora de comunicação da SPRS e vice-coordenadora da campanha
Quando vi essas imagens pela primeira vez achei bastante forte (choca), é como aquelas imagens impressas nas embalagens dos cigarros. A proposta na minha opinião é válida, uma mãe quer sempre o melhor para seu filho desde do ventre materno, ela é capaz de mudar hábitos pela saúde do bebê. O leite materno sempre terá os nutrientes necessários para o bebê até os 6 meses de vida, indiferente da alimentação da mãe, se o bebê tem alguma intolerância alimentar como exemplo, alergia ao leite de vaca ou outro alimento, neste caso, passa da mãe para o filho amamentado tem que retirar o alimento alergênico da mãe. Alimentação saudável é importante em todas as fases da vida, principalmente na gestação e amamentação, onde o corpo da mulher muda completamente por fatores hormonais.
Fonte SPRS: http://www.sprs.com.br/sprs2013/noticias/detalhe.php?id=23&detalhe=463
Do campo à mesa: http://canaldocampoamesa.com.br/2015/09/25/campanha-de-saude-vs-publicidade/
Enfim...Refutada a hipótese de patrocínio à campanha, resta a seguinte questão: será que a mensagem transmitida pelas imagens causará em maior medida o efeito positivo desejado pela SPRS ou o estrago temido pela IBFAN?
Nota oficial da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul em virtude da polêmica
Em virtude da grande repercussão da campanha da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, em parceria com a agência de publicidade Paim, vimos a público para esclarecer que:
1. A campanha faz parte de um trabalho de conscientização da população, que temos realizado, em relação à importância dos primeiros 1000 dias da criança, que começou em 2012, no início de nossa gestão na Sociedade. O objetivo é melhorar os índices de aleitamento materno e diminuir a obesidade infantil, através da educação da população, principalmente em relação à nutrição materna e infantil.
2. A agência Paim criou a campanha a partir de reuniões com nossa coordenadoria de mídia, sem nenhum custo para a SPRS, como parte de sua função social.
3. A SPRS tem uma relação absolutamente ética e dentro das leis brasileiras com a indústria de alimentos e farmacêutica.
4. Por óbvio, a campanha não tem nenhuma participação da indústria farmacêutica ou de alimentos, como tem sido veiculado por algumas mídias maldosas e tendenciosas.
5. O objetivo da campanha é alertar as mães sobre a importância de uma alimentação saudável e seu reflexo na formação do bebê. Quanto às insinuações infundadas de que a campanha procura desestimular a amamentação, afirmamos que todo o histórico de ações da SPRS para valorizar e estimular o aleitamento materno e divulgar a sua importância vital no desenvolvimento saudável, atestam nossa posição.
6. A campanha será lançada oficialmente na próxima segunda-feira, dia 21/09, após uma coletiva para a Imprensa.
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, na certeza de sua posição em defesa da saúde das crianças e adolescentes e na construção de uma sociedade mais saudável, fica à disposição para esclarecer eventuais dúvidas sobre a campanha.
Porto Alegre, RS, 18 de setembro de 2015.
Patricia Lago, presidente da SPRS
Cristina Targa Ferreira, vice-presidente da SPRS e coordenadora da campanha
Lucia Diehl, diretora de comunicação da SPRS e vice-coordenadora da campanha
Quando vi essas imagens pela primeira vez achei bastante forte (choca), é como aquelas imagens impressas nas embalagens dos cigarros. A proposta na minha opinião é válida, uma mãe quer sempre o melhor para seu filho desde do ventre materno, ela é capaz de mudar hábitos pela saúde do bebê. O leite materno sempre terá os nutrientes necessários para o bebê até os 6 meses de vida, indiferente da alimentação da mãe, se o bebê tem alguma intolerância alimentar como exemplo, alergia ao leite de vaca ou outro alimento, neste caso, passa da mãe para o filho amamentado tem que retirar o alimento alergênico da mãe. Alimentação saudável é importante em todas as fases da vida, principalmente na gestação e amamentação, onde o corpo da mulher muda completamente por fatores hormonais.
Fonte SPRS: http://www.sprs.com.br/sprs2013/noticias/detalhe.php?id=23&detalhe=463
Do campo à mesa: http://canaldocampoamesa.com.br/2015/09/25/campanha-de-saude-vs-publicidade/
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