quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Setembro Lilás: Campanha em Londrina alerta para os riscos do Mal de Alzheimer

O “Setembro Lilás” terá palestras com especialistas sobre a doença, sessões de cinema e oficinas voltadas ao público idoso na cidade de Londrina-PR


A patologia Alzheimer (DA) é um processo de declínio de funções cognitivas que se estende para desorganização do comportamento e sintomas psicóticos. 


O paciente apresenta maior comprometimento da memória recente e, com a evolução do quadro clínico, ocorrem distúrbios de memória semântica, dificuldade de nomeação e de elaboração da linguagem e déficits de atenção.

Caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento lento afetando cerca de 5% das pessoas com idade acima de 65 anos, e esta proporção aumenta até um terço das pessoas com idade entre 85 e 90 anos. 

Hoje em dia não se pode curar  a DA, mas se pode conseguir que o enfermo seja bem atendido e proporcionar-lhe a melhor qualidade de vida possível.



 Família do enfermo

De acordo com Lozano (1997), aproximadamente em 80% dos casos é a  família quem se responsabiliza pelo enfermo. Em muitas vezes isso é feito em  condições dramáticas e sem nenhum tipo de ajuda, subvenção (subsídio ou auxílio  pecuniário), informação, apoio ou consideração. O problema tem dimensão psicológica muito importante no que diz respeito a manutenção do equilíbrio psicológico da família.  Em certa porcentagem de casos, a família que atende o idoso demente, sofre
desequilíbrios ou disfunções em todos os membros que a integram, levando, inclusive a ruptura total da família, com o qual gerando uma problemática psicopatológica muito  mais ampla do que se tentava corrigir. Por isso é necessário, cada vez mais, desenvolver programas terapêuticos integrais na família, baseados na monitoração, na ajuda e  sempre, também, na possibilidade de ajudas econômicas adequadas

Fator hereditário
 
Investigações recentes sugerem que a apoptose, processo que governa a  morte normal e ordenada das células, pode não funcionar em pessoas com genes  defeituosos nos cromossomos 1 e 17, assim, as células  nervosas morrem

Fator ambienteal
 
A DA é raro n a África Ocidental e as autópsias ali executadas mostraram  quantidade de beta amilóide significativamente inferiores do que aquelas feitas em  países mais desenvolvidos como o Japão e a Austrália. Todavia, os descendentes  naturais estadunidenses da África O cidental têm uma taxa de Alzheimer tão alta quanto  outros estadunidenses, indicando que os fatores ambientais ou o modo de vida podem  desempenhar uma função na manifestação do Alzheimer
 
Enfermidades relacionadas à doença
 
Uma orientação sobre a etiologia da DA pode proporcionar o estudo de  enfermidades que tem algumas características comuns com a DA e cuja causa é  conhecida. Entre essas enfermidades pode
-se citar:
  •  Mal de Parkinson, Síndrome de  Down, encefalopatia traumática crônica do boxeador e a ELA Guam prematuramente

As alterações cerebrais características do Alzheimer são:
  •  atrofia cortical difusa, a presença de grande número de placas senis e novelos neurofibilares, degenerações grãos-vacuolares e perda neuronal. 
  • Verifica-se ainda um acúmulo da proteína b amilóide nas placas senis e da microtubulina tau nos novelos neurofibrilares. Acredita-se que a concentração das placas senis esteja correlacionada ao grau de demência nos afetados.

As terapias atuais são paliativos e não atrasar a progressão desta doença devastadora. Ampla evidência indica que as alterações no metabolismo da glicose e energética mitocondrial ocorre juntamente com a acumulação de danos oxidativos antes dos sinais cardinais da patogêne.

 Conclusão

Existem poucas enfermidades que alteram tanto o paciente e por tão longo  período da vida
dos idosos e familiares que convivem com a Doença de Alzheimer. Frequentemente, a convivência
com o paciente é uma convivência com um desconhecido, há que ter importantes doses  de paciência, dedicação e carinho ao mesmo tempo em que o esgotamento físico e  mental leva o cuidador. Por outro lado, os familiares devem afrontar finalmente a  própria morte do paciente. 

 Não é raro que os próprios familiares e cuidadores comecem a mostrar  sinais de transtorno mental ou
enfermidades, e isto se dá mais ainda quando o cuidador  é o cônjuge ou outro familiar também de idade avançada ou doente. Ainda assim, são  raras, todavia, as famílias que buscam ajudas externas. 

É importante conscientizar os  familiares que o cuidado de um  enfermo de Mal de Alzheimer não é um sacrifício que a  pessoa terá que afrontar. Inclusive, um estudo chegou a  demonstrar que quando os familiares cuidadores participam em algum tipo de programa  de apoio, o ingresso do paciente em uma instituição leva até um ano. 

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