Hiperidrose é um estado no qual o corpo produz um volume de suor
desproporcional às necessidades fisiológicas para a regulação da
temperatura corporal, ou seja, o paciente transpira demais e sem motivo.
O termo hiperidrose é utilizado para definir essa condição. É uma doença benigna relativamente frequente, com incidência estimada em 0,6 a 1% da população. Trata-se de uma doença extremamente desconfortável, com profundo embaraço social e transtornos psicológicos e de relacionamento social no portador, que frequentemente é retraído e procura, na medida do possível, esconder o seu problema.
O que é o suor
O suor é um substância composta por água (99%) e pequenas quantidades de sais minerais (1%), basicamente cloreto de sódio e ureia. Outras substâncias presentes no sangue podem estar presentes no suor, tais como cálcio, magnésio, potássio, zinco e ferro. Estas, porém, costumam estar em concentrações muito reduzidas.
O suor é um substância composta por água (99%) e pequenas quantidades de sais minerais (1%), basicamente cloreto de sódio e ureia. Outras substâncias presentes no sangue podem estar presentes no suor, tais como cálcio, magnésio, potássio, zinco e ferro. Estas, porém, costumam estar em concentrações muito reduzidas.
Ao contrário do que muitos pensam, o suor não é uma fonte de eliminação de toxinas e não serve para eliminar impurezas do seu organismo. Passar um tempo em uma sauna pode ser relaxante, mas não fará você eliminar nada em quantidades relevantes além de água e sal.
Anatomia da pele
O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas, que são glândulas que se localizam nas camadas mais internas da pele (derme), comunicando-se com a camada mais superficial (epiderme) através de micro ductos que desembocam em poros na nossa pele, conforme pode-se ver na imagem ao lado.
O suor tem como função básica ajudar na regulação da nossa temperatura corporal. A produção de suor pelas glândulas sudoríparas é controlada pelo sistema nervoso central, nomeadamente pelo hipotálamo, onde os neurônios termossensíveis se encontram.
O sistema nervoso também pode estimular a sudorese em momentos de estresse emocional. Geralmente, a transpiração nestes casos se restringe a certas áreas do corpo, como mãos, pés, axilas e cabeça.
Anatomia da pele
O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas, que são glândulas que se localizam nas camadas mais internas da pele (derme), comunicando-se com a camada mais superficial (epiderme) através de micro ductos que desembocam em poros na nossa pele, conforme pode-se ver na imagem ao lado.
O suor tem como função básica ajudar na regulação da nossa temperatura corporal. A produção de suor pelas glândulas sudoríparas é controlada pelo sistema nervoso central, nomeadamente pelo hipotálamo, onde os neurônios termossensíveis se encontram.
O sistema nervoso também pode estimular a sudorese em momentos de estresse emocional. Geralmente, a transpiração nestes casos se restringe a certas áreas do corpo, como mãos, pés, axilas e cabeça.
A sudorese excessiva é uma situação constrangedora que dificulta as atividades do dia a dia e interfere no trabalho. Simples atitudes como apertar a mão de outra pessoa, escrever, segurar papéis, digitar, e outras atitudes simples podem estar muito afetadas na hiperidrose. Nos casos mais graves, pode haver gotejamento da região afetada e, até mesmo,
macerações e fissuras da pele.
Na região axilar pode ocorrer odor fétido (bromidrose), consequência da decomposição do suor e de bactérias e fungos, assim como nos pés. Andar descalço em piso liso pode tornar-se escorregadio e provocar acidentes.
Qualquer região do corpo pode ser acometida, sendo mais localizada:
- nas palmas das mãos, plantas dos pés, axilas, dobras das mamas e face.
- Uma outra manifestação da hiperatividade simpática é o rubor facial. Essa condição é especialmente desencadeada durante atividades sociais importantes ou contato com outras pessoas, o que pode ser extremamente embaraçoso.
A hiperidrose pode ser essencial, de causa desconhecida, ou secundária a uma doença como:
- hipertiroidismo, distúrbios psiquiátricos, traumatismo raquimedular, menopausa, obesidade e outras.
*Hiperidrose não é uma condição temporária. Muitas pessoas sofrem com a doença por anos consecutivos, normalmente desde a infância, mas a doença pode aparecer somente na adolescência ou na idade adulta. Às vezes, existe uma tendência familiar. Em climas frios ou quentes a sudorese é constante, e pode ser agravada por: ingestão de comidas condimentadas, ansiedade, aumento da temperatura ambiente, febre e exercícios físicos.
O tratamento
O tratamento clínico é a forma clássica de minimizar os efeitos da sudorese excessiva, porém é de resultado questionável nas formas moderadas e graves da enfermidade, às vezes desconfortável e de duração indeterminada.
Diversos métodos, produtos e medicamentos são utilizados, tais como:
- antiperspirantes e adstringentes, talco ou amido de milho natural, banhos com sabonete desodorante, palmilhas absorventes, drogas antidepressivas, ansiolíticos, anticolinérgicos, iontoforese, psicoterapia e injeções de toxina botulínica (Botox).
Recentemente, com a introdução da simpatectomia torácica por videotoracoscopia, ocorreu uma verdadeira revolução no manejo dessa enfermidade. Em pouco tempo tornou-se um método seguro, definitivo, pouco invasivo e de excelente eficácia no controle da doença.
O tratamento cirúrgico da simpatectomia torácica por videotoracoscopia tem-se tornado bastante popular pelos cirurgiões torácicos em todo o mundo e amplamente utilizado nos casos moderados e graves.
Por meio de uma pequena incisão de meio centímetro na auréola mamária, na linha submamária ou na axila, introduz-se uma câmera de vídeo na cavidade torácica por onde o cirurgião vai visualizar a cadeia de nervos simpáticos ao lado da coluna vertebral. Uma segunda incisão de meio centímetro é realizada na axila, por onde se passam os instrumentos a serem utilizados para a secção do tronco ou do gânglio simpático. O procedimento tem duração de cerca de 10 minutos para cada lado, e os benefícios da cirurgia são observados imediatamente após o ato operatório, com resultados considerados bons e excelentes em quase 100% dos casos.
Por meio de uma pequena incisão de meio centímetro na auréola mamária, na linha submamária ou na axila, introduz-se uma câmera de vídeo na cavidade torácica por onde o cirurgião vai visualizar a cadeia de nervos simpáticos ao lado da coluna vertebral. Uma segunda incisão de meio centímetro é realizada na axila, por onde se passam os instrumentos a serem utilizados para a secção do tronco ou do gânglio simpático. O procedimento tem duração de cerca de 10 minutos para cada lado, e os benefícios da cirurgia são observados imediatamente após o ato operatório, com resultados considerados bons e excelentes em quase 100% dos casos.
Como todo procedimento cirúrgico, a simpatectomia torácica não é isenta de riscos, mas, de uma maneira geral, o procedimento é muito seguro e que pode trazer outros benefícios para o paciente. Assim, observa-se cura em quase todos os casos de sudorese palmar, redução de 80% da intensidade do rubor facial na maioria dos casos, cura de 95% dos pacientes com hi
peridrose facial, eliminação da sudorese axilar, leve redução na frequência cardíaca que transmite uma sensação de calma, diminuindo substancialmente as palpitações em situações
estressantes como apresentações em público. Pacientes com enxaqueca associada têm observado uma redução na ocorrência das mesmas.
Apesar do grande percentual de excelentes resultados, recidivas podem ocorrer em um pequeno percentual de doentes.
A hiperidrose compensatória é relatada por cerca de 50% a 85% dos pacientes operados, que notam uma maior produção de suor no tronco e pernas durante estresse excessivo ou exercícios. Porém, na maioria dos pacientes, esses sintomas são muito leves e não causam transtornos. Apenas 5% dos pacientes sentem-se incomodados, mas não desejam reverter para a situação pré-cirúrgica. Sintomas desconfortáveis persistentes raramente são relatados.
Os efeitos negativos mais relatados deste procedimento cirurgico são:
Hiperidrose
compensatória, sudorese relacionada a degustação de alguns alimentos,
síndrome de Claude-Bernard-Horner (muito rara, atualmente), pneumotórax,
sangramento e neuralgia intercostal.
- A sudorese alimentar é uma complicação rara e bem tolerada que ocorre durante a ingestão de alguns alimentos.
- A síndrome de Claude-Bernard-Horner, que consiste em ptose palpebral, miose e enoftalmia, é uma complicação extremamente rara em mãos experientes e ocorre quando há lesão do gânglio cervico-torácico por condução elétrica durante a eletrocoagulação da cadeia simpática, sendo usualmente transitória.
- Pneumotórax acontece pela não evacuação total do ar residual ou quando há lesão da pleura visceral. Isto pode ocorrer durante introdução dos instrumentos na cavidade pleural, porém é uma complicação muito fácil de se resolver, devendo apenas ser observada até a reabsorção espontânea ou, em casos sintomáticos, utilizar um dreno torácico.
- Hemorragias normalmente são originárias de lesões de veias intercostais, no entanto são facilmente corrigíveis. Em casos mais graves a toracotomia pode ser necessária.
- A nevralgia intercostal é uma dor de moderada a forte intensidade, decorrente de lesão térmica do nervo intercostal ou da compressão do mesmo pelo instrumental durante o ato cirúrgico. De fácil controle, normalmente desaparece entre três e cinco semanas.
- Pelo exposto, a simpatectomia torácica é um método extremamente eficaz e definitivo para tratamento da hiperidrose, com um mínimo de efeitos colaterais, desde que realizada por cirurgião torácico experiente.
Outras opções de tratamento para a hiperidrose, como:
1. Antitranspirantes (antiperspirantes)
Os desodorantes antitranspirantes são comercializados em farmácias e supermercados e vêm normalmente em apresentações roll-on, creme ou aerossol. São produtos que contêm sais de metais, normalmente sais de alumínio, que obstruem os poros das glândulas sudoríparas na pele. Esses produtos só funcionam em casos de hiperidrose branda.
Se os antitranspirantes comuns falharem, existem soluções mais potentes, como o cloreto de alumínio hexaidratado em concentrações que variam de 10 a 30%, que podem ser usados nas mãos, pés e axilas. Os resultados costumam aparecer dentro de uma semana, mas é comum o tratamento precisar ser suspenso por irritação da pele.
2. Remédios
Os anticolinérgicos são um grupo de drogas que agem inibindo os neurotransmissores que estimulam a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas. Atualmente, é um tratamento pouco usado devido ao elevado índice de efeitos colaterais e a baixa eficácia. O glicopirrolato (60% de eficácia) e a oxibutinina (50% de taxa de eficácia) são os mais utilizados.
Nos pacientes que apresentam hiperidrose relacionada a estresse emocional, o uso do propranolol ou de ansiolíticos, podem aliviar os sintomas.
3. Iontoforese
A iontoforese é usada para tratar a hiperidrose palmar (mãos) e a hiperidrose plantar (pés). O tratamento consiste no bloqueio temporário das glândulas sudoríparas através de uma leve descarga elétrica emitida dentro de um recipiente de água. Os tratamentos duram por volta de 30 minutos e são geralmente aplicados em dias alternados, apresentando uma taxa de sucesso acima 85%. Os resultados são temporários e o tratamento precisa ser repetido constantemente.
Os efeitos adversos mais comuns são: a irritação e a pele seca. O aparelho pode ser adquirido e, após o devido treinamento, o paciente pode utilizá-lo em casa.
4. Aplicação de Botox
A toxina botulínica, comercializada sob a marca Botox, quando aplicada nas regiões que transpiram em excesso, agem bloqueando os neurônios que estimulam o funcionamento das glândulas sudoríparas, causando uma redução temporária da produção de suor nestes locais.
*O Botox pode ser aplicado nas mãos, pés, axilas e face, apresentando uma elevada taxa de sucesso, com efeitos que duram várias semanas.
As desvantagens das aplicações de Botox são as picadas de agulha e a necessidade de um médico com bastante treino para se evitar as complicações, como a fraqueza muscular.
5. Termólise por micro-ondas
Este tratamento é feito através de um aparelho que emite micro-ondas capazes de destruir as glândulas sudoríparas. O tratamento é feito, habitualmente, com 2 ou 3 sessões de 30 minutos, com intervalos de 3 meses. A taxa de sucesso é de 80 a 90%.
O efeito colateral mais comum da termólise é uma sensação estranha na pele no local da aplicação, que pode durar até cerca de 1 mês. O principal fator negativo da termólise é o seu atual alto custo.
Nunca se auto medicar sempre procurar profissionais especialista como dermatologistas neste caso, para realizar o melhor tratamento para o caso.
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
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