sábado, 23 de setembro de 2017

Farinhas vegetais substitutas do trigo

No caso de doença celíaca, se você come glúten ocorre uma resposta imune no intestino delgado.    Os sintomas da doença celíaca podem variar desde os clássicos, como diarréia, perda de peso e desnutrição, e também pode levar a  sintomas como deficiências nutricionais isoladas mas sem sintomas gastrointestinais.

Com o tempo, esta reação produz inflamação que danifica a parede interna do intestino e impede a absorção de alguns nutrientes (má-absorção).



 Quando o sistema imunológico tem uma reação exagerada ao glúten nos alimentos, a reação imunológica danifica as pequenas saliências (vilosidades) semelhantes a cabelo que revestem o intestino delgado. As vilosidades absorvem vitaminas, minerais e outros nutrientes dos alimentos que comemos. Normalmente, as vilosidades parecem uma escala microscópica.
Os danos causados pela doença celíaca alteram a superfície interna do intestino delgado que se torna como um piso de azulejos liso (como na imagem acima).

Assim, o corpo perde a capacidade de absorver os nutrientes necessários para o crescimento e a boa saúde. A doença celíaca pode afetar qualquer um. No entanto, tende a ser mais comum em pessoas que têm:

  •     Um membro da família com a doença celíaca ou dermatite herpetiforme
  •     Diabetes tipo 1,
  •     Síndrome de Down ou Turner,
  •     Doenças autoimunes da tiróide
  •     Síndrome de Sjögren,
  •     Colite microscópica (colite colagenosa ou linfocítica)

Doença celíaca 


A doença celíaca é mais comum do que imaginamos e não tem uma idade certa para desencadear, pode aparecer em crianças e adultos. Isso acontece devido a incapacidade da digestão do glúten no organismo, proteína encontrada na farinha de trigo, centeio e na cevada. O problema do diagnóstico consiste na semelhança que os sintomas da intolerância ao glúten têm com outras doenças.

Sintomas que podem ser percebidos

Os sintomas nos adultos incluem:
  •     Má digestão,
  •     Dor abdominal,
  •     Inchaço,
  •     Mudanças ocasionais do alvo, você pode ter diarréia ou constipação (prisão de ventre)
  •     Anemia (fadiga),
  •     Perda de apetite,
  •     Perda de peso,
  •     Formigamento e dormência nas mãos e nos pés (neuropatia periférica),
  •     Vômitos (geralmente ocorre em crianças),
  •     Dor nas articulações – artrite,
  •     Problemas do fígado e das vias biliares (Fígado gordo, Colangite esclerosante primária, etc),
  •     Ansiedade e depressão,
  •     Convulsões,
  •     Dor de cabeça,
  •     Ciclo menstrual irregular,
  •     Aftas na boca.

Os sintomas muitas vezes são intermitentes (são atenuadas e, em seguida, começam de novo ), às vezes aparecem independentemente da dieta e dos sintomas digestivos.

Casos leves da doença celíaca podem ser assintomáticos, portanto a intolerância é frequentemente detectada somente durante um exame para outra doença.

Relato de uma Celíaca
As paredes do intestino ficam irritadas e danificadas, o que causa a má absorção de vitaminas e minerais, podendo acarretar outros problemas sérios de saúde como a anemia. Para diferenciar com os demais fatores que podem causar desconforto abdominal, repare se essa dor vem com recorrência e depois de consumir alimentos com glúten como pães, bolos ou massas.

O mal estar intestinal também causa alteração de humor, principalmente depois das refeições.

Irritabilidade, ansiedade ou tristeza são os sentimentos mais comuns que acompanham a doença celíaca. O cansaço e a fadiga também são muito comuns, pois, o corpo fica concentrado em combater a inflamação no intestino.

Outro sintoma que passa muito despercebido é a tontura que vem junto com confusão mental, desorientação ou sensação de cansaço depois da refeição. Se você também sofre de constantes enxaquecas, principalmente depois de 30 a 60 minutos após a refeição, junto com visão embaçada e dores ao redor dos olhos, pode também ser um sinal da rejeição que o seu corpo tem ao glúten.

Coceira e ressecamento da pele, com a aparição de bolhas vermelhas também é um dos sinais. Além disso, pode também ocorrer inchaço e dores musculares, principalmente nas articulações dos dedos, joelhos e quadril.

Para ter certeza se esses sintomas são sinais da doença celíaca, o ideal é fazer exames que confirmem o diagnóstico como exame de sangue, de fezes, de urina ou a biópsia intestinal. Também é importante excluir da rotina alimentar todos os alimentos que contém glúten e observar se os sintomas sumirão ou não.

Meu nome é Paula Rosignoli e sou celíaca há mais de 15 anos. Quando soube que não poderia mais ingerir alimentos com glúten, não existiam opções de produtos no mercado brasileiro. O jeito foi, com bom humor, "encarar a cozinha" e preparar minha própria alimentação.
Inúmeros desafios surgiram: a dificuldade com a "liga", com a fermentação, com a crocância... Ainda bem que sempre adorei cozinhar!
Aos poucos fui superando cada obstáculo e o tempo, a pesquisa, os estudos e a perseverança me levaram ao "sucesso".
Hoje consigo preparar qualquer prato na versão " sem glúten". Como meus bolos e tortas sempre são muito solicitados, percebo a preferência pelo "sem glúten" até das pessoas sem qualquer restrição alimentar: Ganho no sabor, Ganho na saúde!
Após um curso de Chef de Cozinha (CCI), resolvi compartilhar as delícias que faço diariamente com aqueles que, como eu, tem restrições alimentares ou simplesmente querem uma alimentação mais saudável.
Assim nasceu a “Prá Lá de Bom - Delícias sem Glúten", com a missão de aliar boa alimentação ao sabor. Alimentos livres de contaminações, preparados artesanalmente, com ingredientes de primeira linha, orgânicos e integrais. Link do site:http://www.praladebom.com.br/
 


                                                                                                                                                                      
Muitas das receitas de massas e doces contêm doses exacerbadas de farinha de trigo, muito comum na dieta ocidental. Porém, o lado bom é que você pode substituir a farinha de trigo por outros tipos que, além de não conter glúten, são menos calóricas e mais ricas em nutrientes. Mesmo para os que não sejam intolerantes ao glúten, é interessante substituir a farinha de trigo por outras opções para promover uma alimentação mais saudável.


Conheça os tipos de farinhas e outros alimentos disponíveis para você preparar receitas deliciosas sem glúten:



Farinha de arroz: é rica em fibras e vitaminas do complexo B. Além disso, contém ácido fítico que auxilia na prevenção do câncer. Tem quatro vezes menos teor de gordura comparada com a farinha de trigo. Pode ser usada na receita de pães, bolos, massas, tortas salgadas e doces, pizzas e até mesmo para fazer coxinha. Fica tudo uma delícia.

Farinha de trigo sarraceno: também conhecida como mourisco, contém ferro, magnésio e rutina, no qual contribui na prevenção de doenças cardíacas. Além disso, possui quase o dobro de fibras comparada com a farinha de trigo. É útil para receitas de pães e tortas salgadas.

Farinha de amaranto: fonte de aminoácidos essenciais que não são produzidos pelo corpo, é rica em cálcio, proteína e fibras, sendo uma forte aliada para quem deseja emagrecer, devido ao poder de controlar o apetite. Pode ser usado para fazer biscoitos e bolos.

Batata-doce: é rica em betacaroteno, ferro, fibras e cálcio. Ajuda a regular o intestino e a controlar o colesterol. Como tem baixo índice glicêmico, o processo de transformação em glicose no organismo é muito mais lento do que da farinha de trigo. Você pode usar a batata doce para fazer pães, fica muito saboroso.

Farinha de coco: rica em fibras, auxilia na regulação do intestino e diminui os níveis de colesterol e glicose. Também possui propriedades anti-inflamatórias e vermífugas devido a presença de ácidos láurico e cáprico. Pode ser utilizada na preparação de bolos.

Mandioquinha: é fonte de cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, betacaroteno, vitaminas C e do complexo B. Ajuda no fortalecimento de ossos e dentes. É uma boa opção para a preparação de pães.

Farinha de amêndoas: fonte de fibras, cálcio, vitamina E e vitamina B2, ajuda a diminuir o colesterol e os radicais livres responsáveis pela formação do câncer. Também ajuda a fortalecer ossos e dentes e evitar a osteoporose. Pode ser utilizada na preparação de bolos e tortas doces.

Farinha de grão-de-bico: rico em magnésio, ácido fólico e proteínas, possui baixo índice glicêmico e ajuda a combater o mal colesterol. É legal para ser utilizado em receitas de pães e tortas salgadas.


Confira os Mitos e Verdades sobre a doença celíaca


Mesmo com a enorme gama de informações que recebemos frequentemente a respeito da doença celíaca, ainda existem algumas dúvidas mal esclarecidas a respeito do tema. Confira abaixo alguns mitos e verdades sobre a doença:

A intolerância ao glúten é diagnosticada com facilidade – MITO.

A doença celíaca pode se manifestar em qualquer idade, desde os primeiros dias de vida até a terceira idade. Além disso, os sintomas podem ser facilmente confundidos com outros problemas pois os mais comuns são diarreia, perda de gordura pelas fezes e anemia.

A doença celíaca é rara – MITO.

Segundo o Conselho Nacional de Saúde, a doença afeta em torno de dois milhões de pessoas só no Brasil, porém a maioria não foi diagnosticada justamente pelo fato de ser confundida com outras doenças. De cada oito pessoas celíacas, apenas uma sabe do diagnóstico.

É possível tratar a doença sem muitas alterações na dieta – MITO.

A doença celíaca exige muitas mudanças no hábito alimentar, uma vez que o glúten é encontrado em diversos alimentos. É cortado pães, bolos, biscoitos, macarrão, pizza, dentre outros tipos de massas. Além de não ingerir esta lista de alimentos, o portador da doença também sofre o risco de contaminação cruzada, logo deve tomar cuidado para não utilizar utensílios ou alimentos que tiveram contato com algum produto que contém glúten. A melhor solução é preparar as receitas em casa.

Pessoas celíacas devem ter cuidado ao fazer refeições fora de casa – VERDADE.

É necessário todo o cuidado ao se alimentar fora de casa, principalmente com as crianças em determinadas situações, como festas infantis por exemplo. Porém a criança não precisa ser privada de todos os alimentos, há algumas guloseimas que podem ser ingerias como pão de queijo, biscoito de polvilho, sorvetes e picolés free gluten, alguns refrigerantes, sucos naturais, salgadinhos de farinha de arroz, etc. A PRÁ LÁ DE BOM tem um cardápio amplo com doces, salgados e bolos sem glúten e muito saborosos.

A doença celíaca tem cura – MITO.

Infelizmente é uma doença que estará presente para o resto da vida. Porém com a exclusão do glúten na dieta, a pessoa consegue ter uma vida saudável e feliz.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, cerca de 1% da população mundial possui a doença celíaca: intolerância total ao consumo de glúten. Caso o glúten for ingerido por portadores da doença, ele pode causar grandes danos na mucosa do intestino delgado, trazendo sintomas como diarreia, perda de gordura pelas fezes e anemia.

As crianças quando devem fazer o exame para doença celíaca?

Como os adultos, as crianças podem desenvolver intolerância ao glúten em todos os momentos e portanto devem fazer os exames quando sentem os sintomas, mesmo que tais sintomas são sutis ou atípicos.
Além disso, as crianças com parentes celíacos podem fazer análise, mesmo que eles não têm quaisquer sintomas.
É bastante comum encontrar doença celíaca assintomáticas ou silenciosa nós parentes de celíacos.
Estes indivíduos também devem adotar uma dieta livre de glúten para evitar complicações futuras da doença.
O diagnóstico da doença celíaca é realizado com uma série de exames de sangue para doença celíaca à procura de anticorpos específicos.
Se são positivos ou indicam a intolerância ao glúten, o próximo passo é uma endoscopia para ver se o intestino está danificado.
Se a criança recebe um diagnóstico de doença celíaca, o único tratamento é uma dieta livre de glúten.
A boa notícia é que a criança pode haver um crescimento após o diagnóstico e pode resolver todos os problemas de atenção e irritabilidade.
Muitos pais veem que após o diagnóstico, a criança é muito mais feliz, mais enérgica e tem melhores resultados na escola depois de começar a dieta.


Excesso de glúten


Há quem acredite que o glúten só faz mal se ingerido por intolerantes ou celíacos. Porém, deve ser controlado e evitado na dieta de todos, uma vez que causa diversos malefícios à saúde com possíveis danos ao organismo e reações alérgicas.

Presente em muitos alimentos como pães, massas, torradas, bolos, biscoitos e até na cerveja, as pessoas tendem a consumir uma grande quantidade de glúten durante o dia, sem ao menos perceber.

O glúten é uma proteína de difícil ingestão, como não é digerido por completo, acabam restando algumas moléculas no organismo que não são reconhecidas pelo corpo. Dessa forma, são liberados anticorpos, o que desencadeia uma série de desordens. Algumas das complicações possíveis causadas pelo exagero de glúten na alimentação são: prisão de ventre, diarreia, gases, estufamento, alteração da saciedade, entre outros.

Outro problema grave é o aumento de peso pois no processo de digestão são liberadas substâncias inflamatórias que estimulam a formação de gordura. Além de promover a sobrepeso, o consumo do glúten também promove riscos de aumentar a concentração de colesterol no sangue, o que pode acarretar uma série de complicações. Também está associado a gastrite, dores de cabeça, hipotireoidismo, dificuldade para engravidar e ganhar massa magra.

Não é só a saúde física que fica comprometida: 

O glúten está associado também a diminuição da produção de serotonina, conhecida como “hormônio do bem- estar”. Como tem ação tóxica no cérebro, pode agravar quadros de depressão e distúrbios comportamentais como alteração do humor, agressividade, falta de concentração, etc.

 Mas não se preocupe, você não precisa parar de comer o que você gosta para evitar o consumo de glúten. Existe hoje um mercado repleto de produtos para o público celíaco.

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