Acidente vascular encefálico AVE ou ainda AVC, de acidente vascular cerebral é o equivalente do termo genérico inglês stroke, que descreve apenas o comprometimento funcional neurológico.
As causas e, daí, as formas, de AVE são anóxico-isquêmicas (resultado da falência vasogênica para suprir adequadamente o tecido cerebral de oxigênio e substratos) e hemorrágicas (resultado do extravasamento de sangue para dentro ou para o entorno das estruturas do sistema nervoso central).
Os subtipos isquêmicos são:
- lacunares: ateroscleróticos e embólicos,
- hemorrágicos: intraparenquimatosos e subaracnóide
Fatores de risco
AVE é a segunda causa de morte em todo o mundo, excedida apenas por doença cardíaca.
Hipertensão arterial
A hipertensão é o principal fator de risco para AVC, estando associada à doença de pequenas e grandes artérias. O risco imposto pela hipertensão é maior para insuficiência cardíaca e AVC, mas nos países do hemisfério norte-ocidentais, a doença coronariana é mais comum e letal.
No Brasil, a hipertensão arterial é o fator de risco mais importante para doença cerebrovascular, cuja estimativa de prevalência está em torno de>
- 11% a 20% acima dos 20 anos
- e 35% acima dos 50 anos.
- Em torno de 85% dos pacientes com AVE são hipertensos
Diabetes mellitus
O diabetes é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doença cerebrovascular, especialmente infarto cerebral aterotromboembólico. O diabetes constitui risco para AVE por mecanismos aterogênicos diretos e por interagir com outros fatores de risco, como hipertensão e hiperlipidemia.
Fumo
Muitos estudos epidemiológicos têm estabelecido que o fumo é um fator de risco importante para AVE, sendo sinérgico à hipertensão, ao diabetes mellitus, à intolerância à glicose,
à idade, à hipercolesterolemia e à doença cardiovascular preexistente.
*Fumantes de mais que 40 cigarros/dia apresentaram risco relativo 2 vezes maior que fumantes de menos que 10 cigarros/dia.
* Parar de fumar reduz o risco de forma já significativa após 2 anos, atingindo o patamar de não-fumante em 5 anos.
O fumo contribui independentemente para a incidência de AVE com maior risco para hemorragia subaracnóide, seguido por infarto cerebral. O fumantes pesados mostram risco relativo de AVE 2 a 4 vezes maior que não-fumantes
Fibrilação atrial
O fumo contribui independentemente para a incidência de AVE com maior risco para hemorragia subaracnóide, seguido por infarto cerebral. O fumantes pesados mostram risco relativo de AVE 2 a 4 vezes maior que não-fumantes
Fibrilação atrial
A fibrilação atrial (FA) é importante causa de morbidade e mortalidade na população. Sua prevalência dobra a cada década de idade, de 0,5% aos 50 a 59 anos a quase 9% aos 80 a 89 anos,
sendo 1,5 vezes mais incidente em homens. Hipertensão e diabetes foram preditores independentes de FA, mas fumo o foi somente em homens.
A fibrilação atrial aumenta a mortalidade em quase duas vezes em ambos os sexos, mesmo ajustada para condições cardiovasculares e idade. Cardiopatias, especialmente isquêmica recente e hipertensão, são fortemente associadas com maior risco de FA.
História familiar
Embora história familiar de AVE seja geralmente percebida como marcador importante para risco de AVE,existe grande variabilidade de achados e poucos estudos epidemiológicos que avaliaram essa hipótese. História familiar de hemorragia subaracnóide foi identificada como fator de risco
importante para essa hemorragia, mas não para hematoma intracraniano e infarto cerebral.
Fatores genéticos apresentam papel importante na patogênese da hemorragia subaracnóide, sendo a história familiar o fator de risco independente mais forte.
Anticoncepcionais orais
Anticoncepcionais orais
Os anticoncepcionais orais (ACOs) são fatores de risco independentes para AVE isquêmico e hemorrágico, nas mulheres que fumam, que têm mais de 35 anos de idade ou que tenham história de hipertensão, mas esse risco diminui nas que usam formulações de doses mais baixas
(<50 μg estrógeno) . Mulheres que usam ACO de baixa dose não mostram aumento do risco de AVE.
Migrânea
A migrânea (enxaqueca) é um fator de risco para AVE isquêmico. A migrânea clássica (com aura) pode apresentar mais risco que a migrânea simples (sem aura). Parece ser um fator de risco de base para AVE, que também age como precipitante agudo, porque alguns pacientes têm
AVE durante uma crise de migrânea .
Com base em estudos, os autores sugerem que mulheres com migrânea devem ser fortemente aconselhadas a não fumar e a manter a pressão arterial controlada.
Hipercolesterolemia
A razão mais convincente para a associação mais fraca é que a doença coronariana é atribuída a ateroma e menos da metade dos AVE é devido a ateroma de grandes artérias. As mortes por doença coronariana ocorrem em geral mais cedo que AVE, assim menos indivíduos com lipoproteínas elevadas e ateroma de grandes vasos, como da artéria carótida, chegam à idade de desenvolver AVE.
Sedentarismo
Hipercolesterolemia
A razão mais convincente para a associação mais fraca é que a doença coronariana é atribuída a ateroma e menos da metade dos AVE é devido a ateroma de grandes artérias. As mortes por doença coronariana ocorrem em geral mais cedo que AVE, assim menos indivíduos com lipoproteínas elevadas e ateroma de grandes vasos, como da artéria carótida, chegam à idade de desenvolver AVE.
Sedentarismo
A hipótese de que o sedentarismo está associado ao risco aumentado de AVE em homens e mulheres foi avaliada em diferentes estudos.
Estudo mostra que fatores psicológicos (depressão e o estresse excessivo) também são importantes para AVC. Para fazer a pesquisa, mais de 6.700 adultos com idades entre 45 e 84 anos responderam a questionários sobre seu estado mental e seu comportamento.
Essas pesquisas avaliaram estresse crônico, depressão, raiva e hostilidade nesses indivíduos durante dois anos. Os voluntários, que incluiam caucasianos, afro-americanos, hispânicos e asiáticos, não reportaram doenças cardíacas no início do estudo.
Eles foram acompanhados por um tempo que variou entre 8 e 11 anos, período no qual 147 tiveram AVC e 48 tiveram ataques isquêmicos transitórios (AITs), um bloqueio temporário do fluxo sanguíneo no cérebro.
Os cientistas descobriram que os indivíduos com os maiores níveis de hostilidade - medidos pela avaliação das expectativas cínicas de uma pessoa a respeito das motivações dos demais - foram mais de duas vezes mais propensos a sofrer AVC ou AIT, em comparação com aqueles indivíduos com menos hostilidade.
De forma similar, taxas elevadas de sintomas depressivos representam um risco 86% de sofrer AVC ou AIT. Nos cronicamente estressados, esse risco foi 59% maior.
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