Atualmente existem 20 vezes mais glúten no trigo do que há 40 anos.
Os celíacos representam cerca de 1% dos brasileiros, os outros 99% são como eu, têm algum grau de intolerância à esta proteína encontrada, entre outros grãos, no trigo, na cevada (presente na cerveja), no centeio e aveia, que é contaminada por ele, portanto deve ser banida pelos celíacos.
Entre as décadas de 60 e 70 as plantações de trigo nos Estados Unidos e no México tiveram uma grande perda. Foi feita então uma mutação genética para aumentar o rendimento da plantação por hectare e para que ela ficasse mais resistente às pragas.
- Criou-se uma espécie chamada de “trigo anão”, que passou a ter 14 tipos de glúten, que não existiam no original, e serviu de base para a expansão da indústria de produtos alimentícios.
- Na época não foram desenvolvidas pesquisas para saber se esta novidade seria bem recebida pelo organismo humano.
De acordo com a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atualmente existem 20 vezes mais glúten no trigo do que há 40 anos. O consumo dele entre os brasileiros também aumentou muito nas últimas quatro décadas e passou de 30 para mais de 60 quilos por ano.
- Este excesso justifica a nossa dificuldade de digeri-lo, que hoje é muito maior do que no passado.
- Além disso, a maioria do trigo que se consome por aqui é refinado, este refinamento retira boa parte de suas fibras e vitaminas e faz com que ele tenha 65% de amido, que tem um índice glicêmico maior do que o açúcar. O excesso de amido na alimentação pode gerar problemas relacionados à insulina, como a diabetes e a obesidade.
- O consumo excessivo do glúten e de aditivos químicos aliado ao baixo consumo de frutas, verduras e legumes pode nos causar problemas de saúde com efeitos físicos, mentais ou emocionais.
- 80% dos brasileiros não consome as porções diárias recomendadas pela OMS, a Organização Mundial da Saúde, de frutas, verduras e legumes. 35% da população já possui algum tipo de sensibilidade comprovada ao glúten e outros muitos parecem estar notando que diminuir o seu consumo traz benefícios à saúde.
O maior acesso à informação e aos produtos tem garantido uma qualidade de vida melhor àqueles que têm coragem para encarar uma mudança necessária nos hábitos alimentares.
O Dr. Victor Sorrentino, fala sobre a sensibilidade ao glúten como um problema bastante comum nos nossos dias. Existem três tipos de reações negativas que o consumo de glúten pode desencadear no organismo humano:
- a sensibilidade, a intolerância e a alergia
O trigo como consumimos hoje não é o mesmo de algumas décadas atrás. Sobre esse assunto, você pode conferir em meu artigo: O pão que Jesus comia não é o mesmo que você come. Nele, você vai entender que o glúten é uma substância relativamente nova ao organismo humano e, por isso, nem todos contam com boa adaptação.
Vamos aos sinais de sensibilidade ao glúten.
1) Ganho de peso inesperado
Este é um sinal de que o seu organismo não absorve os nutrientes como deveria. O ganho de peso pode ser um sinal de que existe uma permeabilidade intestinal ou uma inflamação sistêmica causada pelo glúten. Essas duas situações podem levar ao ganho de peso em pouco tempo e sem um motivo aparente.
2) Dores de cabeça e enxaqueca
Pesquisas mostram que até 56% das pessoas que apresentam sensibilidade ao glúten sofrem com dores de cabeça. Podem variar na intensidade, indo de fracas a insuportáveis, entre leves e extremamente dolorosas, em diferentes momentos do dia e situações.
3) Problemas de pele
Manchas, bolinhas ou pequenas irritações que muitas vezes as pessoas não dão muita atenção podem ser um sintoma da sensibilidade ao glúten. Esses sinais podem ser acompanhados de vermelhidão, coceira e até causar feridas. Dermatite, acne, eczema e psoríase também são considerados alguns sinais.
4) Fadiga e exaustão
Um dos sinais mais relatados pelos pacientes e que pode ser explicado com facilidade. A sensibilidade ao glúten gera uma inflamação que obriga o organismo a reorganizar as suas reservas de energia. Em meio a essa mudança, a pessoa pode sentir um cansaço acima do normal.
5) Imunidade baixa
As mudanças metabólicas também atingem os anticorpos. Em vez de cumprirem as suas funções normais de proteger o organismo de doenças, os anticorpos também ficam sensíveis ao glúten e, por isso, deixam de agir. Ao ficarem neutros, o organismo acaba propenso a contrair doenças.
6) Confusão mental
Esse sinal ainda não foi explicado pela ciência. No entanto, há muitos relatos de pacientes com sensibilidade ao glúten sobre a falta de clareza e organização mental. Esses fatores diminuem o desempenho cognitivo, causando a sensação de confusão mental.
Estes são alguns dos sinais que uma pessoa pode ter sensibilidade ao glúten. Se você apresenta alguns desses sintomas ao mesmo tempo, vale a pena procurar um médico e se submeter a exames responsáveis por diagnosticar o problema. Mesmo que você não tenha nenhum tipo de alergia, intolerância ou sensibilidade, eu recomendo que consuma o glúten com moderação.
Fontes: https://drvictorsorrentino.com.br/dr-victor-sorrentinos/
https://emais.estadao.com.br/blogs/comida-de-verdade/
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