segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Diabetes e Hipertensão são fatores de risco para a saúde dos rins

Os rins chegam a filtrar até 180 litros de sangue por dia. Excesso de sal e carne vermelha prejudica o funcionamento deles.

Cada rim tem a forma de um grande grão de feijão e as seguintes dimensões em um adulto:
Altura: 10 a 13 cm
Largura: 5 a 7 cm
Profundidade: 2,5 a 3 cm
Peso: 120 a 180 g
Função dos rins
 Os rins são responsáveis por quatro funções no organismo:



  • - eliminação de toxinas do sangue por um sistema de filtração;
  • - regulação da formação do sangue e da produção dos glóbulos vermelhos;
  • - regulação da pressão sanguínea;
  • - controle do delicado balanço químico e de líquidos do corpo.



Além de filtrar o sangue, os rins são importantes para manter o equilíbrio de líquidos e sais do organismo – é o mecanismo de controle mais elaborado que o corpo tem. les controlam a pressão arterial, eliminam o excesso de substâncias químicas, como o sódio, produzem um hormônio que interfere na produção de células de sangue e ativam a vitamina D, essencial para a absorção de minerais no intestino.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 10 milhões de pessoas no país tem alguma disfunção renal, mas poucas sabem. Os sintomas de problemas no rim não são de fácil identificação. Um deles é a retenção exagerada de líquido, que leva a inchaço e aumento da pressão arterial. Acordar várias vezes durante a noite para urinar também pode ser sinal de que algo está errado.

A Hipertensão e, principalmente, a Diabetes, estão normalmente associadas com as disfunções renais. Cerca de 100 mil brasileiros precisam fazer diálise – tratamento no qual alguma máquina ou líquido de fora do corpo é usado para filtrar o sangue – e, desses, 60% têm diabetes. 
A hipertensão machuca os rins porque o sangue passa com mais dificuldade pelos vasos. Já os diabéticos costumam perder proteína pela urina, o que também acarreta em lesões. Ambas sobrecarregam muito as células renais.

Dez sinais de doença nos rins e vias urinárias
  • - Pressão Alta
  • - Diabetes
  • - Dificuldade de urinar
  • - Queimação ou dor quando urina
  • - Urinar muitas vezes, principalmente à noite
  • - Urina com aspecto sanguinolento
  • - Urina com muita espuma
  • - Inchaço ao redor dos olhos e nas pernas
  • - Dor lombar, que não piora com movimentos
  • - História de pedras nos rins 
 Quando os rins não funcionam direito, certas toxinas, como a Ureia e a Creatinina, se acumulam no organismo. É por isso que essas substâncias são usadas pelos médicos para avaliar a gravidade da doença. Segundo eles, se determinada pessoa pertence aos principais grupos de risco para doenças renais, como hipertensos, diabéticos ou maiores de 50 anos, deve pedir ao seu médico para avaliar o estado de seus rins, por meio de exames de urina, que avaliam a quantidade de ureia, e de sangue, a dosagem de creatinina.

O rim e suas doenças


O número de pessoas que sofrem de doenças renais é muito grande. Algumas sofrem de doenças que não são graves. Outras apresentam doenças como a diabetes e pressão alta que, se não tratadas de maneira correta, podem levar à falência total do funcionamento renal. E, finalmente, existem pessoas que quando sentem alguma coisa, já têm os rins totalmente paralisados.

 Quando os rins já não funcionam corretamente, há a necessidade de se fazer diálise. Na maioria das vezes o tratamento deve ser feito para o resto da vida, se não houver possibilidade de ser submetido a um transplante renal.

 A cada ano, cerca 21 mil brasileiros precisam iniciar tratamento por hemodiálise ou diálise peritoneal. Raros são aqueles que conseguem ter pelo menos uma parte do funcionamento dos rins recuperada, o bastante para deixarem de necessitar de diálise, e poucos têm a sorte de receber um transplante renal. A cada ano somente 2.700 brasileiros são submetidos a um transplante renal!

Conhecer as características e o funcionamento dos rins é muito importante para se ter uma ideia do que são as doenças renais, como detectá-las, como evitá-las e como tratá-las.

Dr. João Egidio Romão Junior
Professor Livre-Docente de Nefrologia da Faculdade de Medicina - USP


Prevenção


Algumas medidas simples podem prevenir o aparecimento de doenças renais:


  • - controlar a alimentação: evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras;
  • - evitar excesso de peso;
  • - fazer exercícios regularmente;
  • - não fumar;
  • - controlar a pressão arterial e o diabetes;

Pedra nos rins (Cálculo renal). 



Cálculos renais, ou pedras nos rins, são formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. Sua presença pode passar despercebida, sem sintomas, mas pode também provocar dor muito forte que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção da região inguinal. É uma dor que se manifesta em cólicas, isto é, com um pico de dor intensa seguido de certo alívio. Em geral, essas crises podem ser acompanhadas por náuseas e vômitos e requerem atendimento médico-hospitalar.

Causas de cálculo renais

* Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais;

* Grande quantidade de cálcio, fosfatos, oxalatos, cistina, ou falta de citrato;

* Distúrbios metabólicos do ácido úrico ou da glândula paratireóide;

* Alterações anatômicas;

* Obstrução das vias urinárias.

Diagnóstico

Além das evidências clínicas (dor intensa e sinais de sangue na urina), cálculos renais podem ser diagnosticados por raios X de abdômen, ultrassom ou pela urografia excretora, um exame mais específico das vias urinárias.

Sintomas de cálculo renal

* Sangue na urina;

* Suspensão ou diminuição do fluxo urinário;

* Necessidade mais frequente de urinar;

* Infecções urinárias.

Tratamento

Ao contrário do que se recomendava no passado, durante as crises deve ser evitada a ingestão exagerada de líquidos. Líquido em excesso pode aumentar a pressão da urina no rim e, consequentemente, aumentar as dores. Os tratamentos podem ser de vários tipos:

* Medicamentos podem ser indicados apenas pelo médico levando em conta a causa da formação dos cálculos. Durante as crises, é indicado o uso de analgésicos e anti-inflamatórios potentes para aliviar a dor, que é extremamente forte, quase insuportável.

* Litotripsia, ou seja, bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à fragmentação do cálculo o que torna sua eliminação pela urina mais fácil.

* Cirurgia percutânea ou endoscópica: por meio do endoscópio e através de pequenos orifícios, o cálculo pode ser retirado dos rins após sua fragmentação.

* Ureteroscopia: por via endoscópica, permite retirar os cálculos localizados no ureter.

Recomendações


* Beba muita água regularmente. De dois a três litros por dia. Essa é a medida mais importante para prevenir cálculos renais;

* Utilize um filtro de papel quando houver a possibilidade de estar eliminando um cálculo. A análise de sua composição pode orientar o médico na escolha do tratamento mais adequado;

* O uso de medicamentos contra dor deve ser prescrito pelo médico. Alguns deles são desaconselháveis para pessoas com problemas estomacais ou para gestantes;

* Controle a ingestão de alimentos ricos em proteínas e cálcio, se os cálculos forem formados por excesso de ácido úrico ou cálcio;

* Não se automedique nem faça o próprio diagnóstico. Procure atendimento médico, especialmente se tiver dores intensas
nas costas ou no abdômen e sinais de sangue na urina.

 Descubra se você está sob risco para doenças renais.
  •     Diabetes
  •     Hipertensão arterial
  •     Obesidade
  •     História familiar de diabetes, hipertensão e doença renal crônica

Se você faz parte de qualquer um desses grupos de risco, converse com seu médico a respeito e peça para fazer testes para uma avaliação geral e inicial de seus rins, através de exames simples em pequenas quantidades de urina (análise de urina) e sangue (dosagem de creatinina).


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