quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Menina come mais gordura que um homem para conter crise de epilepsia

Menina Inglesa de 2 anos ingere 8% a mais de nata, maionese, manteiga e azeite. Para compensar, Ceili Irwin substitui carboidratos por frutas e vegetais

Uma menina inglesa de 2 anos mantém uma dieta com alto teor de gordura para controlar uma doença rara, chamada síndrome de Dravet ou epilepsia mioclônica, que a faz ter convulsões cerebrais.

Entre porções de nata, maionese, manteiga e azeite, Ceili Irwin come 103 g de gordura por dia, quantidade 8% superior à recomendada para um adulto médio, que é de 95 g.

 Apesar da enorme ingestão de alimentos, a criança tem tamanho e peso considerados normais para sua idade. Para compensar, a mãe substituiu os carboidratos como arroz, batata e massas por frutas e vegetais. Certa vez, quando Ceili comeu um pouco de massa, teve convulsão.

Além das três refeições diárias, a menina toma um shake à noite. A família, que vive no condado de Buckinghamshire, sudeste da Inglaterra, se adaptou à condição de Ceili, e a mãe agora prepara pratos especiais para a filha.


A epilepsia mioclônica juvenil é uma síndrome epiléptica comum, cuja etiologia é fundamentada na genética. Inicia-se entre 6 e 22 anos e os indivíduos apresentam mioclonias, que podem ser acompanhadas por crises tônico-clônicas generalizadas - associação mais comum - e crises de ausência. A doença não é progressiva, e não há alterações detectáveis no exame físico ou déficits intelectuais. Distúrbios psiquiátricos podem coexistir.  Não há anormalidades em exames de imagem convencionais. Apresentações atípicas devem ser consideradas, pois predispõem a erros de diagnóstico. A prevenção de fatores desencadeantes e o uso de ácido valpróico (VPA) controlam as crises epilépticas na grande maioria dos casos. Quando o uso de  VPA é inapropriado, outras drogas como a lamotrigina podem ser utilizadas. O tratamento não deve ser interrompido, visto que as recidivas são frequentes.

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