assim como os cabelos. Mas cosméticos são sonhos de consumo. Busca-se o bem-estar às
crianças, por extensão aos pais e, certamente, aos jovens, mesmo sabendo que não existe
cosmético ”risco zero”.
Cosméticos Infantis
O Brasil é um dos maiores mercados mundiais de cosméticos infantis
A utilização de produtos de higiene pessoal, como xampus, condicionadores e sabonetes infantis, e de produtos de beleza já se incorporou ao dia a dia de meninos e meninas. Esse crescente interesse vem chamando a atenção de pais, médicos e autoridades sanitárias quanto à segurança desses produtos.
Para ter certeza da qualidade do produto, a primeira providência é procurar o número de registro na embalagem. No Brasil, a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, autarquia vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável pelo registro de produtos cosméticos, incluindo os infantis
As crianças devem utilizar apenas produtos infantis, pois são elaborados de forma a manter as características da pele da criança. Alguns produtos são dermatologicamente testados ou hipoalergênicos; isto significa que foram testados sob o controle de médicos dermatologistas, o que reduz o risco de surgimento de alergia.
As crianças devem utilizar apenas produtos infantis, pois são elaborados de forma a manter as características da pele da criança. Alguns produtos são dermatologicamente testados ou hipoalergênicos; isto significa que foram testados sob o controle de médicos dermatologistas, o que reduz o risco de surgimento de alergia.
Pele Infantil
A pele infantil caracteriza-se pela sensibilidade, por ser fina, imatura e frágil. Estes termos
pretendem evocar os riscos inerentes à aplicação tópica de medicamentos e cosméticos e a sua capacidade de defesa face ás agressões externas. Sendo assim, é necessário ter em atenção os aspectos particulares da pele da criança para prevenir e evitar os riscos ligados ao tratamento
tópico neste grupo etário.
Devido às características próprias da pele infantil, o produto cosmético desenvolvido para este fim requer cuidado extra em sua formulação. São considerados Grau 2 e precisam de comprovação de todo os processos produtivos.
pretendem evocar os riscos inerentes à aplicação tópica de medicamentos e cosméticos e a sua capacidade de defesa face ás agressões externas. Sendo assim, é necessário ter em atenção os aspectos particulares da pele da criança para prevenir e evitar os riscos ligados ao tratamento
tópico neste grupo etário.
Devido às características próprias da pele infantil, o produto cosmético desenvolvido para este fim requer cuidado extra em sua formulação. São considerados Grau 2 e precisam de comprovação de todo os processos produtivos.
Deve-se admitir que produtos formulados para a linha infantil tenha o mesmo cuidado que os
produtos desenvolvidos para pele sensível. Pele sensível é considerada como o tecido cutâneo que apresente diversos tipos de reações, tais como irritações e alergias por contato, urticária e comedogênese.
Uma das condições para o desenvolvimento deste tipo de cosmético é a exclusão dos ingredientes que possam ter um potencial de agressão. Alguns critérios utilizados pensam na alta qualidade das matérias-primas em termos de pureza, estabilidade e através da exata comprovação do que os certificados de análise afirmam.
A indústria cosmética trabalha com cerca de 13.000 substâncias químicas, mais de 30.000
diferentes denominações comerciais usadas na produção de preparações cosméticas, em quantidades superiores a 1 tonelada/ano e, estas substâncias deverão ser submetidas a testes
para avaliação de toxicidade, fato que aumenta a preocupação dos órgãos regulatórios.
Classificação dos Produtos cosméticos infantis
- Cosméticos de limpeza: sabões, xampus, sabonetes líquidos, lenços umedecidos.
- Cosméticos de proteção: cremes dia, noite, protetores solares, óleos de banho.
- Cosméticos de beleza: perfume, batom e esmalte
- Cosméticos de correção: desodorantes
Ingredientes de formulações cosméticas para uso infantil
- Ingredientes muito oleosos, tais como ésteres de álcool isopropílico, miristrato de isopropila e as lanolinas podem ser comedogênicos também em produtos infantis.
- Quelantes e sequestrantes devem ser adicionados, quando assim se justifica, evitando a precipitação de metais pesados completando o sistema preservante.
- Os tensoativos não-iônicos podem ser uma boa escolha e a sua menor capacidade de limpeza é compatível com o baixo grau de sujidade da pele e cabelos infantis. Os tensoativos não-iônicos sugeridos são lauril éter sulfosuccinato de sódio, lauril éter carboxilato de sódio e o sarcosinato de sódio. O anfótero sugerido é a cocamidopropil betaína e os tensoativos não-iônicos, o óxido de cocoamido propilamina.
- O pH deve estar próximo da neutralidade, entre 6,0 e 7,0. Em casos de xampus, a preocupação é o contato acidental com a mucosa ocular que pode causar ardor e desconforto às crianças.
- Atenção especial deve ser dada aos corantes, às substâncias naturais, como os extratos vegetais que, apesar de naturais, são potenciais alérgenos, potencializadores de permeação cutânea; atenção ao etanol, isoprapanol, antissépticos e atenção especial às concentrações de conservantes.
Uma boa solução seria fabricar os produtos em extremas condições de assepsia, de modo a
reduzir a concentração do conservante necessário à proteção da fórmula, diminuir os volumes, educar o consumidor quanto à conservação do produto e ter embalagens que realmente possam contribuir com a conservação do produto.
reduzir a concentração do conservante necessário à proteção da fórmula, diminuir os volumes, educar o consumidor quanto à conservação do produto e ter embalagens que realmente possam contribuir com a conservação do produto.
Se a irritação da pele é dependente da dose e, esta sim, pode ser controlada, os estudos sugerem a redução da concentração ou restringir a frequência de aplicação do produto. A
sensibilidade da pele não fica restrita somente à área aplicada e o uso de perfumes deve ser
evitado, não só pelos riscos de intolerância, mas porque as fragrâncias podem mascarar
reações de deterioração do produto, o que pode complicar ainda mais a questão.
sensibilidade da pele não fica restrita somente à área aplicada e o uso de perfumes deve ser
evitado, não só pelos riscos de intolerância, mas porque as fragrâncias podem mascarar
reações de deterioração do produto, o que pode complicar ainda mais a questão.
Maquiagens Infantis
Um requisito essencial para a maquiagem infantil é ter baixo poder de fixação e ser facilmente removida da pele com água. Cada tonalidade de blushes e rouges deve ser testada antes de
ser comercializada, para se avaliar o potencial de irritação, sensibilização e toxicidade oral. Além disso, a Anvisa permite que as maquiagens contenham substâncias que possuam gosto ruim
(amargo) para evitar que a criança leve o produto à boca.
Atenção: maquiagens para boneca e outras comercializadas como brinquedos não podem ser utilizadas em crianças, pois não são formuladas com ingredientes próprios para a pele infantil e nem propiciam a segurança necessária.
Sabonetes Xampus e Condicionadores Infantis
Cabelo de criança também merece cuidado especial. Para isso, lave-o com um xampu infantil a fim de limpá-lo e tirar-lhe os resíduos. Caso seja necessário o uso de condicionador, o produto deve
ser aplicado por um adulto para que não corra o risco de excessos de creme nos cabelos.
Crianças devem usar sabonetes infantis, mais apropriados à sua pele delicada. Em caso de contato com os olhos, os produtos devem ser imediatamente retirados, enxaguando-se o rosto
e os cabelos das crianças. Em crianças alérgicas, os cuidados no uso desses produtos devem ser redobrados.
e os cabelos das crianças. Em crianças alérgicas, os cuidados no uso desses produtos devem ser redobrados.
Protetores Solares
É importante o uso do protetor solar diariamente nas crianças para se evitar queimaduras solares. Mas atenção, antes de aplicar o protetor em crianças com menos de seis meses de idade,
um médico deve ser consultado e os banhos de sol devem ser restritos ao tempo e aos horários indicados pelo pediatra.
O fator de proteção solar (FPS) do produto a ser utilizado nas crianças deve ser no mínimo 15, de acordo com o fototipo de pele ou conforme recomendação médica. Quanto maior o valor de FPS do produto, maior a proteção proporcionada.
O protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas. Em praia ou piscina, mesmo que o produto seja resistente à água, os pais devem reaplicá-lo na criança após sua entrada na água ou depois de muita transpiração. Mesmo com esses cuidados, a exposição solar deve ser evitada no período das 10h às 16h.
Esmaltes Infantis
Esmaltes permitidos para crianças são aqueles à base de água e que saem sem necessidade do uso de acetona ou removedor. Por não possuírem solvente, o cheiro dos esmaltes infantis é bem diferente do presente nos esmaltes para adultos. Os esmaltes também podem possuir substâncias de gosto amargo, para evitar a ingestão acidental por parte das crianças, e cada tonalidade deve ser testada a fim de avaliar o seu potencial de irritação, sensibilização e toxicidade oral. O rótulo deve
possuir orientações e advertências de uso.
Batons e brilhos labiais
Os batons e brilhos labiais devem colorir os lábios temporariamente. Como nos demais produtos infantis, a fórmula deve ser composta por ingredientes seguros. Antes de comercializar esses produtos, a empresa deve comprovar a segurança de cada tonalidade junto à Anvisa.
O rótulo deve possuir indicações de segurança específicas incluindo a indicação da faixa etária de uso do produto. Em crianças pequenas, um adulto deve aplicar e supervisionar o uso do produto.
Fixadores de cabelos
Os fixadores de cabelo infantis podem ser coloridos, perfumados, ter fotoprotetor e efeito luminoso. No ato do registro, devem ser apresentados testes que comprovem a sua segurança. São indicados para crianças a partir de três anos de idade e devem ser aplicados exclusivamente por um adulto.
Embalagens
As embalagens de cosméticos infantis devem apresentar sistemas e válvulas de dosagem que
permitam a liberação de pequenas quantidades do produto e não devem ter pontas cortantes ou perigosas. Além disso, elas devem ser isentas de substâncias tóxicas e não podem ser apresentadas na forma de aerosol.
Atenção: Os pais devem supervisionar o uso de produtos cosméticos pelas crianças. Caso surjam coceiras, irritações ou alergias, suspenda o uso do produto e procure orientação médica.
Conclusão
Diversos ingredientes de uso cosmético podem apresentar em determinados tipos de pessoas
um maior ou menor grau de irritação na pele. Sabendo que o mercado de cosméticos infantis e dos produtos para a pele da criança tem evoluído dia a dia, o apelo ao consumo chega a ser
exagerado principalmente nos meios de comunicação televisivos e da imprensa escrita, induzindo ao consumo como forma de bem estar que os pais tentam passar aos seus filhos.
Conhecer seu público alvo, assim como as matérias-primas potencialmente causadoras de reações adversas é fundamental para diminuir os riscos que os produtos cosméticos podem
causar. No entanto, espera-se que todas essas considerações sejam estudas e consideradas antes do lançamento do produto no mercado.
causar. No entanto, espera-se que todas essas considerações sejam estudas e consideradas antes do lançamento do produto no mercado.
Video: Anvisa estabelece novas regras para registro de cosméticos infantis
https://www.youtube.com/watch?v=N6GjLN4ZIgg
Fonte: http://www.ativosdermatologicos.com.br/upload/img/13_1207_toxicidade.pdf
Att: Nutricionista Giselle Barrinuevo
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