quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Alimentos que podem causar alergia

Alergia  Alimentar  é  o  termo  utilizado  para  descrever  reações  adversas  a  alimentos,  dependentes  de  mecanismos imunológicos. As alergias a leite de vaca, ovo, trigo  e  soja  normalmente  desaparecem  ainda  na infância,  enquanto  que  alergias  a  frutos  do  mar,  amendoim  e  oleaginosas  tendem  a  permanecer na idade adulta.



Alérgenos são substâncias dos alimentos, plantas ou de animais que provocam uma reação exagerada do sistema imunológico e causam a inflamação. A alergia alimentar é um problema nutricional que tem aumentado durante a última década, devido à maior exposição da população a um número maior
de alérgenos alimentares disponíveis.


Qualquer  alimento  pode  desencadear  reação  alérgica,  variando  de  acordo  com  a  idade  de  exposição  e  com os costumes regionais, entre outros fatores. Alguns são aceitos como os principais alimentos relacionados  à alergia alimentar, devendo, inclusive,  ser  mencionados  nos  rótulos  dos 
alimentos nos quais estão incluídos. Dentre eles destaca-se os principais alergênicos: 
  • cereais que contém glúten, crustáceos, ovos, peixes, cítricos,  amendoim, grão de soja, leite, nozes, aipo,  mostarda,  sementes  de  gergelim, dióxido de enxofre e sulfitos. 
  Em crianças, os principais alérgenos responsáveis pela alergia alimentar  são:  
  • leite  de  vaca,  ovo,  soja,  trigo,  amendoim,  peixes e frutos do mar.

-A  alergia  alimentar  é  mais  comum  em  crianças e  estima-se  uma  prevalência  de  até  6-8%.
-Já  em adultos,  a  prevalência  observada  é  de  3-4%,  porém,  estes  valores  vêm  aumentando. 

*A alergia à proteína do leite de vaca, denominada de  APLV,  é  a  mais  prevalente  em  crianças



A evolução da alergia alimentar depende do tipo de  alimento  envolvido,  das  características  do  pa-
ciente  e  do  mecanismo  imunológico  envolvido.  Assim,  embora,  muitas  crianças  desenvolvam  tolerância  ao  alimento  desencadeante  após  o  primeiro  ano  de  vida,  outras  podem  levar  de  oito  a  dez anos para ingeri-lo sem apresentar sintomas.

O mecanismo fisiopatológico pelo qual se desenvolve a alergia alimentar envolve, além dos alérgenos:
  •  a permeabilidade da barreira do trato gastrointestinal e a predisposição genética.
  •  A imaturidade fisiológica do aparelho digestório e o sistema imunológico  pouco  desenvolvido  nos  dois  primeiros anos  de  vida  são  fatores  importantes  para  que  o desenvolvimento da alergia alimentar na infância se estabeleça.

A alergia alimentar pode ser classificada, conforme o  mecanismo  imunológico  envolvido,  em  três  categorias:  
  • mediada  pela  IgE,  não  mediada  por  IgE e mista

Um  diagnóstico  preciso  de  alergia  alimentar  é necessário  para  proteger  as  crianças  de  dietas 
inadequadas ou desnecessárias.  Outras  investigações  são  também requeridas, como:

  •  exames físicos, testes cutâneos, determinação  de  IgE  sérica  específica  e  testes  de provocação oral aberto e fechado. 



Estes testes são considerados os únicos fidedignos para se estabelecer  o  diagnóstico  de  alergia  alimentar,  e  devem ser realizados uma vez que a primeira linha de tratamento  para  a  APLV  se  baseia  na  exclusão  total do leite de vaca da dieta e, em lactentes, sua eliminação  sem  a  adequada  substituição,  pode  levar  a prejuízos no crescimento e desenvolvimento.


A exclusão completa do alimento causador da reação nem sempre é fácil, especialmente se o alimento  é  encontrado  em  vários  produtos  e,  portanto, difícil de ser evitado, como o que ocorre com o leite de vaca e seus derivados. Os rótulos dos alimentos devem  ser  cuidadosamente  analisados,  pois  até mesmo pequenas quantidades do alérgeno envolvido  podem  estar  presentes  em alimentos  supostamente tolerados, e que seriam suficientes para o desencadeamento de uma reação alérgica.




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