Alergia Alimentar é o termo utilizado para descrever reações adversas a alimentos, dependentes de mecanismos imunológicos. As alergias a leite de vaca, ovo, trigo e soja normalmente desaparecem ainda na infância, enquanto que alergias a frutos do mar, amendoim e oleaginosas tendem a permanecer na idade adulta.
Alérgenos são substâncias dos alimentos, plantas ou de animais que provocam uma reação exagerada do sistema imunológico e causam a inflamação. A alergia alimentar é um problema nutricional que tem aumentado durante a última década, devido à maior exposição da população a um número maior
de alérgenos alimentares disponíveis.
de alérgenos alimentares disponíveis.
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica, variando de acordo com a idade de exposição e com os costumes regionais, entre outros fatores. Alguns são aceitos como os principais alimentos relacionados à alergia alimentar, devendo, inclusive, ser mencionados nos rótulos dos
alimentos nos quais estão incluídos. Dentre eles destaca-se os principais alergênicos:
- cereais que contém glúten, crustáceos, ovos, peixes, cítricos, amendoim, grão de soja, leite, nozes, aipo, mostarda, sementes de gergelim, dióxido de enxofre e sulfitos.
Em crianças, os principais alérgenos responsáveis pela alergia alimentar são:
- leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, peixes e frutos do mar.
-A alergia alimentar é mais comum em crianças e estima-se uma prevalência de até 6-8%.
-Já em adultos, a prevalência observada é de 3-4%, porém, estes valores vêm aumentando.
*A alergia à proteína do leite de vaca, denominada de APLV, é a mais prevalente em crianças
A evolução da alergia alimentar depende do tipo de alimento envolvido, das características do pa-
ciente e do mecanismo imunológico envolvido. Assim, embora, muitas crianças desenvolvam tolerância ao alimento desencadeante após o primeiro ano de vida, outras podem levar de oito a dez anos para ingeri-lo sem apresentar sintomas.
O mecanismo fisiopatológico pelo qual se desenvolve a alergia alimentar envolve, além dos alérgenos:
- a permeabilidade da barreira do trato gastrointestinal e a predisposição genética.
- A imaturidade fisiológica do aparelho digestório e o sistema imunológico pouco desenvolvido nos dois primeiros anos de vida são fatores importantes para que o desenvolvimento da alergia alimentar na infância se estabeleça.
A alergia alimentar pode ser classificada, conforme o mecanismo imunológico envolvido, em três categorias:
- mediada pela IgE, não mediada por IgE e mista
Um diagnóstico preciso de alergia alimentar é necessário para proteger as crianças de dietas
inadequadas ou desnecessárias. Outras investigações são também requeridas, como:
- exames físicos, testes cutâneos, determinação de IgE sérica específica e testes de provocação oral aberto e fechado.
Estes testes são considerados os únicos fidedignos para se estabelecer o diagnóstico de alergia alimentar, e devem ser realizados uma vez que a primeira linha de tratamento para a APLV se baseia na exclusão total do leite de vaca da dieta e, em lactentes, sua eliminação sem a adequada substituição, pode levar a prejuízos no crescimento e desenvolvimento.
A exclusão completa do alimento causador da reação nem sempre é fácil, especialmente se o alimento é encontrado em vários produtos e, portanto, difícil de ser evitado, como o que ocorre com o leite de vaca e seus derivados. Os rótulos dos alimentos devem ser cuidadosamente analisados, pois até mesmo pequenas quantidades do alérgeno envolvido podem estar presentes em alimentos supostamente tolerados, e que seriam suficientes para o desencadeamento de uma reação alérgica.
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