sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Os anti-inflamatórios naturais

 A inflamação é uma defesa do sistema imunológico contra algum agente lesivo, seja vírus, bactéria, produtos químicos, agressões externas. Quando algo agride o nosso organismo, ele responde com uma série de reações químicas, geralmente locais, com o objetivo de reparar o problema. Quando a inflamação é crônica, pode causar alterações nas células, contribuindo para sua destruição prematura e o aparecimento de patologias.


 A dieta da maioria das pessoas é composta mais de alimentos pró-inflamatórios do que anti-inflamatórios, fazendo com que ocorra uma maior produção de substâncias que inflamam o corpo. Isso prejudica as defesas do organismo e favorece o aparecimento de várias doenças, inclusive a obesidade.


Com uma alimentação errada, as células não conseguem metabolizar os excessos de gorduras saturadas, frituras e açúcares, sofrendo uma inflamação. Resultando em cansaço, inchaço e doenças como as alergias, diabetes, artrite e até depressão. As células sobrecarregadas fazem com que o metabolismo fique prejudicado, gastando menos energia, o que reflete na balança e na sua saúde. A saída é seguir a dieta anti-inflamatória.
Os remédios anti-inflamatórios são conhecidos por tratar as inflamações, que são reações do nosso organismo a processos inflamatórios e às infecções. No entanto toda medicação tem alguma contraindicação e possíveis efeitos colaterais.

Os alimentos anti-inflamatórios aumentam a nossa imunidade por meio de algumas substâncias que têm a capacidade de aumentar a liberação de hormônios que inibem ou até mesmo bloqueiam a ação inflamatória para reparar uma lesão. 

Entre essas substâncias estão:
  •  o ácido graxo ômega 3, a alicina, a antocianina e a vitamina C. 
  • Por outro lado, as carnes gordurosas, o açúcar em excesso, o fast-food e as guloseimas aumentam a inflamação no organismo, por causa das gorduras ruins (trans e saturadas) usadas no preparo e no processamento destes alimentos.

 Os hormônios que controlam o processo inflamatório, as prostaglandinas e os leucotrienos, são sintetizados a partir dos ácidos graxos ômega 3 (ação antiinflamatória) e ômega 6 (ação pró-inflamatória), que são nutrientes essenciais para o nosso organismo, ou seja, nosso corpo não é capaz de sintetizar, portanto, devemos consumir  através da nossa alimentação.


Muitas pessoas têm dificuldade em perder peso, pois estão há anos em estado crônico de inflamação (obesidade) que acarreta diversos problemas, como por exemplo, a resistência a insulina, que aumenta a tendência do organismo acumular gordura visceral e abdominal.

Quando o organismo está inflamado, há uma desregulação na produção dos hormônios da fome e da saciedade, resultando no comer compulsivo, e ao mesmo tempo estimula o cortisol, hormônio responsável pelo estoque de gordura.



Escolher a comida só pelo número de calorias emagrece. Mas dificilmente combate a inflamação do organismo, uma das causas do ganho de peso. E depois engorda novamente, até mais do que antes ...é o famoso efeito sanfona.

 Muitos alimentos podem ser incorporados à rotina alimentar para aproveitar o benefício não só anti-inflamatório, mas também antioxidante, entre eles estão:



– Peixes de água fria e profunda: fontes de proteína e de ômega 3. Exemplos: salmão, atum, arenque, sardinha, cavalinha, entre outros;

– Hortaliças verde-escuras: são ricas em nutrientes que combatem a inflamação e os radicais livres. Exemplos: espinafre, rúcula, brócolis, agrião, escarola e couve;

– Hortaliças alaranjadas: são fontes de betacaroteno, um excelente antioxidante. Exemplos: cenoura e abóbora;

– Frutas: as cítricas são fontes de vitamina C, que atua como antioxidante. As vermelhas, além da ação antioxidante, atuam também contra a inflamação;

– Castanhas: castanhas de caju, castanha-do-pará, amêndoas e nozes são alimentos ricos em selênio, que atua como antioxidante, além de possuírem boas gorduras;

– Sementes integrais: são fontes de fibras, vitaminas e minerais. Exemplos: linhaça, gergelim, gérmen de trigo (ação protetora contra a poluição), quinua (excelente fonte de proteínas e gorduras boas), amaranto;

– Outros alimentos importantes  são: alho cru, cebola, tomate, pimentão vermelho, feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja, clara do ovo, azeite de oliva extravirgem, óleo de canola, gengibre, couve-flor, nabo, rabanete e repolho.

– Entre as bebidas que ajudam na dieta anti-inflamatória estão: os chás de ervas principalmente o chá-verde e o chá de alecrim, água mineral sem cloro, vinho tinto (moderado)

Alimentos que devem ser evitados:

Assim como há os alimentos anti-inflamatórios, também há aqueles considerados pró-inflamatórios, que devem ser evitados ou consumidos com moderação, como:



  • Alimentos ricos em ômega-6: como os óleos vegetais de soja, de algodão, de milho e de girassol;
  • Cereais refinados: como pão francês, massas, arroz polido, bolachas de água de sal ou de maisena, fubá e bolo simples;
  • Carnes suínas e bovinas gordas;
  • Embutidos: como salsicha, linguiça e salame, conservas com sal
  • Leites e derivados integrais: como queijos amarelos, requeijão, creme de leite e manteiga em excesso ;
  • Refrigerantes;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Frituras;

*Os produtos industrializados também são grandes vilões no desenvolvimento da inflamação devido aos diversos corantes, conservantes, aromatizantes, flavorizantes e tantas outras substâncias químicas que possuem.

 Video sobre o assunto


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