quinta-feira, 27 de julho de 2017

Azeite de Oliva e seus benefícios

Entre os óleos comestíveis comercializados mundialmente, o azeite de oliva é um dos mais importantes e antigos do mundo e muito utilizado na culinária mediterrânea. É rico em ácidos graxos monoinsaturados, principalmente o oleico (ômega-9), que possuem propriedades de reduzir concentrações sanguíneas de LDL (ou “mau” colesterol) e aumentar o HDL (“bom” colesterol).



O azeite também é rico em polifenois, responsáveis pelo seu sabor característico, e que possuem ação antioxidante, ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, protegem contra alguns tipos de câncer, e tem papel importante na produção de compostos que mediam a inflamação no organismo. Além disso, o teor de antioxidantes determina a estabilidade do azeite, ou seja, sua conservação e sua resistência.



Como é feito o azeite de oliva?

O azeite de oliva é obtido a partir da prensagem de azeitonas maduras, que é tratado exclusivamente por processos físicos: lavagem, moagem, prensa fria e centrifugação.

Não são adicionados produtos químicos para agilizar a extração, por isso, o resultado é um produto de boa qualidade, não fermentado e de baixa acidez. Por sofrer prensagem a frio, são necessários 6 kg de matéria-prima para se obter 1 litro de azeite.



Tipos de azeite

Diversos fatores influenciam na qualidade do azeite de oliva, como a variedade da azeitona, condições climáticas na etapa de produção, tipo de solo, práticas do cultivo, estado de maturação do fruto, acidez e tempo de processamento das azeitonas após a colheita. Sendo assim, o azeite pode ser classificado em diferentes tipos:


Azeite extravirgem

Possui acidez menor ou igual a 0,80%, e é bem avaliado nos testes sensoriais. É um produtos de alta qualidade e normalmente utilizado na finalização de pratos ou saladas.

Azeite virgem

 Boa qualidade, mas pode apresentar “defeitos” de cheiro e sabor em comparação ao azeite extravirgem. Apresenta acidez entre 0,8 a 2%.

Azeite virgem lampante

Tem acidez superior a 2%. Não pode ser consumido diretamente e, para que possa ser comercializado, deve passar por refinação. A partir do azeite lampante, podem ser fabricados mais dois tipos de azeites:

  •     Azeite refinado: obtido de azeitonas com alterações sensoriais, normalmente devido a problemas climáticos. Através do refino, é eliminado problemas referente a cor, sabor, aroma, além de parte das vitaminas e outros nutrientes. Porém, a estrutura química do azeite não é modificada, resultando em um produto com acidez máxima de 0,3%. Não é vendido aos consumidores, sendo destinado exclusivamente ao uso industrial. 

O azeite refinado pode ser misturado com outros tipos de azeite, como o azeite virgem ou extravirgem. Deve possuir acidez igual ou inferior a 1% e é classificado como azeite de oliva.
  •     Azeite composto: é um azeite de qualidade inferior, constituído de azeite refinado misturado com outros tipos de óleos, como o óleo de soja.

O que significa a acidez do azeite?

A acidez determina a qualidade do azeite. O conteúdo de acidez depende de vários fatores, como por exemplo, as pragas que estiveram em contato com a oliveira, o clima, a manipulação das azeitonas, o processo de produção e armazenamento do azeite. Qualquer dano sofrido pela azeitona durante a colheita, transporte e estocagem, causa alterações e aumento da acidez.

Benefícios do azeite de oliva

  •     Contribui para o controle do colesterol e favorece a saúde cardiovascular
  •     Auxilia na absorção de vitaminas lipossolúveis da dieta (vitaminas A, D, E, K)
  •     Fonte de antioxidantes, pode prevenir doenças degenerativas e câncer
  •     Ação anti-inflamatória
  •     Fonte de gordura mono e poli-insaturadas, benéficas para a saúde
  •     Fonte de vitamina E

Azeite de oliva emagrece

O azeite de oliva promove saciedade e pode ser consumido em dietas para perda de pes , já que demora mais tempo para ser digerido. Além disso, a ação anti-inflamatória do azeite pode auxiliar no tratamento da obesidade, uma doença pró-inflamatória.

*Para esses efeitos, o azeite deve estar associado com a prática de exercícios físicos e dieta equilibrada, pois apesar de ser uma gordura boa, se consumido em excesso o azeite engorda.

Qual o melhor azeite de oliva?

Os azeites de oliva extravirgem são considerados os melhores para consumo devido à baixa acidez. No momento da compra, deve-se preferir aqueles com embalagem de vidro e escuros, pois a incidência de luz pode oxidar o óleo. Em casa, também devem ser armazenados em local escuro, longe do calor.

Azeite de oliva para o cabelo

O azeite de oliva no cabelo também oferece muitos benefícios, pois atua como hidratante, aumentando a umectação natural dos fios. Por ser fonte de vitamina E, retarda o envelhecimento e ressecamento do cabelo.

Como consumir azeite?

O azeite de oliva pode ser utilizado apenas na finalização dos pratos ou refogados simples, que não ficam muito tempo expostos ao calor, já que altas temperaturas alteram as características e benefícios do azeite. Apenas uma ou duas colheres de sopa ao dia já oferecem todos os seus benefícios. Para pratos refogados é indicado.


Ministério da Agricultura reprova 45 marcas de azeite de oliva

Uma operação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades em 45 marcas de azeite comercializados no País. Para a inspeção, foram coletados produtos de 140 marcas nos últimos dois anos.
As amostras foram colhidas em 12 estados e no Distrito Federal, num total de 322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579 litros com problemas).

A equipe de fiscalização inspecionou 279 amostras de 214 lotes. Do total, 38,7% dos produtos tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas à baixa qualidade.

*A fraude mais comum praticada por empresas envazadoras é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada (extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que não deve ser destinado à alimentação.
No Paraná, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composição de 85% de óleo de soja e 15% de lampante. As fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil por irregularidade encontrada, e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas também foram denunciadas ao Ministério Público. O próximo passo é a abertura de inquérito policial.

Marcas

Entre as marcas que apresentaram irregularidades estão:
  •  Astorga, Carrefour, Almeirim, Conde de Torres, entre outras. 
  • E entre as marcas que passaram nos testes, encontram-se:  Andorinha, Aro, Apolo, Borges, Belo Porto, Carrefour Discount e outras.

O azeite de oliva virgem pode ser classificado em três tipos:
  • o extra virgem (acidez entre 0,8% e 2%), 
  • virgem (acidez menor que 0,8%) 
  • e lampante (acidez maior que 2%).

Os dois primeiros podem ser consumidos in natura, mantendo todos os aspectos benéficos ao organismo. O terceiro, tipo lampante, deve ser refinado para ser consumido, quando passa a ser classificado como azeite de oliva refinado. A análise é complexa, exige treinamento e equipamentos sofisticados. As análises também apontaram azeites desclassificados (que podem não ser considerados como azeite) e fora de tipo (não tem boa qualidade).

Estados

Os estados onde foram registradas mais irregularidades foram:
  •  São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior número de empresas que envazam o produto. 
  • Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram maiores irregularidades.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, os resultados obtidos com a fiscalização do azeite de oliva demonstram a eficiência das ações de fiscalização, evitando que esses produtos cheguem à mesa do consumidor. As análises são realizadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGRO) do Rio Grande do Sul e de Goiás.

Dicas

Para o consumidor evitar ser enganado, a primeira coisa na qual deve prestar atenção é o preço:
  • desconfie se estiver muito abaixo do padrão. Verificar no rótulo o local em que foi envazado, se no país de origem, por exemplo, pode dificultar fraude, como misturas.

Além disso, é importante ficar atento às especificações como o termo tempero em letras miúdas e, em destaque, azeite de oliva. Não se trata de azeite adicionado de especiarias, mas de tempero vendido como azeite de oliva.

**Qualquer adição ou mistura com outros óleos vegetais requer que o produto seja rotulado como “Óleo misto ou composto”, devendo o consumidor ser obrigatoriamente informado sobre os percentuais que compõem a mistura. Também é importante estar atento à data de validade e aos ingredientes contidos.


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