quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Problemas que podem ocorrer com o Calor Excessivo

 A revista científica The Lancet publicou um estudo 2016 mostrando como as oscilações térmicas estão abalando a saúde da humanidade. Conduzido em vários países, entre eles o Brasil, o levantamento revelou que cerca de 7,7% das mortes no mundo podem ser creditadas ao sobe e desce dos termômetros. 

A perda de calor é modulada por alterações na produção de suor e no fluxo sanguíneo cutâneo, que varia de 200 a 250 ml/min em temperaturas normais.

A exposição ao calor ambiental afeta diversas funções fisiológicas e pode causar desidratação. A maioria das pessoas sofre sintomas leves, porém desconfortáveis; todavia, os efeitos do calor variam de cãibra e edema até síncope, fadiga e choque. 



A temperatura central é elevada em alguns tipos de doenças por calor. Pessoas com desidratação         (Depleção de volume e Desidratação em crianças) podem apresentar taquicardia, taquipneia e hipotensão ortostática. A disfunção do sistema nervoso central (SNC) sugere choque calórico, o distúrbio mais grave; confusão e letargia podem, mais adiante, prejudicar a capacidade de eliminar calor e reidratar-se.

Sintomas de Sensibilidade ao calor

Pessoas com sensibilidade ao calor também podem sentir que estão superaquecendo, além de apresentar outros sintomas, como:


    Sudorese excessiva
    Dor de cabeça
    Dormência
    Tontura
    Fraqueza
    Dores
    Náusea
    Temperatura corpórea elevada (entre os 38°C e 40°C) quando não se está doente
    Batimento cardíaco acelerado
    Hiperidrose

O bom-senso é o melhor tratamento. Os médicos fazem as seguintes recomendações:
  •     Durante a época de calor excessivo, idosos e jovens não devem permanecer em moradias ou ambientes sem ventilação e ar-condicionado.
  •     Crianças não devem ser deixadas dentro de automóveis expostos ao sol
  •     Se possível, evitar intensos exercícios físicos em ambiente muito quente ou em espaço inadequadamente ventilado, assim como o uso de roupas isolantes
  • Perda de peso após exercício ou trabalho pode ser usada para monitorar a hidratação; pessoas que perdem de 2 a 3% de seu peso corporal devem ser instruídas a ingerir quantidade extra de líquidos, 
  • Se a realização dos exercícios no calor for inevitável, os líquidos (na maioria das vezes perdidos imperceptivelmente com ar muito quente ou muito seco) devem ser repostos com a ingestão constante de água, e a evaporação deve ser facilitada pelo uso de roupas abertas e trançadas ou ventiladores
  • Sentir sede durante a prática de exercícios é um péssimo sinal de desidratação. A reposição de líquidos no organismo deve ser feita de hora em hora, independentemente da sensação de sede.

 Conheça alguns problemas que podem ser causados pelo calorão:
 
1. Desidratação

Ingerir pouca água e suar bastante leva a perda de líquidos e sais minerais e a complicações como tontura, queda de pressão e até morte. Afeta sobretudo crianças e idosos.

2. Doenças infecciosas
Aumenta a transmissão de vírus por mosquitos (dengue, zika…), bem como de males ligados às chuvas e à contaminação da água, como hepatite A e leptospirose.
3. Infarto e derrame

A perda de água reduz a pressão e exige que o coração bata rápido, o que favorece ataques cardíacos. Também deixa o sangue espesso, facilitando a formação de trombos e AVCs.
4. Males respiratórios

Em dias muito quentes e com o ar seco, a mucosa nasal e as vias aéreas ficam mais ressecadas, o que deixa o aparelho respiratório suscetível a asma, bronquite e infecções.
5. Problemas renais

A desidratação eleva o risco de pedras nos rins, e o desequilíbrio entre fluidos e eletrólitos ameaça esses órgãos especialmente se já existe doença renal, diabete ou hipertensão.

Para evitar desidratação e desconforto do calor

Mantenha-se hidratado

Beba bastante líquidos ao longo do dia e sempre carregue uma garrafa de água na bolsa ou mochila. Sempre que sentir sede beba um pouco de água.
Ingira alimentos frios

Alimentos frios, como frutas e saladas, além de serem refrescantes e leves, contém bastante água e nutrientes, fazendo com que o corpo se mantenha nutrido e hidratado.
Exercite-se em horários mais fresco

Quando for praticar exercícios físicos, prefira realiza-los nos horários mais frios do dia, como nas primeiras horas da manhã ou durante a noite. É importante lembrar de ingerir bastante água durante e após se exercitar.

Evite exposição ao sol

Durante os horários mais quentes do dia, que vão dentre às 11h e 15h, evite ficar exposto ao sol.
Evite o sol direto em casa

Caso as janelas da casa recebam sol direto durante o dia, mantenha-as abertas, mas com as cortinas fechadas. Se for necessário, use ventiladores para manter os ambientes mais frios.
Use roupas frescas

Se possível, use sapatos e sandálias abertos nos dias muito quentes. Também é importante usar um boné ou viseira para proteger o rosto do sol, além do protetor solar. As roupas também precisam ser leves, de cores claras e não muito justas.
Tome banhos frios

Tomar um banho com o chuveiro desligado pode ajudar a relaxar e diminuir a temperatura corpórea. Também usar sprays d’água ao longo dia, ou colocar pés ou mãos em um recipiente com água gelada, em muitos casos, ajuda a controlar a temperatura de todo o corpo.

Evite variar entre ambientes muito frios e muito quentes

Pessoas com sensibilidade ao calor podem ficar extremamente fatigadas se ficarem saindo ao sol e depois voltando para dentro de um prédio com ar condicionado, por exemplo. Por essa razão, além dos maiores riscos de ficar resfriado ou com dor de garganta, é importante evitar mudanças bruscas de temperatura.


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