Itália, Espanha, Grécia, Iugoslávia, França e Albânia (da Europa), Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos (da África), Turquia, Israel, Síria e Líbano (da Ásia) - onde todos são banhados pelo mesmo Mar: o Mediterrâneo. Por isso o nome da dieta. Conheça um pouco sobre essa dieta, que na verdade não é dieta, faz parte da alimentação do dia a dia.
A dieta mediterrânea tem sido amplamente relacionada como um modelo de alimentação saudável que contribui para um estado de saúde favorável e melhor qualidade de vida. Trata-se de um conjunto de hábitos alimentares, tradicionalmente conhecido por ser rico em frutas, verduras, legumes e cereais; azeite de oliva como uma das principais fontes de lipídios; consumo moderado de vinho tinto durante as refeições; consumo preferencial de peixes e baixo consumo de carne vermelha.
A dieta está associada com uma melhora significativa no estado de saúde geral, redução significativa na mortalidade total, mortalidade por doenças cardiovasculares, incidência ou mortalidade por câncer, além da diminuição na incidência de doenças neurológicas, como doença de Parkinson e Alzheimer.
Estudo espanhol publicado na revista New England Journal of Medicine demonstrou que, entre as pessoas com alto risco cardiovascular, a dieta mediterrânea reduziu a incidência de eventos cardiovasculares.
O estudo avaliou 7.447 indivíduos, homens e mulheres, com idade entre 55 a 80 anos, e que teve a duração de 4,8 anos. Todos os participantes tinham alto risco para desenvolver doença cardiovascular, mas sem a doença no início do estudo.
Os fatores de risco considerados foram diabetes mellitus tipo 2 ou pelo menos três das seguintes características: tabagismo, hipertensão, elevação dos níveis plasmáticos de colesterol total e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-c), baixos níveis de HDL-c (lipoproteínas de alta densidade), excesso de peso ou obesidade, ou história familiar de doença coronária. Ao longo dos anos, os pesquisadores avaliaram as taxas de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por causas cardiovasculares.
Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos:
• o primeiro recebeu orientações para consumir a dieta mediterrânea com quatro colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem por dia;
• o segundo recebeu orientações para consumir a dieta mediterrânea suplementada com castanhas e nozes (30 g por dia: com 15 g de nozes, 7,5g de avelãs, e 7,5g de amêndoas);
• e o terceiro recebeu uma dieta controle, com orientações para consumir uma dieta com baixo teor de gordura.
De acordo com as análises de recordatórios alimentares e questionários de frequência alimentar, os dois grupos da dieta mediterrânea tiveram boa adesão à intervenção. Os pesquisadores observaram 288 eventos cardiovasculares no total, e os dois grupos da dieta mediterrânea apresentaram uma redução de aproximadamente 30% no risco de desenvolvimento de eventos cardiovasculares, em comparação com o grupo controle.
“Conclui-se com este estudo que a dieta mediterrânea, sem restrição de calorias, suplementada com azeite de oliva extra virgem, castanhas e nozes, resultou em redução substancial no risco de desenvolver eventos cardiovasculares em pessoas de alto risco. Os resultados sustentam os benefícios da dieta mediterrânea para a prevenção primária da doença cardiovascular”, concluem os autores do estudo.
Essa dieta é muito saudável, porém é preciso tomar cuidado para não extrapolar na quantidade porque o azeite de oliva, por exemplo, contém em 9 calorias/ml. E não adiante consumir de vez em quando tem que ser frequentemente. Peixe pelo menos 2 vezes na semana.
Reportagem do Fantástico do dia 03/03/2013 sobre o Assunto:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/03/dieta-mediterranea-diminui-30-risco-de-derrames-e-infartos.html
Att, Giselle Barrinuevo
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