terça-feira, 25 de junho de 2013

Diabetes: bomba de insulina reduz episódios de hipoglicemia, diz estudo

Novo produto interrompe liberação de hormônio se os níveis de glicemia estiverem baixo. Um dos maiores problemas para pacientes com diabetes tipo 1 é ministrar sua insulina corretamente, evitando problemas como a hipoglicemia.

Bomba de Insulina é um pequeno equipamento médico computadorizado que pode ser programado para enviar um fluxo contínuo de insulina para dentro da corrente sanguínea


Pensando nisso, pesquisadores do International Diabetes Center da clínica Park Nicollet (EUA) mostraram em seu novo estudo que um dispositivo inteligente de liberação de insulina, que se interrompe quando o nível de açúcar no sangue está baixo, é capaz de evitar episódios de hipoglicemia. 

O cateter é colado no corpo do paciente. Quando adequadamente instalado, o paciente não sente nada nem de dia nem à noite. O tubo e a bomba podem ser removidos temporariamente da cânula para atividades tais como esportes de contato como se faria com um óculos

Os autores acompanharam 247 pacientes com diabetes tipo 1, que foram divididos em dois grupos: 
  • o primeiro usou a bomba "inteligente", e o outro, as convencionais. Nesses dispositivos, um aparelho do tamanho de um celular é ligado ao corpo por um cateter com uma agulha na extremidade, inserida na região subcutânea do abdômen, braço ou da coxa. 
  • A diferença entre os dispositivos convencionais e o inteligente é que este interrompe o fornecimento de insulina por duas horas se o nível de glicemia ficar abaixo de 70 mg/dl, equanto a tradicional não interrompe a liberação do hormônio.

Analisando os resultados, os cientistas descobriram que o grupo com o aparelho que interrompia a insulina teve 32% menos eventos de hipoglicemia, principalmente noturna, do que aqueles que não usaram o aparelho. O trabalho deve abrir caminho para a comercialização do produto nos EUA. Essa bomba de insulina inteligente já é vendida na Europa, e no Brasil seu uso é restrito devido ao alto custo. 

A terapia com bomba tem resultados comprovados

Estudos conceituados demonstram que melhorar o controle glicêmico pode reduzir e até impedir as complicações do diabetes. O fato é que a terapia intensiva realizada com a bomba de insulina tem mostrado uma redução de até 76% na aparição e avanço das complicações. Esta clinicamente provado que qualquer manutenção sustentada dos níveis glicêmicos ideais reduzem o risco.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 6 milhões de pessoas sofrem com o diabetes, sem contar os que desconhecem possuir a doença.  
 


O problema pode trazer perda ou aumento de peso, é fator de risco para problemas cardiovasculares e, nos casos mais graves, provocar falência de órgãos (rins, olhos) e até a morte. Apesar dos perigos, é completamente controlável. No entanto, apesar de ser uma doença crônica, é possível conviver bem com o diabetes. Basta que o paciente tenha hábitos saudáveis e siga corretamente as indicações médicas. 
"Os riscos mais graves do diabetes, como perda total da visão, amputação e falência renal ocorrem em pacientes que não tiveram tratamento adequado", de acordo com o endocrinologista Josivan Lima, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - SBEM.



Dicas de alimentação

"Os pacientes diabéticos devem evitar os açúcares simples (presentes nos doces e carboidratos simples, como massas e pães), pois são absorvidos muito rapidamente, levando a picos de glicemia e, consequentemente, complicações a médio e longo prazo". Uma boa dica é beber bastante água, que ajuda a remover o excesso de glicose no sangue, que será eliminado pela urina.




O consumo de álcool não é proibido, mas deve ser moderado e nunca de barriga vazia, pois o consumo isolado pode causar hipoglicemia, pois o álcool tende a reduzir as taxas glicêmicas. O que pode causar enjoo, tremores pelo corpo, fome excessiva, irritação e dores de cabeça. 

Também é importante fazer o monitoramento de glicemia antes e depois de consumir bebidas alcoólicas. Para o endocrinologista Fadlo Fraige, apenas as bebidas destiladas são permitidas (e com muita moderação), pois, segundo ele, não são feitas à base de carboidratos, como a cerveja, e o álcool tem baixo índice glicêmico. "Cuidado com cervejas e bebidas doces ou à base de carboidratos. Elas têm alto índice glicêmico e podem trazer problemas".

Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue. Os carboidratos não são proibidos, mas existem recomendações dietéticas. "Uma ingestão diária de 50 a 60% de carboidratos usualmente é suficiente, preferindo-se os carboidratos complexos (castanhas, nozes, cereais integrais) que serão absorvidos mais lentamente, evitando picos de glicemia".

Os diabéticos também podem sofrer de baixas de glicose no sangue, a hipoglicemia. Quinze minutos após ingerir algum alimento açucarado, cheque se a quantidade de glicose no seu sangue está normal. 

A atividade física é essencial no tratamento do diabetes para manter os níveis de açúcar no sangue controlados e afastar os riscos de ganho de peso. 

Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo

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