segunda-feira, 21 de março de 2016

21 de Março dia Internacional da Síndrome de Down (SD)

A  Síndrome  de  Down  (SD)  ou  trissomia  do  21  é  uma  condição  humana geneticamente determinada, é a alteração cromossômica (cromossomopatia) mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população.  A  presença  do  cromossomo  21 extra na constituição genética determina características físicas específicas e atraso no desenvolvimento. 



Sabe-se que as pessoas com  SD quando atendidas e estimuladas adequadamente, têm potencial
para uma vida saudável e plena inclusão social. No Brasil nasce uma  criança com SD a cada 600 e 800 nascimentos, independente de etnia, gênero ou classe social.

O  termo  “síndrome”  significa  um  conjunto  de  sinais  e  sintomas  e “Down” designa o sobrenome do médico e pesquisador que primeiro  descreveu a associação dos sinais característicos da pessoa com SD. As diferenças entre as pessoas com SD, tanto do aspecto físico quanto de desenvolvimento, decorrem de aspectos genéticos individuais,  intercorrências clínicas, nutrição, estimulação, educação, contexto familiar, social e meio ambiente. 


Apesar dessas diferenças, há um consenso da comunidade científica de que não se atribuem graus à SD,  primeira  descrição  clínica  foi  feita  em  1866  pelo  médico  pediatra  inglês John Langdon Down, que trabalhava no Hospital John Hopkins  em  Londres  em  uma  enfermaria  para  pessoas  com  deficiência  intelectual, e publicou um estudo descritivo e classificou estes pacientes de acordo com o fenótipo. Descreveu como “idiotia mongólica” aqueles com fissura palpebral oblíqua, nariz plano, baixa estatura e déficit intelectual.

*A  expectativa  de  vida  das  pessoas  com  SD  aumentou  consideravelmente a partir da segunda metade do século XX, devido aos progressos na área da saúde principalmente da cirurgia cardíaca. O aumento  da  sobrevida  e  do  entendimento  das  potencialidades  das  pessoas  com síndrome de Down levou à elaboração de diferentes programas  educacionais, com vistas à escolarização, ao futuro profissional, à autonomia e à qualidade de vida.
 
Cada  vez  mais  a  sociedade  está  se  conscientizando  de  como  é  importante  valorizar  a  diversidade  humana  e  de  como  é  fundamental  oferecer equidade de oportunidades para que as pessoas com deficiência exerçam seu direito em conviver em comunidade. A sociedade
está  mais  preparada  para  receber  pessoas  com  síndrome  de  Down  e existem relatos de experiências muito bem-sucedidas de inclusão.

 Diagnóstico clínico

O  diagnóstico  clínico  de  SD  baseia-se  no  reconhecimento  de  características físicas. Quanto mais características específicas da SD forem identificadas aumenta-se a segurança do diagnóstico clínico

O  fenótipo  da  SD  se  caracteriza  principalmente  por:


  • pregas palpebrais oblíquas para cima, epicanto (prega cutânea no canto interno  do  olho),  sinófris  (união  das  sobrancelhas),  base  nasal  plana,  face  aplanada,  protusão  lingual,  palato  ogival  (alto),  orelhas  de  implantação baixa, pavilhão auricular pequeno, cabelo fino, clinodactilia do 5º dedo da mão (5º dedo curvo), braquidactilia (dedos curtos),  afastamento entre o 1º e o 2º dedos do pé, pé plano, prega simiesca  (prega palmar única transversa), hipotonia, frouxidão ligamentar, excesso  de  tecido  adiposo  no  dorso  do  pescoço,  retrognatia,  diástas afastamento)  dos  músculos  dos  retos  abdominais  e  hérnia  umbilical.
Nem todas essas características precisam estar presentes para se  fazer o diagnóstico clínico de SD. Da mesma forma, a presença isolada de uma dessas características não configura o diagnóstico, visto que  5% da população podem apresentar algum desses sinais.

Em  caso  de  dúvida  não  menospreze  sua  suspeita  diagnóstica,   solicite   avaliação   de   outros   médicos,   exames   complementares   ou   encaminhe   ao   especialista   em   genética   clínica.

MOMENTO DA NOTÍCIA
 
Ao  nascimento  de  uma  criança  com  SD,  as  duvidas,  incertezas  e  inseguranças são muitas, tanto no que tange à saúde da criança como  sobre o seu potencial de desenvolvimento imediato quanto às possibilidades de autonomia futura e qualidade de vida. Tais sentimentos  convivem ainda com a dificuldade de aceitação do filho que nasceu  diferente dos seus anseios.

 O apoio de profissionais capacitados neste caso é fundamental para  o  ajuste  familiar  à  nova  situação,  favorecendo  as  possibilidades  de  tratamento com vistas à saúde física, mental e afetiva da criança

 
 É recomendável que algumas diretrizes sejam levadas em conta para  a comunicação da suspeita ou do diagnóstico da SD à família:
 

1. A comunicação quanto a suspeita diagnóstica ou quanto o diagnostico de SD deve ser feita quando sinais e sintoma  característicos  sejam  identificados  por  mais  de  um  membro da equipe;
2. A comunicação à mãe deve ser feita preferencialmente  na presença do pai, ou na sua ausência, de outro membro da família que represente um relacionamento significativo;
3.Antes da noticia é importante que a mãe e o pai tenham tido a oportunidade de ver, acariciar e amamentar o recém-nascido  criando  o  vinculo  com  o  bebe  e  evitando  ideias fantasiosas após o diagnóstico;.
4. O local deve ser reservado e protegido de interrupções;
5. O pediatra deve ter tempo disponível para comunicar o  diagnóstico ou a suspeita de SD, informar o que isso significa e orientar quanto aos exames e encaminhamentos  necessários;
6. Durante o exame físico, mostrar para os pais quais as características fenotípicas da SD que levaram ao diagnóstico clínico;
7.Recomenda-se que desde o primeiro contato, parabenizar  os  pais,  chamar  o  bebê  e  os  pais  pelos  respectivos  nomes; e
8.As informações, ainda na maternidade, devem ser apenas as essenciais para que a família crie o vinculo com o bebe e compreenda a necessidade dos exames e procedimentos solicitados. O encaminhamento para os profissionais que darão continuidade ao acompanhamento do  bebe deve ser reforçado e esclarecer a família que este  profissional  irá  complementar  as  informações  gradualmente

Recomenda-se  que  o  cuidado  com  a  saúde  da  pessoa  com  SD  seja  norteado pelas políticas públicas do Ministério da Saúde como a Política Nacional de Humanização, Política Nacional da Atenção Básica,  Programas de Saúde da Criança e do Adolescente, Saúde da Mulher,  do Homem, do Idoso, Saúde Mental e no Relatório Mundial sobre a  Deficiência.
A proposta de cuidado para a pessoa com SD segue as seguintes diretrizes:
 

Diretrizes de Atenção  à Pessoa com Síndrome de Down

1 - compreensão ampliada do processo saúde e doença;
2 - construção compartilhada pela equipe multiprofissional do diagnóstico situacional; e do Plano de Cuidado Individual;
3 - definição compartilhada das metas terapêuticas; e
4 - comprometimento dos profissionais, da família e do indivíduo com
as metas terapêuticas

A saúde da pessoa com SD está diretamente relacionada aos seus hábitos de vida, portanto, o trabalho dos profissionais da saúde deve se  direcionar à promoção de estilos de vida saudáveis no núcleo familiar.  Para isto utilizando a estratégia de educação em saúde junto à família, apostando no seu protagonismo e autonomia para compartilhar o  cuidado com a pessoa com SD, desta forma estaremos indiretamente  promovendo também a saúde da família

Espera-se que o cuidado integral com a saúde da pessoa com SD tenha como resultado final a manutenção da sua saúde física e mental,  bem  como  o  desenvolvimento  da  sua  autonomia  e  inclusão  social.  Que em última análise se concretize em uma vida plena.

Duvidas

AS PESSOAS QUE TÊM SÍNDROME DE DOWN PODEM TER FILHOS?

  • SE VOCÊ É  MULHER  E TEM SÍNDROME DE DOWN, VOCÊ PODE FICAR GRÁVIDA E TER BEBÊS.
  • SE VOCÊ É  HOMEM  E TEM SÍNDROME DE DOWN, AS CHANCES DE VOCÊ ENGRAVIDAR UMA  MULHER SÃO MUITO PEQUENAS.  ISSO ACONTECE PORQUE MUITOS HOMENS COM SÍNDROME DE DOWN SÃO ESTÉREIS.
OS FILHOS DAS PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN TAMBÉM TERÃO SÍNDROME DE DOWN?

  • AS CHANCES SÃO GRANDES.

Cuidados em todas as fases da vida de portadores de SD

BEBÊ IDADE: 0 -1 ANO


 EXAMES:
• EXAME PARA VER COMO ESTÁ A TIREÓIDE;
• HEMOGRAMA, PARA VER AS CÉLULAS DO SANGUE;
• CARIÓTIPO, PARA VER OS CROMOSSOMOS;
• ECOCARDIOGRAMA, PARA VER IMAGEM DO CORAÇÃO;
• EXAME DE OLHOS;
• EXAME DE OUVIDOS.
ORIENTAÇÕES:
• ESTIMULAR MOVIMENTOS DO CORPO;
• CUIDAR DA POSIÇÃO DO PESCOÇO;
• SER AMAMENTADO;
• TOMAR VACINAS


CRIANÇA IDADE: 1 -11 ANOS

 
EXAMES:
• EXAME PARA VER COMO ESTÁ A TIREÓIDE;
• HEMOGRAMA, PARA VER AS CÉLULAS DO SANGUE;
• SE FOR NECESSÁRIO, FAZER ECOCARDIOGRAMA
PARA VER IMAGEM DO CORAÇÃO;
• EXAME DE OLHOS;
• EXAME DE OUVIDOS;
• RAIO X DA COLUNA.
ORIENTAÇÕES:
• CUIDAR DA POSIÇÃO DO PESCOÇO;
• FAZER ATIVIDADE FÍSICA;
• TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL;
• ESTUDAR;
• TOMAR VACINAS;
• ESTAR EM CONTATO COM OUTRAS PESSOAS;
• TENTAR FAZER SOZINHO TUDO QUE FOR POSSÍVE

ADOLESCENTE IDADE: 12 -18 ANOS

 

EXAMES:
• EXAME PARA VER COMO ESTÁ A TIREÓIDE;
• HEMOGRAMA, PARA VER AS CÉLULAS DO SANGUE;
• SE FOR NECESSÁRIO, FAZER ECOCARDIOGRAMA PARA VER IMAGEM DO CORAÇÃO;
• EXAME DE OLHOS;
• EXAME DE OUVIDOS;
• SE FOR NECESSÁRIO, RAIO X DA COLUNA;
• EXAMES PARA VER QUANTIDADE DE AÇÚCAR E GORDURAS NO SANGUE;
• SE FOR MULHER, FAZER EXAME GINECOLÓGICO.
ORIENTAÇÕES:
• CUIDAR DA POSIÇÃO DO PESCOÇO;
• FAZER ATIVIDADE FÍSICA;
• TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL;
• ESTUDAR;
• TENTAR FAZER SOZINHO TUDO QUE FOR POSSÍVEL;
• OBSERVAR SE ESTÁ DORMINDO BEM (PODE ESTAR OCORRENDO APNEIA DO SONO);
• TER CUIDADOS PARA NÃO ENGRAVIDAR OU PEGAR DOENÇAS QUE SÃO
TRANSMITIDAS AO FAZER SEXO;
• FICAR ATENTO A ABUSOS SEXUAIS

ADULTO IDADE: 19 -40 ANOS

 
EXAMES:
• EXAME PARA VER COMO ESTÁ A TIREÓIDE;
• HEMOGRAMA, PARA VER AS CÉLULAS DO SANGUE;
• SE FOR NECESSÁRIO, FAZER ECOCARDIOGRAMA PARA VER IMAGEM DO CORAÇÃO;
• EXAME DE OLHOS;
• EXAME DE OUVIDOS;
• SE FOR NECESSÁRIO, RAIO X DA COLUNA;
• EXAMES PARA VER QUANTIDADE DE AÇÚCAR E GORDURAS NO SANGUE;
• SE FOR MULHER, FAZER EXAME GINECOLÓGICO.
ORIENTAÇÕES:
• CUIDAR DA POSIÇÃO DO PESCOÇO;
• FAZER ATIVIDADE FÍSICA;
• TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL;
• TRABALHAR;
• TENTAR FAZER SOZINHO TUDO QUE FOR POSSÍVEL;
• OBSERVAR SE ESTÁ DORMINDO BEM (PODE ESTAR OCORRENDO APNEIA DO SONO);
• TER CUIDADOS PARA NÃO ENGRAVIDAR OU PEGAR DOENÇAS QUE SÃO
TRANSMITIDAS AO FAZER SEXO

IDOSO IDADE: 40 ANOS E MAIS VELHOS
 

EXAMES:
• EXAME PARA VER COMO ESTÁ A TIREÓIDE;
• HEMOGRAMA, PARA VER AS CÉLULAS DO SANGUE;
• SE FOR NECESSÁRIO, FAZER ECOCARDIOGRAMA PARA VER IMAGEM DO CORAÇÃO;
• EXAME DE OLHOS;
• EXAME DE OUVIDOS;
• SE FOR NECESSÁRIO, RAIO X DA COLUNA;
• EXAMES PARA VER QUANTIDADE DE AÇÚCAR E GORDURAS NO SANGUE.
ORIENTAÇÕES:
• CUIDAR DA POSIÇÃO DO PESCOÇO;
• FAZER ATIVIDADE FÍSICA;
• TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL;
• TRABALHAR;
• TENTAR FAZER SOZINHO TUDO QUE FOR POSSÍVEL;
• OBSERVAR SE ESTÁ DORMINDO BEM (PODE ESTAR OCORRENDO APNEIA DO SONO);
• OBSERVAR SE VOCÊ ESTÁ ESQUECENDO MUITAS COISAS



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