É uma “disfunção” do intestino devida, entre outros, ao desequilíbrio quantitativo dos diferentes micro-organismos que participam na flora microbiana normal, obviamente na ausência de infecção intestinal. "Sabe porque os médicos NÃO diagnosticam esse alteração intestinal que quase todos nós temos?
A resposta é dura mas é a realidade de hoje. Porque NÃO é de seu interesse tratar a causa da patologia, mas sim os sintomas. A indústria farmacêutica fatura bilhões com vendas de remédios de todos os tipos e os médicas também lucram com isso. A disbiose se trata com alimentação e suplementos adequados para recuperar a flora e isso não é de interesse médico. Muito triste para nós nutricionistas essa realidade".
Disbiose ou Síndrome da Permeabilidade Intestinal
Disbiose, palavra grega (dis= dificuldade; bio=vida; ose=estado mórbido), refere-se à alteração da “vida” intestinal, já que nos intestinos existe uma microbiota, palavra grega (micro=pequeno; biota=conjunto de seres vivos) tratando-se do conjunto de micro-organismos, que habitam em determinados locais. Em se tratando do habitat intestinal, diz-se microbiota intestinal, etc...
*Para melhor entendimento, pode-se, também entender, a microbiota, como sendo flora, que pode ser
intestinal, vaginal e oral ou bucal, entre outros. No caso específico dos intestinos, estima-se, que existam em torno, de 10 trilhões de bactérias, que compõem a flora intestinal, divididas em, aproximadamente, 500 espécies.
A microbiota intestinal é considerada, por muitos, como sendo um organismo à parte do próprio corpo humano. Esta flora é de suma relevância para manter a Homeostase.
Por Homeostase, entende-se a capacidade do ser vivo de manter íntegras as suas funções no espaço e no tempo. Ora, os intestinos, são considerados, como sendo o “segundo cérebro” do corpo, dado as suas múltiplas funções entre elas, a produção de mediadores químicos, hormônicos, células de defesa e produção de vitaminas, tais como B12 e K, entre outras...
O intestino grosso (cólon), é responsável pela eliminação pelas fezes de, aproximadamente, 60% das toxinas do organismo. A frase que espelha bem esta importante função é: “quem não evacua, fica enfezado”, isto é, cheio de fezes, cheio de toxinas que, seguramente, alteram o humor e o psiquismo das pessoas. Sabe- se, que há 5 sistemas de eliminação de toxinas:
- pele, sistema respiratório, sistema urinário, sistema linfático e os intestinos.
- Ora, caso os intestinos não funcionassem adequadamente, os outros sistemas, com o “vasos comunicantes”, “pagariam o pato” desta história toda
Como pode-se notar, por baixo, a saúde dos intestinos, representa, 60% da saúde humana, daí a necessidade de mantê-la em ordem. A saúde da flora intestinal, depende do bom funcionamento deste órgão, onde a alimentação rica em fibras, bem como aqueles que produzem um bolo alimentar necessário e suficiente, para promover os movimentos peristálticos, afim de se evacuar, pelo menos, 1 vez ao dia.
É um problema digestivo comum, que aumenta com a idade e atinge a maioria dos indivíduos acima de 50 anos, mas como vivemos na era dos alimentos industrializados muitas pessoas até crianças apresentam disbiose hoje . Leva a inúmeros desconfortos intestinais, diarreia, constipação (prisão de ventre), gases, flatulência e dor abdominal. Elas passam anos de sua vida submetendo-se a exames invasivos e tratamentos sem sucesso.
Entenda porque isto ocorre!
A permeabilidade é causada por inflamação crônica no trato digestório, que resulta no desenvolvimento de espaços minúsculos entre as células que revestem o intestino delgado. Isso permite que toxinas, bactérias e partículas alimentares não digeridas no quimo intestinal entrem diretamente na corrente sanguínea, sobrecarregando os processos de desintoxicação do fígado.
Essas substancias estranhas podem desencadear uma resposta do sistema imune que, com o tempo, resulta em reações autoimunes aos alimentos saudáveis. Isso, por sua vez, leva a reações inflamatórias crônicas, que podem contribuir para o surgimento de artrite, asma e outras doenças autoimunes. Leva também a deficiências de vitaminas e minerais, mesmo com o consumo de quantidades ideais.
A síndrome da permeabilidade intestinal (Disbiose) é causada, sobretudo, por anos de alimentação incorreta, além do consumo de substâncias tóxicas. Com o tempo, o trato digestivo fica irritado e a ingestão de níveis elevados de açúcar, amidos refinados, toxinas como pesticidas e aditivos alimentícios, bactéria nocivas e medicamentos agressivos rompem a integridade do revestimento intestinal. Um fator muito importante é o uso excessivo de anti-inflamatórios não-esteroides (AIDs), como aspirina ou ibuprofeno.
O que Causa a Disbiose
Sabe-se que as principais causas da disbiose intestinal são o uso frequente e indiscriminado:
↣antibióticos, antiácidos, corticosteroides, laxantes, uma alimentação pobre em fibras e nutrientes, a pouca ingestão de água, má digestão, consumo em excesso de açúcar, gorduras, proteínas e alimentos refinados, estresse crônico e deficiência de vitaminas e minerais.
A disbiose causa alterações da saúde, com contribuição importante no desenvolvimento de processos degenerativos e alterações do sistema imune. As infecções intestinais promovem quadros patológicos.
Uma boa saúde requer uma digestão e absorção apropriada dos nutrientes. As doenças que afetam o “trânsito” intestinal têm uma prevalência elevada na nossa população. Os sintomas digestivos podem ser indicadores de transtornos próprios do intestino ou manifestações de patologias de outros órgãos ou sistemas.
- Os processos de DISBIOSE podem estar associados: a carências de vitaminas (déficit de vitamina B12), à esteatorreia ou ainda a síndromes de mal absorção intestinal, de cólon irritável, más digestões, flatulência, obstipação e diarreia ligeira.
- Também pode estar relacionada com processos patológicos não diretamente intestinais, mas ligados a fenômenos inflamatórios e imunitários, tais como: o eczema atópico, o reumatismo e a fibromialgia entre outros.
- A Disbiose pode produzir um aumento da “permeabilidade intestinal” e ser também causa de intolerâncias alimentares.
Um desequilíbrio quantitativo entre os micro-organismos que constituem a flora saprófita normal, pode dar lugar a disfunções intestinais, que podem afetar a digestão dos alimentos, a sua absorção e o equilíbrio do sistema imunitário intestinal o qual em termos quantitativos é o mais importante de nosso organismo.
A importância da conservação e manutenção da flora intestinal “fisiológica” reside no fato de que esta contribuie para a integridade da mucosa intestinal e favorece a resistência à colonização de germes patogênicos.
Diagnóstico Clínico
⇒A disbiose pode ser diagnosticada com um exame de urina chamado ÁCIDOS ORGÂNICOS URINÁRIOS QUANTITATIVOS.
O diagnóstico da Disbiose embora o exame de fezes seja o método tradicional para diagnosticar a disbiose, existe um aumento de evidências de que a microbiota das fezes não reflete a situação do colón, resultando em um alto grau de falsos negativos e grande potencial de perder situação de disbiose clinicamente significante.
Em adição a uma grande quantidade de informações a respeito do metabolismo humano, a urina contém produtos únicos do metabolismo microbial. Com a exceção do hipurato, os compostos medidos no Perfil Orgânico de Disbiose não são produzidos normalmente por células humanas. Micro-organismos intestinais hostis, contudo, podem fabricá-los em quantidades relativamente altas. Esses compostos são absorvidos do intestino para o sangue e eventualmente aparecem na urina.
⇒Também com exames de fezes específico para Disbiose
O estudo da flora intestinal está classicamente dirigido ao isolamento e identificação da flora patogênica ( Salmonella, Shigella, E.coli patogênicos, etc. Um estudo exaustivo das fezes é uma ferramenta útil e não invasiva para avaliar a saúde do trato intestinal, considerando-se nesta avaliação, o estudo microbiológico, vírico e de parasitas.
A análise microbiológica específica e a determinação da concentração relativa de cada uma das espécies que fazem parte da flora intestinal, a "flora residente” , a "flora transitória” e ocasionalmente a "flora enteropatogénica” , assim como a presença de leveduras podem ajudar no diagnóstico e na resolução de problemas intestinais associados a processos de DISBIOSE.
Para que a função digestiva se conserve normal, bom estado de saúde, é imprescindível que os diferentes gêneros da flora saprófita normal (lactobacilos, bifidobacterias, etc.) estejam numa determinada proporção entre si, quer dizer em equilíbrio, já que cada um deles tem uma função mais ou menos específica a realizar e o déficit de um ou o excesso de outros pode dificultar o funcionamento normal do aparelho digestivo.
Tratamento dessa síndrome exige uma abordagem Multifacetada:
O tratamento é realizado inicialmente com o ajuste da alimentação, inserindo mais fibras e líquidos no dia a dia, além do consumo de probióticos, bacilos intestinais benéficos que restabelecem o equilíbrio.
- Adotar alimentação saudável, a base de proteínas vegetais, legumes, hortaliças e frutas, evitando-se ao máximo produtos industrializados!
- Evitar os alimentos industrializados, ricos em aditivos químicos.
- Retirar GLÚTEN, CASEÍNA, GENISTEÍNA (soja), AMENDOIM, MILHO. Isso reduzirá a inflamação e outros ataques aos tecidos delicados do trato digestivo (que causam o problema inicial) e permitirá que a cura gradual aconteça;
- Evitar alimentos agressivos, como cafeína e álcool, além de medicamentos que possam danificar o intestino, como anti-inflamatórios não hormonais;
- Reduzir as toxinas alimentares por meio da ingestão de alimentos orgânicos;
- Produtos naturais, como por exemplo, o XILITOL, ORÉGANO e TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA MÉDIA -óleo de coco.
- Suplementação de enzimas digestivas é indispensável, pois ajuda a quebrar os alimentos, reduzindo o esforço sobre o sistema digestório;
- Consumir mais fibras, as quais agilizam a movimentação do quimo intestinal e absorvem toxinas;
- Usar probióticos natural (kefir, kombucha) OU manipulado (suplementos compostos por colônias de bactérias saudáveis, lactobacillus, como acidófilos) para auxiliar e semear flora saudável no intestino; Fruto-oligossacarídeos (FOS) alimentos dos probióticos encontrados em alguns alimentos (alho, cebola, chicória, aspargo, alcachofra, alho poró, biomassa de banana verde e batata yacon), pode também ser manipulado junto com os probióticos chamado de simbióticos. Recomenda-se 2 a 5 g de FOS diariamente.
Os probióticos foram descritos por Havenaar et al. Como: “uma monocultura ou uma mistura de culturas de micro-organismos viáveis, a qual, quando aplicada à homem ou animal, afeta o hospedeiro beneficamente melhorando as propriedades da microflora nativa no trato gastrointestinal” (Holzapfel et al, 1998).
A Organização Mundial de Saúde define probióticos como “organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro” (FAO/WHO, 2001).
Ao equilibrar a "flora" intestinal, seja introduzindo micro-organismos inexistentes ou adequando a proporção dos já existentes, os probióticos trazem uma série de benefícios à saúde, entre os quais os principais são (a) o controle de desarranjos intestinais e (b) a melhoria na capacidade do organismo em absorver nutrientes dos alimentos. Há quem liste outros benefícios, mas sua comprovação científica ainda está em curso.
Entre os probióticos mais conhecidos e disponíveis no comércio estão os leites fermentados e os iogurtes naturais. Mas também há probióticos na forma de pó ou cápsulas. Também são probióticos o kefir e o kombucha, em geral produzidos e distribuídos artesanalmente, no Brasil.
kefir de leite (iorgurte natural)
Nestas bactérias estão incluídas as espécies Lactococcus, Lactobacillus, Streptococcus, Leuconostoce Pediococcus. As espécies Bifidobacterium e Enterococcus também estão incluídas neste grupo no que diz respeito a bactérias inoculadas com finalidade funciona
Você Sabia ?
Que o surgimento frequente de infecções no trato urinário e candidíase pode indicar um desequilíbrio entre as bactérias "boas" e "ruins" no intestino, também, conhecido como disbiose?
Hábitos alimentares saudáveis, como o consumo adequado de frutas, verduras, legumes e grãos integrais e redução no consumo de doces, álcool e alimentos industrializados, contribuem para a melhora desse quadro.
"Muitas vezes ficamos anos com alterações e desconfortos intestinais (gases, arrotos, azia, obstipação, diarreia, estufamento, etc) , com infecções recorrentes de urina, de candidíase, alergias diversas pele/ unha/cabelo, espinhas em jovens e adultos, etc. Todavia, pouco se fala dessa alteração da flora intestinal que acarreta como vimos, várias complicações no corpo todo vindo de dentro (intrínseca ) e repletindo por fora, e como já falei não é de interesse da indústria farmacêutica e médica na maioria das vezes corrigir essa alteração, pois pessoas doentes são fortes consumidores de rémedios, gerando bihões para indústria farmacêutica".Triste realidade não é!!. Vamos melhorar a alimentação, tomar probióticos (tem o kefir e kombucha que não tem custo) e muita água, fazer exercício físico regularmente e como consequência tomar menos remédio".
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
Fontes:
http://www.labco.pt/Media/PDF/Disbiose_Intestinal.pdf
http://www.battello.med.br/port/pdf/DisbioseIntestinal.pdf
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