aparências enganam e, por trás de uma bela silhueta, podem estar altos riscos de doenças compatíveis com a obesidade. Algumas das razões seriam altas taxas de gordura, como ela se acumula no corpo e a proporção entre ela e o peso total.
Os aspectos, entretanto, não são avaliados pelo Índice de Massa Corporal (IMC), usado para avaliar perfis nutricionais de populações. Diante disso, o índice, que relaciona apenas peso e altura, não deve, alertam especialistas, ser o único medidor para avaliar um indivíduo. O ideal é aliar a outras ferramentas.Segundo um artigo publicado na revista “Frontiers in Public Health”, em países desenvolvidos, até 90% dos homens, 80% das mulheres e 50% das crianças têm percentual de gordura prejudicial.
⇛ A verdade é que os “falsos magros” podem até ter um IMC na média, mas também podem estar
na faixa de risco. “Quem tem alto índice de gordura visceral ou abdominal tem o mesmo risco de doenças cardiovasculares, diabetes e dislipidemia que obesos.
na faixa de risco. “Quem tem alto índice de gordura visceral ou abdominal tem o mesmo risco de doenças cardiovasculares, diabetes e dislipidemia que obesos.
Dentro de um terno alinhado muitos dirão que você está realmente magro. O problema é que a época é de praia, e desabotoar a camisa para mostrar ao mundo aqueles quilos que teimam em se acumular na barriga acaba sendo constrangedor. Sem meias palavras, você é um típico falso magro.
“Homens com esse tipo de corpo estão com percentuais de gordura acima da média, mas não aparentam. Isso pode ser um risco à saúde. Se isso é um problema para você, invista em alimentação, exercícios e tratamentos estéticos e perca a vergonha de tirar a roupa.
Dieta do falso magro
Como aparentemente está em forma e com a saúde em dia, o falso magro abusa de doces e carboidratos, carnes gordurosas, fast food e bebidas alcoólicas ou açucaradas, além de não consumir legumes e vegetais em quantidade adequada.
O que fazer
• Consuma proteína magra de qualidade como frango, alcatra, maminha e peixes claros. Assim, você aumentará a quantidade de massa magra, ou seja, músculos, e acelerará a queima de gordura.
• Reduza a ingestão de carboidratos simples, como pão e arroz branco, preferindo versões integrais, que aumentam a sensação de saciedade.
• Aumente a ingestão de legumes e vegetais na dieta. As fibras são essenciais para o bom funcionamento do intestino e para diminuir a barriguinha.
• Adicione alimentos termogênicos, como pimenta e cafeína, que podem ajudar a acelerar o processo de queima de gordura.
O que evitar
• Carnes processadas (embutidos) ou muito gordurosas, frituras, doces, chocolates, açúcar, alimentos com alto índice glicêmico e bebida alcoólicas.
Atividade física
O foco não é perder peso. Muito provavelmente o ponteiro da balança não marca mais do que deveria. Seu objetivo é trocar gordura por músculo. Para isso, é importante apostar em exercícios de ganho de massa muscular e em atividades aeróbicas de muito volume e baixa intensidade, para manter a queima de gordura sem emagrecer muito.
“O resultado é que quanto mais massa magra a pessoa tiver mais fácil ficará queimar a massa gorda, ou seja, a gordura localizada. É como se uma eliminasse a outra”, explica Guilherme Luz, professor de musculação.
Resumindo: se você come de TUDO principalmente alimentos calóricos como, derivados de farinha branca, frituras, sorvetes, etc e é magro provavelmente tem alto teor de gordura corporal. O IMC não deve ser o único parâmetro para medir a gordura corporal, sempre necessário utilizar outro método para avaliar a gordura corporal.
Veja os métodos usados para avaliar gordura corporal, sempre com auxílio de profissional
Métodos Indiretos para avaliação da gordura corporal
Pesagem hidrostática
A pesagem hidrostática é considerada padrão outro na análise da composição corporal. Nesse método é considerado que o corpo é dividido em dois componentes, sendo eles: massa de gordura e massa livre de gordura (LUKASKI, 1987).
Sabendo-se o valor da densidade corporal, é possível estimar o percentual de gordura corporal por meio dos modelos matemáticos de Siri (1961)e Brozek et al. (1963).
Tal método é pouco utilizado e de difícil acesso.
Absortometria radiológica de dupla energia (DEXA)
O DEXA é uma técnica de “escaneamento” calculando as atenuações de raios x que passam pelo corpo. O sujeito fica deitado em posição anatômica e o raio x é calculado por um detector de energia.
Se trata de uma técnica não invasiva considerada segura e que separa a composição em três componentes:
- Massa de gordura, massa livre de gordura e massa óssea .
- O custo elevado e a exposição á radiação são fatores limitantes da utilização da técnica.
*Bioimpedância elétrica (BIA), esse método é bastante usado e bem eficaz. Mas tem um custo um pouco elevado.
Esse método se da pela condução de uma corrente elétrica de baixa intensidade pelo corpo. A impedância ou resistência ao impulso elétrico é medido pela bioimpedância. A massa magra é um bom condutor de energia por possuir alta concentração de água e eletrólitos e a massa gorda um mau condutor de energia, pode-se dizer que a impedância é diretamente proporcional ao porcentual de gordura corporal.
Índice de massa corporal
IMC não deve ser o único parâmetro como medidor de gordura corporal. Até porque em pessoas muito gordas não conseguimos medir gordura e músculo.
O IMC é o resultado da divisão do peso corporal, em quilos, pela altura em metros ao quadrado. Nos estudos com população elevada, os valores de IMC são os mais utilizados para a análise da composição corporal, mas sua interpretação no contexto individual deve ser feita com cautela.
O IMC tem por estimativa que quão maior for o resultado no calculo, maior é a quantidade de gordura corporal (GUEDES, 2006).
*Apesar de ser muito utilizado, o método mostra algumas limitações. Pessoas com massa magra muito elevada devido a pratica de exercícios físicos ou muito reduzidas devido a alguma patologia ou acidente, podem alterar o calculo sem que possa ser calculado se ocorreram alterações a nível de massa magra ou gordura corporal.
Dobras Cutâneas
O adipômetro é o aparelho usado para medição. A maior proporção de gordura corporal é localizada no tecido subcutâneo e, dessa forma, a mensuração da sua espessura é utilizada como indicador de quantidade de gordura corporal localizada em determinada região do corpo.
Devido a oscilações do volume de gordura corporal de acordo com a região do corpo, é necessária mensuração das dobras de várias regiões do corpo para um calculo apropriado (GUEDES, 2006).
*Devido a sua fácil utilização e custo mais baixo em comparações a outros métodos, a técnica vem sendo muito utilizado para o calculo da gordura corporal. O tipo de adipômetro utilizado e a experiência do avaliador são determinantes para uma avaliação precisa.
O método é aconselhável para populações menores e tem limitação em pessoas com gordura corporal elevada.
Medidas de perímetros
As medidas de perímetro mais utilizadas na avaliação da composição corporal de crianças são:
- circunferência da cintura e relação cintura/quadril
- A preocupação com tais medidas se da pelo maior risco para saúde relacionada ao acúmulo de gordura nessa região do corpo, independente da idade e da quantidade de gordura corporal total (THOMAS et al., 2004).
*Uma grande limitação para a utilização da circunferência da cintura em crianças é a inexistência de um ponto de corte recomendado mundialmente para avaliar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas.
Relação cintura/estatura
A relação cintura/estatura é calculada dividindo-se a circunferência da cintura (cm) pela medida da estatura (cm). Alguns autores destacam a importância desse calculo para associar o resultado a fatores de risco cardiovasculares em adultos e crianças (LIN et al., 2002; FREEDMAN et al., 2007).
A relação cintura/estatura é um indicador efetivo para mensurar obesidade abdominal e discrimina risco de doença coronariana melhor do que o IMC e a circunferência de cintura.
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