Com os sucessivos apelos da sociedade de consumo, a frutose resultado de sucessivas
hidrólises e tratamentos do amido - na indústria química ( xaropes de amido ricos em frutose) aparece agora como adoçante de algumas bebidas e produtos alimentares.
Digestão e Absorção
A via de metabolização da frutose é bastante complexa. Após a ingestão, a frutose chega ao intestino humano intacta, tal como acontece com a sacarose. O GLUT5 é responsável pela retirada da frutose do lume intestinal , sendo um outro transportador.
Ao contrário da glicose, a frutose entra nas células via transportador GLUT-5,
que não depende da estimulação pela insulina e não está presente nas
células ß do pâncreas e no cérebro, limitando a entrada da frutose
nesses tecidos. No fígado, a frutose é metabolizada em
gliceraldeído e diidroxiacetona-fosfato. Particularmente esses produtos
finais do metabolismo da fruto se podem convergir prontamente na
via glicolítica.
Alguns estudos indicam que, quando a frutose é ingerida em excesso relativamente a outros hidratos de carbono, nomeadamente a glicose, verifica-se uma incompleta absorção , sendo apontados valores de ingestão da frutose entre 0,6 e 2g/Kg/dia, para o aparecimento destes sintomas.
Após a absorção intestinal a frutose é rapidamente captada pelo fígado . A utilização preferencial da
frutose pelo fígado e rim explica-se pela existência nestes órgãos de uma via específica para
o seu metabolismo.O transporte hepático é , em grande parte , feito pelo mesmo sistema de transporte da glicose e galactose.
As vias específicas da frutose supra citadas fazem interferir no rim, fígado e intestino
a ação de três enzimas , sucessivamente a frutoquinase , aldolase B e a trioquinase.
Os principais produtos do metabolismo da frutose no fígado são a Glicose ,o Glicogênio e o Lactato. Uma pequena quantidade é oxidada em dióxido de carbono e corpos cetônicos ou convertida em substrato para a síntese endógena dos triglicerídeos.
Uma dieta rica em frutose quando comparada com uma rica em amido resulta num
significativo aumento dos níveis séricos de colesterol total e LDL causando também
alterações nos níveis de lactato. A maioria dos estudos consultados refere não haver alterações significativas nos valores das HDL.
A frutose é prontamente absorvida e metabolizada pelo fígado humano. Por centenas de anos a quantidade de frutose consumida por dia era equivalente a 16-20 g/dia, principalmente por meio do consumo de frutas frescas.
A ocidentalização das dietas resultou em um aumento significativo no consumo de frutose, levando ao consumo diário de até 85-100 g/dia.
- O xarope de milho é produzido pela isomerização enzimática da dextrose à frutose.
- O consumo de xarope de milho com alto teor de frutose aumentou mais que 1000% entre 1970 e 1990, superando as mudanças na ingestão de qualquer outro alimento ou grupo alimentar. Esse xarope foi feito pela indústria para adoçar inclusive remédios.
"O consumo de frutas e vegetais deve continuar a ser encorajado devido ao seu fornecimento de fibras, micronutrientes (vitaminas e minerais) e antioxidantes, todavia com moderação não devemos exagerar principalmente os diabéticos pelo alto índice glicêmico de algumas frutas. Mas o que mais preocupa nós nutricionistas, são realmente os alimentos industrializados ricos em frutose industrial (aquela produzida em laboratório para adoçar diversos produtos- sucos, bolachas,gelatinas, inclusive remédios).
Cuidado com suco de fruta natural por conter uma grande quantidade de frutose da fruta e sem as fibras .
Cuidado com suco de fruta natural por conter uma grande quantidade de frutose da fruta e sem as fibras .
Resumindo a frutose aumenta as taxas triglicérides no sangue- LDL e Colesterol total. As frutas contém frutose que o corpo consegue metabolizar, agora a do xarope de milho aquele industrial não conseguimos metabolizar.
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n3/a10v18n3.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/64248/5/67500_96-12T_TL_01_C.pdf
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n3/a10v18n3.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/64248/5/67500_96-12T_TL_01_C.pdf
Abaixo vídeos sobre o Assunto
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