quinta-feira, 14 de junho de 2018

Não se engane: o AÇÚCAR pode ter 20 “nomes” diferentes

De frutose à sacarose, o ingrediente pode aparecer com diferentes denominações nas listas dos componentes dos produtos,  muitas vezes os consumidores nem sabem que determinados produtos possuem açúcar, pois não está denominado como tal.

 O açúcar se torna um grande vilão quando o assunto é dieta e alimentação saudável, já que o consumo em excesso do produto pode contribuir com o ganho de peso e aumenta o risco de problemas cardíacos ou diabetes, entre outras.

É difícil se esquivar dele inclusive com bebidas que parecem saudáveis, como é o caso dos sucos: enquanto o consumo de uma fruta não apresenta maiores problemas por conta das fibras, o suco com várias delas pode apresentar níveis estratosféricos de frutose ( a versão mais "natureba" do açúcar) mesmo o das frutas in  natura como o de laranja e uva, agora imagina os sucos artificiais de pacotinho e caixinha vendidos em todos lugares por ai.


Com o objetivo de alertar os consumidores sobre os perigos do excesso de açúcar, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou um material informativo intitulado como “Especial Açúcar que você não vê”. Uma das formas mais comuns de se orientar sobre a presença do açúcar nos produtos é verificar a lista de ingredientes que compõem o alimento. Abaixo o material completo.

O Idec orienta prestar a atenção nas denominações presentes nos rótulos. O açúcar pode ser mencionado de diferentes formas. Conheça os nomes utilizados:


– glucose de milho
– lactose
– xarope de malte
– glicose
– frutose
– néctares
– açúcar cristal
– sacarose
– açúcar invertido
– açúcar de confeiteiro
– açúcar mascavo
– açúcar bruto
– mel
– açúcar branco/refinado
– melaço/melado
– caldo de cana
– dextrose
– maltose e xarope de milho
– xarope de malte
– maltodextrina


Surpreendido(a)?

Agora, o mais importante é ter o conhecimento sobre as diferentes denominações do açúcar e precaver o consumo exagerado. Outro alerta importante do Idec é relacionado à tabela nutricional. No Brasil ainda não é obrigatória a informação referente ao açúcar, que é incluso na tabela como carboidrato, muitas vezes confundindo o consumidor leigo que não sabe o que é carboidrato.

Seja lactose, dextrose, mascavo ou invertido, pessoas que consomem açúcar em excesso tendem a desenvolver as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT),  entre elas está diabetes mellitus, hipertensão, dislipidemia,  síndrome metabólica. Estas enfermidades constituem um dos maiores problemas de saúde pública nos dias de hoje e elevam o número de mortes prematuras ou perda de qualidade de vida.

" O mais preocupante é que crianças cada vez mais estão adquirindo doenças de pessoas adultas/idosas por conta dos maus hábitos alimentares na rotina familiar, pois crianças se alimentam como os pais se alimentam, são reflexo dos pais em tudo". Nós nutricionistas ficamos muito triste com essas estatística que se espalham pelo mundo afora, principalmente em países ocidentais.

 Veja como o açúcar é retido pelo organismo e as consequências:

Fígado – Armazena glicose, e o excesso retido é transformado em gordura. A reserva de gordura causa ganho de peso.

Pâncreas – libera insulina, que auxilia a entrada de glicose nas células. Insulina em excesso favorece o ganho de peso.

Dentes – Bactérias se alimentam de açúcar e produzem ácido que destrói os dentes, provocando cáries.

Cérebro – Na presença do açúcar, deflagra sinais nervosos e libera serotonina, considerada um “boom” de prazer e que causa dependência.

Uma dica importante é reduzir aos poucos a quantidade de açúcar na alimentação para que o paladar se adapte a esta redução. No entanto, é preciso tomar cuidado com os adoçantes, não há evidência que essa substituição traga vantagens para a saúde e, assim, o paladar continua habituado ao sabor adocicado. “Isso estimula as pessoas, principalmente as crianças, a preferir alimentos com sabor mais doce.

O Especial do Idec traz ainda orientações práticas com base nos direitos dos consumidores à informação clara e correta. “Esperamos sensibilizar a todos sobre o tema, destacando orientações que empodere a sociedade a realizar escolhas alimentares mais saudáveis. Veja as dicas abaixo.











São informações didáticas e fácil de entender sendo muito importante para todos nós. Quanto menos açúcar melhor, lembrando que carboidratos simples e complexos se transformam em açúcar também,  assim como algumas bebidas alcoólicas.


Mas e as bebidas alcoólicas? 

Enquanto puras, geralmente não são um problema – pelo menos com relação ao elemento. Quando misturadas com outros tipos, porém, principalmente na preparação de drinks, a história muda um pouco. Então confira abaixo e verifique quanto açúcar você consome quando toma alguma das bebidas listadas:

Gim-tônica

O preparo da bebida consiste em, como o nome indica, misturar gim e água tônica. A parte alcoólica não contém açúcar, porém a água tônica pode chegar a quase 20 gramas, ou pouco mais de 36% do consumo diário recomendado.

Cuba Libre

Bastante conhecida no Brasil, a versão mais comum da Cuba Libre leva rum e coca-cola. Novamente a parte alcoólica não tem qualquer tipo de perigo com relação à quantidade de açúcar, mas o refrigerante é o grande vilão da história e pode contribuir com aproximadamente 27,5 gramas do elemento, ou 55% do consumo diário recomendado.

Vodka com energético
Seguindo o mesmo princípio das duas anteriores, a vodka por si só quase não contém açúcar, mas o energético pode chegar a 11 gramas a cada 100mL, ou aproximadamente 19% do consumo diário recomendado.

Vinho branco

De acordo com o site FatSecret, uma taça de vinho branco com 125 mL contém, em média, 1,4 grama de açúcar, o que corresponde a pouco mais de 2% do consumo recomendado. É natural que esse valor varie de acordo com a marca ou o tipo de vinho.

Vinho tinto

A versão escura da bebida fermentada tem ainda menos açúcar do que o vinho branco: é menos de 1 grama  por taça de 125mL, ou 2% do consumo diário recomendado.

Espumante

A bebida super consumida em baladas e também nas viradas de ano contém, em média, 0,81 grama de açúcar para uma dose de 105mL, ou pouco menos dos 2% do consumo diário recomendado .


*Cerveja

Uma das favoritas entre os brasileiros, a cerveja – em suas versões mais conhecidas: lager e pilsen – não contém açúcar em sua composição, ou seja, se existe algum impacto no consumo diário recomendado, ele é mínimo. Existem, porém, outros carboidratos provenientes dos demais componentes da bebida.

No entanto, é importantíssimo ressaltar que o açúcar não é o único vilão se consumido em excesso: o álcool também pode ser extremamente prejudicial tanto para a dieta quanto, principalmente, para a saúde. Então pegue leve e beba com moderação!




 Fonte: Idec

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