segunda-feira, 16 de julho de 2018

Saiba quais são os principais ALIMENTOS ALERGÊNICOS

A  alergia  alimentar  é  uma  reação  exacerbada  do  sistema   imunológico a certos tipos de alimentos. Em geral, essa reação  é imediata ou de curto prazo e ocorre logo após você ingerir um
alimento  específico.  A  reação  ocorre  quando  seu  sistema  imunológico identifica por engano uma proteína do alimento  como   se   fosse   algo   prejudicial.   O   corpo   reage   liberando   histamina, agindo rápido na intenção de combater o “invasor”.

*A histamina é um mediador das respostas alérgicas que causa vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular (edema) e  contração  da  musculatura  lisa  (tanto  brônquica  como
gastrointestinal).
 Normalmente,  a  alergia  é  a  reação  à  proteína  de  algum  alimento, como: leite de vaca, trigo, soja,  ovo, amendoim, castanhas,  peixes  e  frutos  do  mar.  A  herança  genética,  uma  dieta  com  as  proteínas alergênicas e a incapacidade do trato gastrointestinal em lidar com o nutriente são os fatores mais importantes para  alguém desenvolver alergia alimentar.



Segundo o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar de  2007, estima-se que 6% das crianças menores de 3 anos sejam  alérgicas  a  algum  alimento,  enquanto  que  a  prevalência  em
adultos é de 3,5% – números que ainda estão aumentando até os dias de hoje.


 


*Para  algumas  pessoas,  a  ingestão  ou  contato  com  uma   pequena  quantidade  de  um  alimento  pode  desencadear  sintomas  como  alterações  digestivas,  urticárias  ou  inchaço  visível nas pálpebras, pele e lábios. Em outras, a reação alérgica pode  ser  mais  intensa  e  grave,  atingindo  as  vias  respiratórias  (“edema de glote”).

*O intestino imaturo e o sistema imunológico em formação se  tornam  os  principais  motivos  de  bebês  e  crianças  menores  de  3  anos  serem  a  população  mais  suscetível  às  alergias alimentares.

SAIBA A DIFERENÇA ENTRE ALERGIA E INTOLERÂNCIA ALIMENTAR


Alergia    alimentar    é    dependente    de    mecanismos    imunológicos   mediados   por   IgE   ou   não,   cuja   resposta   ao   alimento é aguda e imediata. O que ocorre é a reação de IgE (anticorpo) com a proteína do alimento (antígeno) ou através de outros  anticorpos  que  também  atingem  células  do  sistema imunológico,  por  exemplo,  mastócitos  e  células  T.  No  entanto,  algumas  pessoas  podem  sofrer  de  reação  alérgica  alimentar  tardia, também mediadas por IgE.
   
 Intolerância  Alimentar  é  um  termo  utilizado  para descrever mecanismos fisiológicos anormais não imunológicos que  ocorrem  quando  um  alimento  ou  aditivo  específico  é ingerido   pelo   indivíduo   intolerante.   As   intolerâncias alimentares são as mais comuns reações aos alimentos.

Elas podem  ser  causadas  por:
  •  reações  tóxicas  (ex.:  aditivos alimentares), 
  • metabólicas (ex.: aminoácidos) 
  • ou farmacológicas (ex.:  teobromina  do  chocolate),  
  • podem  desencadear alterações  não  específicas  no  sistema  digestório,  alterações cutâneas e respiratórias.

A maioria dos estudos atuais aponta que essas reações devem ser mediadas por anticorpos IgG  que  acontece  é  que  tais  componentes  alimentares podem   ultrapassar   a   barreira   intestinal,   cair   na   corrente   sanguínea e aumentar os níveis de anticorpos IgG circulantes, estimular  os  mastócitos  a  liberarem  histamina  ou  ainda  o  próprio   alimento   conter   histamina.  

*Você já deve ter ouvido falar  que,  no  caso  das  reações  alérgicas,  o  mais  comum  é administrar um anti-histamínico para cessar a alergia.

ALIMENTOS QUE PODEM DESENCADEAR ALERGIA ALIMENTAR EM INDIVÍDUOS 

LEITE

A lactose, conhecida como açúcar do leite, é um carboidrato formado por duas moléculas ligadas entre si: a glicose e a galactose. A enzima lactase, que está presente no intestino, rompe essa ligação liberando essas moléculas para serem absorvidas.



A má digestão da lactose ocorre pela redução da capacidade do corpo em quebrar a lactose. Essa condição é chamada na área médica de hipolactasia e causa uma diminuição na produção da enzima chamada lactase. Nos seres humanos essa enzima é geneticamente programada para ser produzida nos primeiros anos de vida, embora existam indivíduos que continuem produzindo lactase até a idade adulta. Essa redução da enzima lactase (a hipolactasia) é a causa da intolerância à lactose.

*A intolerância à lactose acontece quando a atividade da enzima lactase é reduzida na parede do intestino delgado e, por isso, o indivíduo tem sintomas abdominais após a ingestão de alimentos ricos em lactose, como por exemplo o leite de vaca e todos os seus derivados.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE?

Os principais sintomas da intolerância à lactose incluem:
  • flatulência, dor e distensão abdominal, e diarreia. 
Eles são causados pela lactose não digerida que passa do intestino delgado para o cólon. Aqui, as bactérias presentes  fermentam o açúcar não absorvido, produzindo alguns componentes, como
ácidos graxos de cadeia curta e gases (dióxido de carbono, hidrogênio e metano).

A produção de gás é o que resulta em flatulência, distensão abdominal e dor. Além disso, a lactose que não foi absorvida também tem um efeito osmótico no trato gastrointestinal, ou seja, move o líquido de fora do intestino para dentro, causando a diarreia.

CONSEGUIMOS DIGERIR A LACTOSE EM ALGUM MOMENTO DA VIDA?

Durante a amamentação nós somos capazes de digerir a lactose, mesmo porque ela se encontra no leite materno e é essencial para o desenvolvimento do bebê. Após o desmame, ocorre uma redução da atividade da lactase que, ao que parece, é programada geneticamente na maioria das populações do
mundo, mas o motivo de isso acontecer ainda não é claro.

Além disso, o grau de intolerância pode variar e acontecer em diferentes fases da vida. Por exemplo, aos 18 anos o intestino de uma pessoa pode reduzir ou mesmo cessar a produção de lactase, entretanto pessoa outra poderá ingerir leite e derivados o resto da vida normalmente.

Os produtos lácteos variam entre si quanto ao teor de lactose. Vale a pena pesquisar qual o teor do açúcar nos produtos que você e avaliar quais estão causando mais ou menos sintomas.

TODOS ESTÃO GENETICAMENTE PREDISPOSTOS À INTOLERÂNCIA À LACTOSE?

Chama a atenção a estimativa de que 57% dos brasileiros brancos e mulatos possuem o gene da hipolactasia primária, podendo ocorrer em até 80% dos negros e 90% de asiáticos (japoneses e chineses). Por isso, uma quantidade de pessoas considerável tem a predisposição de desenvolver a intolerância à lactose e muitos ainda tem pouca informação sobre o assunto.

Existe outra condição em que a intolerância à lactose surge por causa de doenças intestinais que é o caso das enterites infecciosas- doenças inflamatórias intestinais:
  •  Doença de Crohn e Síndrome do Intestino Irritável, diverticulite, doença celíaca e até mesmo anemia.
*Essa é a hipolactasia secundária, que é uma condição transitória e reversível. A deficiência congênita ocorre quando a criança já nasce sem condições de produzir lactase. É uma forma rara, mas que pode colocar a vida do bebê em risco se não detectada a tempo.

COMO É O DIAGNÓSTICO DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE?
  • O médico é o responsável pelo diagnóstico de intolerância à lactose. Além de utilizar a avaliação clínica, ele pode optar por outros tipos de exames.
  • É possível fazer exame de dosagem de lactase na parede do duodeno, um exame extremamente sensível e preciso, mas invasivo e, por isso, incomum.
  • Avalia-se também a capacidade de digestão de lactose por um teste oral, no qual o paciente ingere uma quantidade do açúcar e a glicemia é dosada antes e depois. Se o indivíduo for capaz de digeri-la, a glicemia aumenta em 20mg/dL.
  • A dosagem de hidrogênio emitido através da expiração também é uma forma de diagnóstico. A fermentação da lactose pelas bactérias aumenta a produção de hidrogênio, que será absorvido pelo intestino e parcialmente eliminado pelos pulmões.
COMO É O TRATAMENTO DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE?

Uma vez diagnosticada a intolerância, o médico e o nutricionista são os profissionais de saúde que poderão lhe ajudar a organizar o cardápio necessário para sua dieta. Alguns itens deverão ser retirados no início e, posteriormente, podem ser reintroduzidos após avaliação médica.

Inserir alimentos fontes de cálcio e de proteína é uma das prioridades. Agrião, espinafre, rúcula, brócolis, couve, gergelim, amêndoas e aveia são algumas delas. Segundo estudos científicos, alguns probióticos são capazes de modificar a flora intestinal, aumentando a produção de lactase e favorecendo a digestão de produtos lácteos.

Uma outra possibilidade é a ingestão de complementos feitos com a enzima lactase.De qualquer forma, não retire o leite e seus derivados por ter se identificado com os sintomas descritos aqui.

Aqueles que após alguns testes alimentares notarem que realmente não podem consumir leite e derivados, devem buscar as boas fontes de cálcio que não contenham lactose. É o caso da couve, gergelim, aveia e amêndoa. Veja abaixo os valores do mineral nos alimentos:

Agrião (100g) – 133mg
Couve manteiga refogada (100g) – 177mg
Tofu (100g) – 81mg
Lentilha seca crua (100g) – 54mg
Aveia flocos (100g) – 48mg
Ovo de galinha cozido (100g) – 49mg
Gergelim (100g) – 825mg
Amêndoa (100g) – 237mg

  • É preciso verificar se não há alimentos na sua dieta que agem como “ladrões de cálcio”. Excesso de ácido oxálico, por exemplo, prejudica a capacidade do organismo em absorver o mineral. Podemos encontrá-lo na beterraba, no espinafre e na acelga.
  • Consumir muita carne, tanto vermelha quanto branca, também não é uma atitude adequada, pois elas contêm muita proteína que estimula a eliminação do cálcio pela urina.
  •  O mesmo acontece com outro mineral: o sódio. Cálcio e sódio “disputam” espaço nas células. Assim, quem é adepto a uma dieta rica proteínas e sódio corre o risco de desenvolver deficiência do cálcio em seu organismo sendo necessário equilibrar a dieta com ajuda de um profissional.
  • A cafeína presente no café e refrigerante também contribui para a retirada do cálcio dos ossos.
  • Os dentes e o esqueleto são o maior depósito desse mineral no organismo. Assim, caso agentes antinutricionais forem consumidos em excesso, o cálcio terá que ser retirado desses depósitos para manutenção dos níveis ideais no sangue.
  • Proteínas  do  soro  do  leite  (whey  protein)  podem  não  conter  caseína,  mas  contêm  as  outras  proteínas  e  isso  não  vem  descrito no produto.
Veja na tabela abaixo, qual a quantidade recomendada para ingestão de cálcio:

Adultos (19-50 anos)
– 1000mg/dia
Lactentes
– (0-6 meses) – 300mg
– (7-11 meses) – 400mg
Crianças
– (1 a 3 anos) – 500mg
– (4 a 6 anos ) – 600mg
– (7 a 10 anos) – 700mg
Gestantes
– 1200mg
Lactantes
– 1000mg

O baixo consumo de cálcio pode dar espaço para diversas deficiências no futuro. Uma delas é a osteoporose, doença que acelera a perda de massa óssea, o que aumenta as chances de fratura. Assim, uma atenção especial deve ser dada ao consumo do cálcio, em especial para os alérgicos ao leite e intolerantes à lactose.

Você tem intolerância à lactose ou alergia ao leite? Se tiver qualquer dúvida, consulte seu nutricionista ou médico de confiança. Eles saberão qual a quantidade certa de cálcio que você deve ingerir, seja na forma de suplementos ou nos alimentos que formam sua dieta!

Resumindo, o leite é um dos alimentos que mais causam alergias alimentares. Possui  três  principais  alérgenos: 
  • caseína,  alfa-lactoalbumina  e  beta-lactoglobulina.  
  • Rinite,  coceiras  na  pele  e  distensões abdominais são os sintomas mais frequentes.
Para  muitos  bebês  o  leite  de  vaca  é  introduzido  desde  cedo  em  fórmulas  infantis  em  substituição  ao  leite  materno.  Essa   introdução   prematura   pode   desencadear   o   processo  
alérgico    em    indivíduos    predispostos.    Recentemente,    foi    divulgado o dado de que no Brasil cerca de 350 mil crianças sofrem  com  alergia  à  proteína  do  leite  de  vaca,  também  conhecida como APLV.


TRIGO

    Esse  alimento,  que  faz  parte  frequente  da  dieta  da população brasileira, está presente em diversos produtos como: pães,   massas,   bolos   e   biscoitos   e   contém   uma   série   de   proteínas identificadas como causadoras de alergia. Entre   estas   proteínas,   a   gliadina   é   uma   das   principais responsáveis pelas reações alérgicas mais severas, cujos  sintomas  podem  incluir  rinite,  asma,  urticária  e  até  anafilaxia.


Seja na forma de pães, massas, biscoitos, salgados, tortas, cereais  matinais  ou  mesmo  bebidas  como  cervejas,  o  contato  com  o  glúten  aumentou  drasticamente  nos  últimos  40  anos
juntamente com o consumo de carboidratos. Coincidência   ou   não,   após   tal   mudança   no   hábito   alimentar,    houve    um    aumento    de    casos    das    doenças    relacionadas  ao  glúten:  a  doença  celíaca,  a  sensibilidade  ao glúten não celíaca (ou intolerância ao glúten) e a alergia ao trigo.

    O glúten, que é um composto de proteínas encontrado no trigo, centeio e cevada, por sua vez é causador de vários tipos de  hipersensibilidade  não  imediatas  (como  a  doença  celíaca),  diferentes  da  alergia  ao  trigo.  Embora  o  termo  “alergia  ao  glúten”  não  seja  tecnicamente  adequado,  muitas  pessoas portadoras  de  doença  celíaca  ou  sensibilidade  ao  glúten  o utilizam  para  facilitar  a  explicação  sobre  sua  condição.  Há  debates  entre  pesquisadores  sobre  a  relação  entre  as condições de hipersensibilidade ao glúten e a alergia ao trigo.
   
O trigo é fundamental para conferir textura, sabor e maciez aos produtos de panificação e massas. Mas hoje, a variedade de farinhas   disponíveis   no   mercado   é   enorme   e   é   possível  
substituí-lo. Você as encontra facilmente em lojas de produtos naturais e supermercados.

DOENÇA CELÍACA

    Muitos  indivíduos  celíacos  acabam  se  referindo  à  sua doença  como  “alergia  ao  glúten”,  termo  que  não  é tecnicamente  correto,  porém,  exime  o  portador  de  longas   explicações acerca da sua condição. No caso da doença celíaca, existe uma resposta autoimune ao glúten quando este entra em contato com o intestino. Aqui, os  sintomas  desencadeados  são  relacionados 
à  morfologia  e  digestão,  podendo  o  indivíduo  desenvolver  diarreia,  danos  à  parede     do     intestino,     síndrome     de     má     absorção     e,     consequentemente, desnutrição – diferente dos sintomas da alergia ao trigo.

INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN

    Também chamada de sensibilidade ao glúten não-celíaca a  intolerância  ao  glúten  ocorre  quando  as  possibilidades  de doença celíaca e de alergia ao trigo foram descartadas. Ou seja, o médico analisou todos os sintomas e exames clínicos, e então diagnostica  uma  sensibilidade  ou  intolerância  à  proteína, provavelmente devido à exposição frequente ao trigo e demais
cereais.
    A intolerância é decorrente da má digestão do glúten, que é  composto  de  uma  mistura  de  proteínas  longas  (gliadina  e  glutenina), cujos restos podem se alojar na parede do intestino.
É  considerada  uma  condição  mais  recente,  cuja  prevalência  está  entre  6  a  10%  da  população  e  a  manifestação  são sintomas intestinais e que melhoram, ou mesmo desaparecem, após a retirada do glúten, mesmo em indivíduos com intestino saudável  e  que  não  apresentaram  nos  exames  clínicos  os mesmos       anticorpos       (antiendomísio,       antigliadina       e       antitransglutaminase) presentes nos celíacos.

ALERGIA AO TRIGO

    Ela  ocorre  da  seguinte  forma:  o  glúten  é  uma  molécula complexa,  formada  por  diversas  unidades  proteicas.  No  trigo,  por exemplo, as principais são a glutenina e a gliadina. Quando
entram em contato com água, essas proteínas se relacionam e formam uma rede complexa, que é o glúten. O organismo de algumas pessoas considera essa proteína uma ameaça e neste caso,  a  gliadina  pode  ser  o  “gatilho”  que  reage  com  a imunoglobulina  E  (IgE),  causando  uma  reação  alérgica  típica  que desencadeia sintomas como rinite, asma, urticária, e em alguns casos mais graves, anafilaxia

OVO

 De todos os alimentos que ingerimos, o ovo é o que nos fornece as proteínas mais completas, além de fornecer gorduras, vitaminas e minerais. No entanto, é o segundo maior causador de alergias alimentares, perdendo apenas para o leite de vaca.

A alergia alimentar é caracterizada por uma hipersensibilidade individual a uma ou mais proteínas que compõem determinados alimentos que após absorção, desencadeiam reações dependentes de mecanismos imunológicos.

A clara de ovo é mais reconhecida por conter as proteínas alergênicas, no entanto, a gema também pode apresentá-las, uma vez que é quase impossível separar a gema e a clara completamente.
Veja quais são:
Clara
Albumina
Ovalbumina
Ovomucoide
Ovotransferrina
Ovomucina
Lisozima

Gema
Lipovitelina
Fosvitina

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sintomas da alergia ao ovo podem ser leves até mais graves (anafilaxia). Os sinais mais comuns podem ocorrer na pele (urticária, coceiras, eczema, inchaço visível nas pálpebras, pele e lábios), no sistema respiratório (tosse seca e constante, espirros, secreção e congestão nasal, dificuldade na respiração) e no trato gastrointestinal (dores abdominais, diarreias, náuseas e vômitos).

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
A determinação da IgE específica auxilia apenas na identificação das alergias alimentares imediatas, mediadas por IgE, ou nas reações mistas. Os testes cutâneos são simples e rápidos,
e avaliam a sensibilização aos alérgenos. Um médico especializado é capaz de interpretar corretamente os resultados.

Já os testes de provocação oral são considerados fidedignos para estabelecer o diagnóstico de alergia alimentar. Aqui o paciente recebe uma oferta de alimento alergênico ou placebo em doses crescentes e intervalos regulares, sob supervisão médica, com constante monitoramento de possíveis reações
clínicas.
TRATAMENTO
A alergia a ovo é tratada com a exclusão do alimento na dieta e de produtos alimentícios feitos com ovos.

Estudos têm mostrado que muitos indivíduos com alergia ao ovo, mediada por IgE, podem conseguir tolerar o alimento na forma cozida. A explicação é que com o cozimento as proteínas mudam de configuração e deixam de ser alergênicas para o organismo. No entanto, tais exposições nunca devem ser feitas sem acompanhamento médico em crianças diagnosticadas com a alergia.
Um dos pontos de atenção para os alérgicos ao ovo, principalmente para os pais destes, são as vacinas, pois algumas são produzidas com proteínas do ovo. Entre elas estão:
  •  a trípliceviral (sarampo, caxumba, rubéola), cuja quantidade é muito pequena,
  •  a anti-influenza e o imunizante contra febre amarela.
Tais vacinas são contraindicadas dependendo da quantidade de proteína do ovo presente e da história de reações anteriores. No entanto, elas poderão ser administradas, mas sob supervisão médica por até 30 minutos após a tomada. Se você ou seu filho são alérgicos a ovos, informe isso ao médico antes de receber a vacina.

COMO POSSO PREVENIR A ALERGIA AO OVO?

-A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até seis meses para prevenir o desenvolvimento de alergias alimentares, incluindo a alergia a ovo.

-Grávidas e lactantes não devem restringir seu consumo para preveni-la.

-Recomenda-se que os ovos sejam introduzidos na dieta da criança somente após os 2 anos. Logo, evite oferecer à criança os alimentos que provavelmente terão ovos acrescidos, por fazer parte dos ingredientes da receitas:

 Produtos de panificação 

(brownies, cookies, bolos, muffins, tortas e alguns cremes);
Salgados e empanados de lanchonete;
Nuggets;
Cremes, pudins e sorvetes;
Massas com ovos na composição (olhe o rótulo);
Marshmallows, marzipan, nougat;
Maionese (algumas no mercado são sem ovos, verifique o rótulo);
Panquecas e waffles;
Molho tártaro.

A leitura dos rótulos é uma parte importante e deve se tornar um hábito na vida do alérgico ou dos pais de alérgicos. Não é tarefa fácil decifrar tudo o que vem escrito na composição, mas fique atento a estes ingredientes:

  • Binder;
  • Coagulante;
  • Emulsionante;
  • Albumina (proteína do ovo);
  • Globulina/Lecitina (se estiver especificado que é soja, sem
  • problemas);
  • Livetin/Lisozima;
Qualquer palavra que comece com ovo: ovalbumina, ovoglobulina, ovomucina, ovomucoide, ovotransferrina e ovovitelina; Simplesse (substituto de gordura à base de leite e ovo); Vitelina.

Ovos representam uma fonte de alimento muito importante, especialmente para idosos, gestantes, crianças a partir de certa idade, atletas e pessoas debilitadas. Converse com seu médico ou nutricionista sobre a suspeita de alergia em você ou no seu filho para que eles possam auxiliar da melhor maneira possível a diagnosticar corretamente essa condição e a lidar com a situação.
    Por ser considerado um alimento quase completo, quando for necessário substituí-lo, é importante proporcionar à criança uma  alimentação  muito  variada,  rica  em  vegetais,  frutas  e  outras fontes de proteínas, como carnes, aves, feijão e lentilha.

Em receitas de bolos e biscoitos, é possível substituir o ovo (ou  a  clara)  por  um  gel  feito  a  partir  da  semente  de  linhaça  como ensinado abaixo:

                                              SUBSTITUINDO OS OVOS NA RECEITA

 
É possível substituir os ovos nas preparações. Veja as sugestões abaixo que equivalem para um ovo:
  • 1 colher de sopa de linhaça de molho em 3 colheres de sopa de água por quinze minutos.
  • Utilize o gel que se formou.

 SOJA

Considerada um alimento saudável, a soja é bastante indicada para adultos, mas não se pode dizer o mesmo quando tratamos de crianças. A alergia isolada à soja ocorre com baixa frequência nos pequenos com até três anos de idade (menor que 1%) e costuma desaparecer até os dez, no entanto, em torno de 11% a 14% das crianças com APLV (IgE mediada) podem apresentar reação à soja, por isso é preciso estar sempre atento aos sinais e sintomas após sua ingestão.


*Crianças diagnosticadas com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), muitas vezes recebem como substitutos na alimentação as bebidas a base de soja. No entanto, por causa desse risco de sensibilização à soja, essa introdução deve ser sempre discutida com um especialista para compor a dieta mais recomendada para essa faixa etária.

*A soja é um alimento com fatores antinutricionais, não pode e nem deve consumi-la crua (snack). Para melhor aproveito o ideal é consumi-la fermentada como os japoneses consomem.

ALERGIA A SOJA DESCOBRI APLV EM MEU FILHO - POSSO OFERECER LEITE DE SOJA?

O tratamento para a APLV será a exclusão total do leite e seus derivados e a utilização de substitutos adequados. A escolha depende da idade da criança, do tipo de manifestação clínica (IgE mediada ou não), aceitação, composição nutricional e custo.

É estabelecido pela Organização Mundial da Saúde que todos os bebês recebam exclusivamente o leite materno até os seis meses de idade, no mínimo. Após essa fase eles passam a receber outros tipos de alimentos, os quais não deveriam incluir o leite de vaca e as bebidas de soja.

A Sociedade Brasileira de Pediatria considera que alimentos à base de soja não são os mais adequados para as crianças com até dois anos de idade, por serem nutricionalmente incompletos
e com potencial alergênico, podendo, inclusive, causar deficiência nutricional no bebê.

Assim como o leite de vaca, seu teor de proteína é alto e a mucosa intestinal ainda em desenvolvimento do bebê não está apta a digerir moléculas tão grandes. Para aqueles que apresentam alergia à soja, o consumo pode provocar as seguintes reações:
  • Formigamento na boca;
  • Urticária, coceira, eczema;
  • Inchaço dos lábios, rosto, língua e garganta, ou também outras
  • partes do corpo;
  • Secreção nasal, dificuldade para respirar;
  • Dor abdominal, diarreia, náuseas ou vômitos;
  • Vermelhidão da pele (rubor).
  • Reações alérgicas graves (anafilaxia) à soja são raras.
FÓRMULAS INFANTIS DE SOJA X EXTRATO DE SOJA


As fórmulas infantis são feitas com a proteína isolada da soja e são acrescidas de nutrientes essenciais. Não possuem lactose, importante para indivíduos com intolerância ao açúcar, nem sacarose. Tudo o que é obtido diretamente do grão da soja não é um produto completo nutricionalmente. Por exemplo, o extrato de soja apresenta deficiência de gorduras, carboidrato, além de não conter o cálcio, mineral tão essencial nessa fase da vida. 

*O médico pode sugerir fórmulas infantis com proteínas extensamente hidrolisadas ou aquelas que são compostas por aminoácidos livres. São mais caras que as outras.

SOBRE ALIMENTOS A BASE DE SOJA

A soja é altamente proteica, sendo que quase metade da sua composição é de proteínas (48%). No entanto, seu conteúdo de metionina – importante aminoácido para auxiliar na redução do colesterol sanguíneo e na limpeza de substâncias tóxicas alojadas no fígado – é baixo, o que limita o seu valor nutricional.

O processamento da soja em farinha faz com que sua digestibilidade fique melhor, pois destrói parte dos fatores antinutricionais, como inibidores de enzimas digestivas e lecitinas.
Por ser um grão com produções enormes no Brasil, ele acaba sendo incluído em diversos alimentos: 
  • bebidas, iogurte,chocolate, cereais, sorvetes, entre outros. 
  • Rações contendo soja também são oferecidas na pecuária.
  •  Assim, mesmo sem oferecer o “leite” de soja para a criança, é importante ficar atento aos alimentos que podem conter traços de soja. 

Veja uma lista de produtos à base de soja que separamos para você ou que incluem o grão entre os ingredientes:

Edamame (grãos imaturos de soja)
Miso (pasta de soja fermentada)
Natto (soja fermentada)
Molho shoyu (molho feito a partir da soja fermentada – contém trigo)
Tamari (molho feito a partir da soja fermentada – não contém trigo)
Farinha de soja
Grãos de soja
“Leite” de soja
Sucos diversos
Iogurte de soja
Queijo de soja (tofu)
Proteína de soja
Tempeh (fermentado de soja semelhante a um queijo)
Proteína vegetal texturizada (PVT)
Assados (pães, biscoitos e massas)
Temperos prontos industrializados
Cereais
Barras de cereais e de proteína
Fórmulas infantis
Óleo vegetal de soja
Proteína vegetal hidrolisada (HVP)
Margarinas
Chocolates
Produtos com “lecitina de soja”
*Leia sempre os rótulos, pois a soja pode não estar nos ingredientes, porém, no rótulo pode ser feito um alerta que “contém soja”. Isso acontece, pois em algumas fábricas os produtos sem soja podem ser processados naquelas máquinas em que passaram alimentos à base do grão, causando contaminação cruzada.


AMENDOIM

O amendoim é um dos principais alimentos relacionados a manifestações alérgicas. Com início geralmente na infância, a alergia ao amendoim comumente associa-se a outras manifestações
atópicas e à anafilaxia. É tipicamente mediada por IgE, com manifestação clínica ocorrendo de minutos até duas horas após a ingestão do alimento.


*Os sintomas são comuns às outras alergias alimentares, porém, é um dos alimentos que mais causam reações fatais ou quase fatais. A exposição a quantidades muito pequenas de amendoim pode causar reações imediatas, como:
  •  vermelhidão, coceira e inchaço na pele e, em casos mais graves, náusea, falta de ar e perda de consciência. A maioria das reações envolvem:
  • Pele (urticária e angioedema);
  • Sistema respiratório (chiado, dispneia, tosse);
  • Gastrointestinal (diarreia, vômitos).
Em situações mais graves, a reação alérgica ao amendoim pode causar anafilaxia, reação potencialmente fatal que pode requerer a aplicação de epinefrina (adrenalina) de acordo com
a orientação e prescrição médica recebida, ou em atendimento de emergência por profissional da saúde. 

ALERGIA A AMENDOIM COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

Caso suspeite que você ou seu filho sejam alérgicos ao amendoim, preste atenção nos sintomas e relate-os ao médico alergista ou pronto socorro. Ele vai lhe questionar a quantidade ingerida, as reações que aparecerem, em quanto tempo os sintomas apareceram e depois desapareceram, além do histórico familiar.

A dieta de eliminação, aquela em que o alérgeno suspeito é eliminado da alimentação por um período, é uma opção. Se os sintomas melhorarem, é provável que exista uma alergia ao alimento.
Do contrário, o médico pode sugerir o teste de provocação oral, considerado padrão ouro para diagnóstico.

COMO PREVENIR AS REAÇÕES ALÉRGICAS

A alergia ao amendoim pode desaparecer ou pode continuar para toda a vida, dependerá da predisposição genética ou forma de sensibilização: época, quantidade consumida, via (pele ou sistemas respiratório e digestivo), modo de processamento, entre outros. Cerca de 20% das pessoas podem superar a alergia quando adultos.

*Diferente das amêndoas, castanhas e nozes, os amendoins crescem rasteiros, no subsolo, e fazem parte de uma família que não são as oleaginosas: as leguminosas. Exemplos de outras leguminosas
são feijões, ervilhas, lentilhas e soja. Mas ser alérgico a um não necessariamente aumenta a possibilidade de ser ao outro, pois os alérgenos são diferentes. "Erroneamente as pessoas confundem a família do amendoim, o amendoim pertencem à família do feijão (leguminosas) e não das castanhas (oleaginosas)".

-Tanto que a ingestão de proteínas provenientes de outras leguminosas, como a soja, não é fator de risco para o desenvolvimento de alergia ao amendoim.
-Se as proteínas do amendoim estão presentes no ar, podem afetar as pessoas que são sensíveis, ou seja, é possível a sensibilização por via respiratória, por pólen de bétula e gramíneas, devido à presença de componentes semelhantes em ambas as fontes.
-Para evitar uma reação alérgica, é preciso evitar produtos à base de amendoim. Sendo assim, é importante sempre ler os ingredientes disponíveis nos rótulos para identificar se há ou não a presença do alérgeno. 

É importante também atentar aos dizeres fora dos ingredientes, pois estes podem indicar a presença
de traços de amendoim no produto. Alguns alimentos devem ser evitados ou ter seus rótulos
verificados com rigor. São eles:
  • Alimentos assados (bolos, biscoitos);
  • Farinha de amendoim;
  • Manteiga de amendoim;
  • Barras de cereais;
  • Chocolates;
  • Cereais matinais;
  • Algumas saladas podem conter amendoim como componente;
  • Sobremesas congeladas.
Vestígios de amendoim podem causar uma reação alérgica e esse cuidado deve ser tomado principalmente com crianças. Normalmente, as reações são menos graves, mas áreas como olhos, nariz ou boca, que possuem mucosas e são muito irrigadas, tendem a desencadear reações mais agudas. 

Portanto, ao notar que a criança tocou em algo que pode conter amendoim leve-a para lavar as mãos ou, se for uma criança maior, oriente-a a sempre lavar as mãos quando for à cozinha, lanchar com os amiguinhos, e outras situações.

PEIXES E FRUTOS DO MAR

Quem é que não gosta de sentar na beira da praia e pedir um prato delicioso com camarão do restaurante especializado em frutos do mar? 

Para algumas pessoas isso é possível nas primeiras vezes, mas depois passam a reagir ao alimento, causando sintomas como dificuldade na respiração ou erupções na pele. Para outras, isso não é um problema e elas podem comer normalmente crustáceos e afins.

Os crustáceos (camarão, caranguejo, lagosta) são causa frequente de reações alérgicas alimentares. Podem ser IgE mediadas ou não, sendo que os pacientes alérgicos apresentam sensibilidade para a tropomiosina, proteína que responde pela alergia a camarão, principalmente.


Um fato interessante é que algumas proteínas são alergênicas apenas para determinadas espécies. Nós, seres vertebrados, também possuímos a tropomiosina, proteína que faz parte do processo de contração muscular. Porém, para os seres humanos, a tropomiosina dos invertebrados é alergênica, causando reações adversas.

*Diferente das alergias por leite de vaca, ovo, trigo ou soja que, geralmente, aparecem até os 2 anos de idade e desaparecem na infância tardia, a alergia aos crustáceos surge mais frequentemente na idade adulta e é por toda a vida.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

O padrão de sintomas pode ocorrer imediatamente ou em um período de até 2 horas. Aqueles que reagem aos crustáceos podem ter os seguintes sintomas:
  • Urticária;
  • Sensação de mal estar;
  • Inchaço nos lábios, nos olhos, na boca;
  • Reações graves como a anafilaxia (conjunto de sintomas que pode levar à morte).

A alergia a crustáceos chama a atenção devido à intensidade da reação alérgica, pois tendem a ser particularmente graves. Normalmente, quem é alérgico a um tipo de crustáceo desenvolve intolerância aos outros também. A isso se dá o nome de reatividade cruzada. As reações cruzadas ocorrem quando duas proteínas alimentares de dois alimentos diferentes são, digamos, “semelhantes”. 

Essa condição faz com que um indivíduo que desenvolveu alergia ao camarão, tenha a outros crustáceos e também (vejam só!) a ácaros e baratas. Caso ele respire a poeira do ar de casa
que contenha restos de ácaros e baratas, a inalação dessas partículas pode fazer com que ele tenha uma reação alérgica, como se estivesse comendo o próprio camarão.

 Assim como a reatividade cruzada aparece também quando a pessoa ingere caranguejo e lagosta. Por isso, médicos orientam que aqueles que já tiveram reação a um tipo de crustáceo, evitem também os demais e, é claro, ambientes empoeirados.

COMO FAÇO O DIAGNÓSTICO?

Normalmente a pessoa descobre sua alergia enquanto está comendo. Por serem reações mais exacerbadas e que ocorrem na pele e vias respiratórias, fica na lembrança. Se tiver alguma
dúvida, converse com seu médico, descreva seus sintomas, e então, ele solicitará os exames necessários.

TODOS QUE SÃO ALÉRGICOS AOS CRUSTÁCEOS SERÃO AOS PEIXES TAMBÉM?
As proteínas de ambos os alimentos são diferentes, por isso, o fato de ter alergia a um não indica problemas para ingestão do outro. 

O problema pode estar na forma em que cada um é preparado. Quando for a um restaurante e pedir um peixe frito, por exemplo, pergunte se o mesmo é preparado no óleo do camarão, caso você a seja alérgico à crustáceos. Se sim, tal situação configura uma contaminação do alimento e pode resultar
em reação alérgica.

E QUANDO NÃO SOU ALÉRGICO À TROPOMIOSINA, MAS NÃO TOLERO CAMARÃO?

Existem alguns aditivos alimentares utilizados para conservar frutos do mar.
  •  É o caso do bissulfito de sódio (ou metabissulfito de sódio). As reações adversas aos aditivos alimentares são raras (abaixo de 1%), mas os sulfitos* são entre os que mais implicam em reações, como a asma, por exemplo.
*Sulfitos são aditivos alimentares utilizados para evitar a melanose, processo de escurecimento natural que ocorre nos crustáceos. Embora não seja nocivo, os consumidores rejeitam crustáceos nessas condições, pois relacionam a um produto deteriorado. Assim, acrescenta-se o sulfito para evitar o escurecimento

.
COMO PREVENIR REAÇÕES ALÉRGICAS GRAVES?

  • Sempre leia rótulos de ingredientes para identificar os provenientesdo mar.
  • Não frequente mercados de peixes, principalmente o setor de crustáceos. A proteína pode estar no ar e causar reação alérgica.
  • Evite restaurantes de frutos do mar. Mesmo que vá para comer uma carne, é possível que tenha ocorrido contato entre pratos e talheres.
  • Não fique próximo às áreas de cozinha. A proteína se concentra no vapor liberado durante o cozimento.

Aqui fica o maior alerta: se em algum momento você percebeu os sintomas de reação alérgica ao camarão e outros crustáceos, além de peixes, não tente ingeri-los novamente. Os sintomas podem avançar de leve a moderado no início, para uma anafilaxia grave. Procure um médico e descreva-os, assim, o profissional saberá qual a melhor conduta a seguir

Alergia a peixes e frutos do mar (camarão, siri, caranguejo, lagosta, lula, marisco, mexilhão) são frequentes em crianças e adultos.  Especialistas  sugerem  que  a  ingestão  pela  mãe durante  a  gestação  e  a  amamentação  pode  sensibilizar  mais  facilmente o bebê. 

*Embora   os   sintomas   sejam   semelhantes   aos   outros   alimentos,  estão  entre  os  que  ocasionam  as  reações  mais severas.  
  • Podem  ocorrer  inchaço  nos  lábios,  faringe,  laringe  (edema  de  glote),  urticária  (erupções  vermelhas  na  pele)  e coceiras.
Além  do  cuidado  de  não  ingerir  alimentos  processados  feitos com peixes e frutos do mar, questione em restaurantes e lanchonetes  se  a  batata  ou  a  mandioca,  por  exemplo,  foram  fritas no mesmo óleo desses alimentos.

SOCORRO RÁPIDO em casos de alergia alimentare

    Uma  reação  alérgica  grave  pode  ocorrer  mesmo  que  a pessoa nunca tenha tido qualquer sintoma anteriormente.

No caso  de  uma  anafilaxia  (ou  choque  anafilático),  as consequências mais perigosas são o edema de glote e a falta de oxigenação,   necessitando   de   tratamento   com   adrenalina,   corticoides, bronco-dilatadores ou anti-histamínicos. Independente  da  gravidade  de  sua  alergia  ao  alimento,  pesquise   sempre   o   que   está   ingerindo.   


Fonte: AS PRINCIPAIS ALERGIAS ALIMENTARES EXPLICADAS - UMA VISÃO GERAL EM 12 ARTIGOS
Att, Nutricionista Giselle Barrinuevo

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