terça-feira, 24 de julho de 2018

Você sabe quais os critérios para uma pessoa ser considerada ALCOÓLATRA?

O consumo de álcool na sociedade contemporânea é visto predominantemente de forma positiva, o que dificulta o reconhecimento de determinados padrões de consumo como doença e, ao mesmo tempo, a mobilização de profissionais de saúde para diminuir índices de problemas decorrentes do uso do álcool.

Desde os tempos mais remotos, a definição de alcoolismo está associada ao status  social, uma espécie de suporte às relações e às interações sociais. No entanto,  foi  em  1849  que  surgiu  o  termo  alcoolismo  e  uma  de  suas  primeiras definições, com Magnus Huss, que o definiu como “o conjunto de manifestações  patológicas  do  sistema  nervoso,  nas  esferas  psíquica,  sensitiva  e  motora”, observadas nos sujeitos que consumiam bebidas alcoólicas de forma contínua e excessiva, durante longo tempo.

Mais tarde, com Morton Jellinek , a definição de alcoolismo foi reestruturada e o comportamento do alcoólico passou a ser classificado como doença, o que gerou uma  noção  de  repercussão  negativa  e  social.  Jellinek  definiu  o  alcoolista  como todo indivíduo cujo consumo de bebidas alcoólicas pudesse prejudicar o próprio, a sociedade ou ambos, e categorizou o alcoolismo como doença, tendo como base as quantidades de álcool consumidas.

Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS)  define o alcoolista como um bebedor excessivo, cuja dependência em relação ao álcool é acompanhada de perturbações mentais, da saúde física, da relação com os outros e do comportamento social e econômico.


A  maioria  das  pessoas  que  bebem  o  fazem  de  forma  moderada.  Contudo,  há evidências de que o “beber pesado” tem se tornado cada vez mais frequente e disseminado tanto entre homens quanto entre mulheres. Assim, o aparecimento de problemas decorrentes desse padrão de beber é cada vez mais comum, mesmo em indivíduos que não apresentam o diagnóstico de dependência alcoólica.

O consumo de bebidas alcoólicas é estimulado e romantizado na nossa sociedade, a ponto do mesmo ser frequentemente associado na mídia à juventude, beleza, bem-estar, sucesso pessoal e sexo. Não é incomum assistir em pleno horário nobre televisivo a propagandas de cerveja recheadas de erotismo, com mulheres jovens, bonitas e com pouca roupa. Não é à toa, portanto, que o álcool é a droga recreativa mais popular no Brasil.



O consumo de cerveja, aguardente, vinho e uísque, fazem parte do contexto cultural do país, sendo frequentemente incorporadas a eventos, reuniões sociais e festas (umas mais que as outras, dependendo da classe social). Na nossa sociedade, o consumo de bebida alcoólica não só é aceito, como também é frequentemente estimulado e glamourizado. O problema são as consequências desse costume.

O álcool é uma droga que, se consumida em excesso, pode provocar inúmeros problemas de saúde física e psicológica, e em vez de trazer o bem-estar e sucesso sugeridos pela publicidade, pode destruir famílias e vidas profissionais. Poucos sabem deste estatística, mas 1 em cada 3 homens que consomem bebidas alcoólicas o fazem de modo excessivo.

Consumo diário máximo de álcool recomendado

Considera-se que o consumo aceitável de bebidas alcoólicas é aquele que não é diário e não ultrapassa a quantidade de 20 gramas de álcool em um único dia para mulheres e pessoas idosas ou 30 gramas de álcool por dia para os homens. Vamos converter isso em linguagem popular:
  • Consideramos 1 drink a medida de qualquer bebida que contenha cerca de 14 gramas de álcool. Isso equivale:
  •  a uma taça de vinho (150 ml com teor alcoólico de 12%), 
  • uma lata de cerveja (350 ml com teor alcoólico de 5%) 
  • ou 45 ml de uísque (uma dose com teor alcoólico de 40%).


Portanto, podemos dizer que o consumo aceitável de álcool preenche os seguintes critérios:
  •   Não beber todos os dias, devendo haver pelo menos 2 dias da semana em que não haja consumo de álcool.
  •    Homens não devem beber mais do que 2 drinks em um único dia.
  •   Mulheres e pessoas acima de 65 anos (homens incluídos) não devem beber mais do que 1 drink por dia.

⇒Em uma sociedade que estimula o consumo de álcool e pouco divulga dados sobre seus malefícios, os números acima podem parecer exagerados. Mas não são. 

⇒Esses são os volumes de álcool atualmente aceitos pela comunidade científica internacional como de baixo risco para a maior parte da população. Com esse padrão de consumo de álcool há poucas chances de surgirem dependência, problemas pessoas ou danos para órgãos, como fígado, coração, pâncreas e cérebro.

METABOLISMO DO ÁLCOOL

O etanol é uma molécula simples que se move facilmente através das membranas  celulares,  equilibrando-se  rapidamente  entre  o  sangue  e  os  tecidos.  O  nível do álcool no sangue é expresso em miligramas ou gramas de etanol por decilitro (p.ex.,  100  mg/dL  ou  0,10  g/dL);  um  nível  de  0,02  a  0,03,  por  exemplo,  é  o resultado  da  ingestão  de  uma  a  duas  doses  de  bebidas  alcoólicas.

 O  organismo, subsequentemente, metaboliza e excreta aproximadamente uma dose por hora. Além do etanol, são encontrados, nas bebidas alcoólicas, outros produtos de sua maturação ou fermentação, como metanol, butanol, aldeídos, ésteres, histaminas,


Dependência do álcool: aspectos clínicos e diagnósticos

Fenóis, ferro, chumbo e cobalto, que são, em grande parte, responsáveis pela diferenciação de sabor entre os tipos de bebidas.

Como  consequência  de  sua  alta  solubilidade  em  água,  o  etanol  cai  rapidamente na corrente sanguínea, de onde é distribuído para a maioria dos órgãos e  sistemas.  É  absorvido  pelas  membranas  mucosas  da  boca  e  do  esôfago  (em pequenas quantidades), do estômago e do intestino grosso (em quantidades moderadas)  e  pela  porção  proximal  do  intestino  delgado,  local  principal  de  sua absorção e também onde as vitaminas B são essencialmente absorvidas. 

A taxa de absorção é aumentada quando o esvaziamento gástrico está acelerado, como na ausência de proteínas, gorduras ou carboidratos, que interferem na absorção,  além de outros produtos oriundos da fermentação do álcool, na diluição de uma porcentagem moderada de etanol (máximo de 20% do volume) e na presença de gás carbônico (p.ex., champanhe).

Cerca de 2 a 10% do etanol (baixas e altas concentrações de álcool no sangue, respectivamente) é excretado diretamente pelos pulmões, pela urina ou pelo suor, mas a maior parte é metabolizada no fígado.

A mais importante via de metabolização, porém, ocorre no citosol das células hepáticas, em que a álcool desidrogenase (ADH) produz o acetaldeído, que é rapidamente destruído pela aldeído desidrogenase (ALDH) no citosol e na mitocôndria do hepatócito. Em altas doses, a aldeído desidrogenase pode produzir histamina e, por mecanismos variados, causar diminuição dos níveis pressóricos, náusea e vômitos.

O álcool fornece 7Kcal/ml  (uma dose de bebida alcoólica contém 70 a 100  kcal),  estas  são  desprovidas  de  nutrientes,  como  minerais,  proteínas  e  vitaminas. O álcool pode, também, interferir na absorção de vitaminas no intestino delgado  e  diminuir  seu  armazenamento  no  fígado  com  efeitos  no ácido fólico), na piridoxina (B6), na tiamina (B1), no ácido nicotínico (niacina, B3) e
na vitamina A.

Alguns indivíduos metabolizam o álcool melhor que outros. Além disso, é possível que ocorra algum tipo de alteração no sistema biológico devido ao consumo frequente e abusivo do álcool ou ao esgotamento do organismo, fazendo com que uma  pessoa  que,  até  então,  tolerava  bem  o  álcool  passe  a  reagir  ao  consumo  de forma patológica. 

É importante considerar, também, a quantidade de bebida consumida diariamente por um período prolongado, sendo que a fronteira de risco para os homens é aproximadamente 60 g de álcool puro/dia e para as mulheres, de 40 g/dia.  Isso significa que uma margem segura deve estar abaixo desses limiares. 

Todavia, a dependência física, com suas consequências devastadoras, aparece relativamente tarde, geralmente após 4 a 6 anos de consumo regular para o adolescente e após 6 a 8 anos para o adulto.

Pessoas que não devem consumir álcool

O valor de 20 a 30 gramas por dia de álcool vale para grande parte da população, mas há grupos especiais que não devem ingerir álcool algum. Os indivíduos que devem evitar o consumo de bebidas alcoólicas por completo são:
  •   Grávidas
  •   Pessoas com passado de alcoolismo
  •  Pessoas com histórico familiar de alcoolismo
  • Pessoas com antecedentes de AVC hemorrágico
  •   Pessoas com doenças do fígado
  •   Pessoas com doenças do pâncreas
  • Pessoas com doenças cardíacas, principalmente insuficiência cardíaca


 Os indivíduos alcoolizados são portadores de um conjunto de sinais comuns, entre os quais se destacam:

  • rubor e edema moderado da face;
  • edemas das pálpebras;
  • olhos lacrimejantes;
  • eritrose palmar;
  • hálito alcoólico;
  • falta de coordenação motora;
  • vertigens e desequilíbrio;
  • suores;
  • tremor fino nas extremidades


Hematomas podem indicar traumatismos durante a intoxicação ou alterações da coagulação induzidas por insuficiência hepática. No entanto, existem, também, outros sinais relacionados ao consumo crônico e excessivo, como cãibras musculares, vômitos matinais, dores abdominais, taquicardia e tosse crônica.

Os indivíduos que fazem consumo excessivo do álcool revelam um conjunto de  sintomas  físicos  ou  psicológicos.  

Sintomas  físicos  manifestam-se  como pequenos sinais de abstinência, que podem ser neuromusculares, caracterizados por:  tremores,  cãibras  ou  parestesias;  digestivos,   caracterizados  por  náuseas  ou vômitos; neurovegetativos, por suores, taquicardia ou hipotensão ortostática;
 
Sintomas psíquicos,  tais  como:  ansiedade,  humor  depressivo,  irritabilidade,  insônias  ou pesadelos. A tolerância também é sintoma latente e caracteriza-se pela resistência aos efeitos do álcool.

Quanto aos sintomas psicológicos, caracterizam-se três elementos principais: a alteração do comportamento face ao álcool, a perda de controle e o desejo intenso de  consumi-lo.  A  perda  de  controle  foi  um  conceito  descrito  por  Jellinek,  que ajudou  muito  na  compreensão  da  dependência  alcoólica,  pois  a  dificuldade  de controle  é  um  dos  principais  fenômenos  da  dependência.  O  desejo  obsessivo  e intenso de consumir o álcool (craving) é outro fenômeno da dependência, isto é, oindivíduo alcoolizado nunca está satisfeito com a quantidade consumida, o que ofaz encontrar inúmeros motivos para consumir mais bebidas alcoólicas.

Classificação segundo 3 autores diferentes:

Cloninger

 classificou o alcoolismo tipo I como o alcoolismo decorrente do meio, a forma mais frequente, com equivalente frequência em ambos os sexos, início após os 20 anos de idade, progressão lenta e fatores ligados ao meio e à genética. Já o alcoolismo tipo II foi definido como o alcoolismo exclusivamente masculino, com início antes dos 20 anos de idade, progressão rápida para a dependência, alterações do comportamento durante as fases de intoxicação e impulsividade de comportamentos e de comunicação, mas com menor influência dos fatores de risco genéticos e do meio.

Babor

, por sua vez, classificou o alcoolismo tipo A como aquele de início após os  20  anos  de  idade,  evolução  lenta,  com  menor  frequência  de  psicopatologia associada, melhor prognóstico e menor frequência das perturbações e dos fatores de risco na infância. Já o tipo B foi classificado como aquele de início antes dos 20 anos de idade, com maior frequência de alcoolismo familiar, dependência mais grave, maior freqüência de associação com outras drogas e co-morbidade psicopa-tológica e maior influência dos fatores de risco na infância, como comportamentos agressivos e impulsividade.

Adés e Lejoyeux

 propuseram uma classificação que integra a classificação de Cloninger com o alcoolismo primário e secundário, definindo como alcoolismo primário aquele que engloba 70% das formas do alcoolismo, em que a predominância é exclusivamente masculina, de início antes dos 20 anos de idade e derivado dos fatores de risco biológicos ou genéticos. Nessa forma de alcoolismo, os comportamentos são bastante alterados e marcados por impulsividade, agressividade e procura de sensações fortes,  com  rápida  evolução  para  a  dependência,  uma  vez  que  implicam  consumo excessivo,  diário  e  intermitente.  O  alcoolismo  secundário,  por  sua  vez,  engloba  os 30% restantes das formas de alcoolismo, em que a predominância masculina é menos marcada, de início após os 20 anos de idade, com fatores de risco que podem ser biológicos ou genéticos, também menos marcados. O grande fator de risco é o consumo do  álcool  como  automedicação,  causado  por  perturbações  ansiosas,  depressivas  ou esquizofrênicas, muitas vezes responsáveis por transtornos de personalidade.

FATORES DE RISCO PARA A DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA E ASPECTOS DIAGNÓSTICOS

Para que se desenvolva o alcoolismo, são necessárias certas características psicológicas ou determinados traços de personalidade.

Todavia, isso não quer dizer que exista um “tipo alcoólatra” determinado e bem definido, pois,  além de variações de temperamento e de caráter (p.ex., tendência a reunir problemas ou a lidar de forma defensiva com situações de conflito), que produzem uma inclinação diferente para a bebida, ainda há variações que se referem ao padrão individual de consumo da bebida. 

Muitas vezes, o álcool é consumido em razão dos seus efeitos psicodinâmicos, sendo importante que, no processo de tratamento dos prejuízos decorrentes do consumo do álcool, se busque a melhor socialização do indivíduo por meio do desenvolvimento de competências sociais para a administração de conflitos e de uma identidade sem o álcool. Essa tarefa talvez seja a mais significativa, ainda que realizada de forma distinta por cada cultura. 

Medidas preventivas, como difusão de conhecimento para as pessoas envolvidas com  o  tema,  inclusão  de  conteúdos  relacionados  ao  álcool  na  grade  curricular  das  escolas,  deliberações  políticas  com  intuito  de  restringir  a  disponibilidadede  bebidas  alcoólicas  e  proibição  do  consumo  de  álcool  em  determinadas  esferas por pessoas impróprias para esse consumo (p.ex., crianças, grávidas, doentes), em lugares inadequados (p.ex., locais de trabalho em que haja riscos de acidente) e em momentos impróprios (p.ex., ao dirigir) já existem em todas as sociedades nas quais,
em princípio, o álcool está livremente disponível.

A  identificação  precoce  do  alcoolismo  é  difícil,  pois  os  prejuízos  intelectuais, psicológicos e físicos não se mostram tão evidentes nos estágios iniciais. Para esse diagnóstico, é válido observar as seguintes indicações

  • a freqüência de doenças menores (pequenos acidentes, inflamação da mucosa gástrica, distúrbios vegetativos e dores);
  • instabilidade na marcha como expressão de um princípio de neuropatia;
  • Dependência do álcool: aspectos clínicos e diagnósticos sintomas de síndrome de abstinência de álcool (enjôos e náuseas matinais, tremor, medo e apatia);
  • consumo de álcool pela manhã;
  • beber escondido;
  • mudanças de domicílio e de emprego sem motivo aparente

As  doenças  decorrentes  do  consumo  de  álcool  incluem:

  depósito  anormal  de gordura  no  fígado  (esteatose  hepática),  hepatite,  pancreatite,  doenças  cardíacas, instabilidade  muscular,  neuropatia  periférica,  atrofia  do  cerebelo,  distúrbios  de coordenação, delírios, alterações de humor e demência causadas pelo álcool (p.ex., doença de Korsakoff).


PATOLOGIAS CONSEQUENTES DO ALCOOLISMO

A dependência alcoólica traz grandes problemas e conseqüências ao indivíduo, tanto físicas quanto psíquicas, que podem, na maioria das vezes, causar:
  •  prejuízos no trabalho, desorganização familiar, comportamentos agressivos (p.ex., homicídios), acidentes de trânsito, exclusão social, entre outros.

                                    As  doenças  físicas  consequentes  do  alcoolismo

  •   de  origem  gastrintestinal, como: úlceras, varizes esofágicas, gastrite e cirrose; 
  • neuromuscular, como: cãibras, formigamentos e perda de força muscular;
  •  ou cardiovascular, como: a hipertensão; além de impotência ou infertilidade. 
 Os transtornos mentais, segundo o DSM-IV , associadas ao alcoolismo são 
  • o delirium tremens ; a demência de Korsakoff ; as perturbações psicóticas do humor, da ansiedade ou do sono; e a disfunção sexual

FORMAS DE TRATAMENTO

O tratamento da dependência alcoólica envolve intervenções em vários níveis, já que a doença é bastante complexa, seja na etiologia ou nas implicações sociais, profissionais e familiares.

A intervenção terapêutica destina-se tanto à dependência quanto à abstinência do álcool, contando com algumas intervenções psicoterapêuticas dentro das quais se encontram as terapias de grupo, como os Alcoólicos Anônimos (AA), e as intervenções psicofarmacológicas.

PSICOTERAPIAS

É  indispensável  o  acompanhamento  psicoterapêutico  do  alcoolista.  Discutir com o doente as causas que levaram ao alcoolismo, estabelecer estratégias e objetivos são essenciais para um tratamento eficaz e para a manutenção da abstinência. Assim, as psicoterapias são fundamentais na intervenção terapêutica da dependência e  abstinência do álcool

O tratamento do alcoolismo se dá a partir de dois tipos de abordagens: 

  • ajuda individual: tentativa de construir uma relação que ajude a fortalecer o ego do alcoolista por meio da oferta de cuidado e atenção sem restrições. Os meios comprovados para isso são o estímulo, o compartilhamento de informações, o alívio das pressões emocionais, a discussão dos problemas, o desenvolvimento de comportamentos positivos, o confronto com reações comportamentais inadequadas, a intervenção direta para mudar a situação real e o estabelecimento de limites e barreiras; 

  • ajuda de grupo: participação em grupos de ajuda mútua, com pessoas com interesses em comum ou de indivíduos igualmente acometidos. Os comportamentos problemáticos provocam reações nos demais integrantes do grupo e tornam possíveis novas experiências e alterações no comportamento e na maneira como as situações são vivenciadas. O grupo oferece amparo emocional e aceitação; assim, os medos, as desconfianças, as agressões e as frustrações podem ser assimiladas, possibilitando que o indivíduo lide de modo mais positivo com a realidade e suas exigências,  ganhe  autoconfiança  e  compreensão  com  os  outros  e  se  torne  mais tolerante com os fracassos e as decepções.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Durante vários anos, as intervenções farmacológicas ficaram restritas ao tratamento  da  síndrome  de  abstinência  do  álcool  e  ao  uso  de  drogas  aversivas.

Nos  últimos  dez  anos,  a  naltrexona  e  o  acamprosato  foram  propostos  como importantes intervenções adjuvantes ao tratamento psicossocial da síndrome de dependência do álcool. Mais recentemente, os medicamentos ondansetron e topiramato  surgiram  como  promissoras  estratégias  terapêuticas,  estando  em  fase de aprovação.


Teste para averiguar o seu consumo de álcool

Se você acha que pode estar consumindo bebidas alcoólica em excesso, responda o questionário abaixo e some seus pontos para saber o risco de desenvolver alcoolismo e problemas relacionados ao álcool.
  •     0-7 pontos – baixo risco de haver problemas relacionados ao álcool.
  •     8-15 pontos – risco moderado de haver problemas relacionados ao álcool, possibilidade de já haver dependência.
  •     16-19 pontos – risco elevado de haver problemas relacionados ao álcool e dependência
  •     20 pontos ou mais –  Com certeza há problemas relacionados ao álcool e há elevado risco de haver dependência também.

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